Baixos de 5 Cordas Fretless Ativos Reviews: O Guia

Thiago Nunes da Silva
Thiago Nunes da Silva
7 min. de leitura

Este guia é o seu recurso definitivo para entender o mundo dos baixos de 5 cordas fretless ativos. A combinação dessas três características, 5 cordas, ausência de trastes e circuito ativo, cria um instrumento de nicho com um potencial sonoro único.

Aqui, vamos detalhar cada componente, desde as madeiras e captadores até a construção, para que você possa tomar a melhor decisão, seja comprando um modelo pronto ou customizando o seu próprio.

O objetivo é dar a você o conhecimento necessário para encontrar o seu som.

O Que É um Baixo Fretless Ativo de 5 Cordas?

Para entender a busca por este instrumento, é preciso analisar suas partes. Um baixo de 5 cordas fretless ativo é a união de três elementos que transformam a maneira como você toca e soa.

A quinta corda, geralmente uma Si (B) grave, expande o alcance do instrumento, oferecendo notas mais baixas sem a necessidade de afinações alternativas. Isso é ideal para estilos musicais que demandam uma base sólida e profunda, como o metal moderno, o gospel e o jazz contemporâneo.

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A escala fretless, ou sem trastes, é a característica que mais define o timbre. Sem as divisões metálicas, as notas fluem de maneira contínua, permitindo microtons, slides suaves (glissando) e um vibrato expressivo, similar ao de um violoncelo.

O som produzido é conhecido pelo seu "mwah", um sustain cantado e anasalado que é a assinatura de baixistas como Jaco Pastorius. Já o circuito ativo significa que o baixo possui um pré-amplificador interno, alimentado por uma bateria de 9V.

Este circuito permite equalizar o som diretamente no instrumento, ajustando graves, médios e agudos, além de fornecer um sinal mais forte e com menos ruído.

Nossa Análise: Por Que Nenhum Produto Foi Listado?

Você deve ter notado a ausência de uma lista de produtos. O motivo é simples: baixos que combinam de fábrica as três especificações, 5 cordas, fretless e circuito ativo, são extremamente raros no mercado de massa.

Esta configuração é considerada um nicho dentro de um nicho. Fabricantes preferem focar em modelos que atendam a uma demanda maior, como baixos de 5 cordas ativos com trastes ou baixos de 4 cordas fretless, passivos ou ativos.

Essa escassez, no entanto, não é um beco sem saída. Pelo contrário, ela abre as portas para a customização. Muitos músicos chegam ao seu instrumento ideal por duas vias principais: comprando um baixo de 5 cordas ativo e contratando um luthier para remover os trastes (um processo chamado de "defretting") ou adquirindo um baixo de 5 cordas fretless e instalando um pré-amplificador ativo de sua escolha.

Este guia foca exatamente em fornecer o conhecimento para que você saiba quais componentes escolher nesse processo.

Captadores Ativos: A Chave Para um Timbre Versátil

O pré-amplificador ativo é o cérebro eletrônico do seu baixo. Ele oferece um controle tonal que um sistema passivo não consegue igualar. Com potenciômetros de equalização de 2 ou 3 bandas (graves, médios e agudos), você pode esculpir seu som em tempo real.

Para um baixo fretless, isso é uma vantagem imensa. Você pode acentuar os médios para destacar o "mwah" característico, cortar agudos para um som mais aveludado ou reforçar os graves para dar peso à fundamental da nota.

Além do EQ, o circuito ativo fornece um sinal de saída mais alto e consistente. Isso ajuda a empurrar o amplificador e os pedais de efeito com mais clareza, garantindo que as nuances da sua performance fretless não se percam no mix.

Ao escolher ou instalar um sistema ativo, considere marcas renomadas como Aguilar, Bartolini, EMG ou Darkglass. Cada uma oferece uma característica sonora diferente: algumas são mais transparentes, preservando o som natural da madeira, enquanto outras adicionam uma coloração específica, ideal para determinados estilos.

Madeiras e Construção: O Impacto no Som Fretless

A escolha das madeiras é fundamental para o timbre de um baixo fretless, talvez até mais do que em um baixo com trastes. A madeira da escala, em particular, tem contato direto com a corda e influencia diretamente o ataque e o sustain.

  • Escala de Ébano (Ebony): É uma madeira muito densa e dura. Proporciona um som brilhante, com ataque rápido e muito sustain. É a escolha clássica para fretless, pois sua rigidez ajuda a realçar o "mwah" e resiste bem ao desgaste de cordas do tipo roundwound.
  • Escala de Pau Ferro: Um meio termo popular entre Ébano e Rosewood. Tem um timbre quente, mas com mais definição e brilho que o Rosewood. É uma madeira estável e com toque suave.
  • Escala de Rosewood: Mais macia e porosa, resulta em um som mais quente, aveludado e com menos ataque. Funciona muito bem com cordas flatwound para um timbre vintage e orgânico.
  • Madeiras do Corpo: Ash e Alder são escolhas comuns. Ash tende a ser mais brilhante e com médios recolhidos, ótimo para slap e sons percussivos. Alder é conhecido por seu equilíbrio tonal, com graves firmes, médios presentes e agudos suaves. Mogno (Mahogany) oferece um som mais quente, focado nos graves e com grande sustain.

5 Cordas e Escala Fretless: O Que o Músico Ganha?

A combinação da quinta corda grave com a escala fretless cria um instrumento de enorme expressividade. A corda Si grave adiciona peso e profundidade, mas no contexto fretless, ela também oferece novas texturas.

Um glissando que começa no Si grave tem uma dramaticidade única. A ausência de trastes exige que o músico desenvolva uma boa percepção de afinação, pois a entonação depende inteiramente da precisão dos seus dedos.

Para quem está começando, baixos fretless com linhas guia no lugar dos trastes podem facilitar a adaptação.

O benefício prático é ter acesso a um registro mais amplo sem precisar mudar a posição da mão esquerda no braço. Isso permite criar linhas de baixo complexas e fluidas. A expressividade do fretless, combinada com o alcance estendido da quinta corda e o controle tonal do circuito ativo, resulta em um instrumento que pode se adaptar a quase qualquer gênero musical, do jazz fusion ao metal progressivo, sempre com uma voz distinta e cheia de personalidade.

Como Escolher Seu Primeiro Baixo Fretless Ativo

Considerando a raridade de modelos prontos, sua abordagem para adquirir um baixo de 5 cordas fretless ativo será mais estratégica. Aqui estão os passos recomendados:

  • Priorize a construção e o conforto: Encontre um baixo de 5 cordas, seja ele ativo ou passivo, com ou sem trastes, que seja confortável para você. Verifique o peso, o formato do braço (neck profile) e o equilíbrio do instrumento no seu colo e com a correia.
  • Avalie o caminho da customização: Se você encontrar um bom baixo de 5 cordas ativo com trastes, o trabalho de um luthier para remover os trastes é uma opção viável. Se achar um 5 cordas fretless passivo, a instalação de um pré-amplificador é um upgrade relativamente simples.
  • Foque na madeira da escala: Se estiver comprando um baixo para converter, preste atenção na madeira da escala. Madeiras mais duras como Ébano ou Pau Ferro são mais indicadas para o fretless, especialmente se você pretende usar cordas roundwound.
  • Não subestime a importância do setup: Um baixo fretless exige um setup preciso. A altura das cordas (ação) precisa ser baixa para facilitar o "mwah", mas sem trastejar. A pestana (nut) também deve ser ajustada corretamente. Um bom luthier é seu melhor aliado nesse processo.

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