Baixos de 6 Cordas Reviews: Ativo ou Passivo?

Thiago Nunes da Silva
Thiago Nunes da Silva
8 min. de leitura

Escolher um baixo de 6 cordas envolve uma decisão fundamental: circuito ativo ou passivo? Esta escolha define a personalidade, a versatilidade e o timbre do seu instrumento. Este guia analisa quatro modelos populares das marcas Tagima e Strinberg, detalhando as diferenças de som, tocabilidade e construção.

Aqui, você encontrará as informações necessárias para decidir qual contrabaixo se encaixa no seu estilo musical, nas suas necessidades de performance e no seu orçamento.

Ativo vs. Passivo: Qual a Diferença no Som?

A principal diferença entre um contrabaixo ativo e um passivo está na presença de um pré-amplificador embutido, alimentado por uma bateria de 9V. Um contra-baixo passivo tem um som mais orgânico e dinâmico.

O timbre é uma resposta direta da madeira, dos captadores e, principalmente, da sua pegada. O controle é simples: volume e tonalidade. O som é quente, com uma resposta clássica que muitos músicos associam a gêneros como jazz, blues e rock clássico.

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Já um contra-baixo ativo oferece um som com mais saída, punch e consistência. O pré-amplificador permite que você esculpa o timbre diretamente no instrumento, com controles de equalização para graves, médios e agudos.

Essa versatilidade sonora é imbatível para músicos que tocam em diferentes bandas ou precisam se adaptar a vários estilos musicais, como pop, metal, e gospel. Se você busca controle total sobre o seu som no palco, o baixo ativo é a ferramenta certa.

Se valoriza a dinâmica pura e prefere moldar o timbre no amplificador e nos pedais, o passivo será seu aliado.

Análise: Os 4 Melhores Baixos de 6 Cordas

Analisamos em detalhes cada um dos modelos selecionados, focando em suas características, timbre e no perfil de músico para o qual cada um é mais indicado.

1. Tagima Classic XB-21 Passivo 6 Cordas (Natural)

O Tagima Classic XB-21 é uma excelente porta de entrada para o mundo dos seis cordas, especialmente para quem vem de uma escola de som mais tradicional. Construído com corpo em Basswood, ele oferece um timbre equilibrado, sem exageros em nenhuma frequência.

A configuração de captadores no formato P/J (um captador split-coil no estilo Precision Bass e um single-coil no estilo Jazz Bass) é um clássico que garante boa versatilidade dentro do universo passivo.

Você consegue desde um som mais gordo e focado nos graves até um timbre mais articulado e com médios presentes, apenas mesclando os volumes dos captadores.

Este contrabaixo é a escolha perfeita para o músico que quer expandir sua extensão de notas sem abrir mão do feeling e da resposta de um instrumento passivo. É ideal para gêneros como samba, jazz, funk e rock clássico, onde a dinâmica da sua execução faz toda a diferença no resultado final.

Se você é um baixista que prefere construir seu timbre através do amplificador e de pedais, o XB-21 oferece uma plataforma sonora honesta e confiável, com a qualidade de construção já conhecida da Tagima Classic Series.

Prós
  • Timbre clássico e orgânico com boa resposta dinâmica.
  • Configuração de captadores P/J oferece versatilidade.
  • Excelente custo-benefício para um primeiro baixo de 6 cordas.
Contras
  • Volume de saída mais baixo que o de modelos ativos.
  • Menor flexibilidade de timbres diretamente no instrumento.
  • A corda B grave pode soar com menos definição em volumes muito altos.

2. Tagima Millenium 6 TOP Ativo 6 Cordas (Natural)

O Tagima Millenium 6 TOP representa um salto em qualidade, visual e, principalmente, versatilidade sonora. O grande destaque aqui é o seu circuito ativo de 3 bandas, que oferece controles de graves, médios e agudos, permitindo uma modelagem de som precisa e imediata.

A construção também é superior, com corpo em Okoume e um belíssimo tampo em Burl Ash, que confere ao instrumento um visual único e sofisticado. Os captadores do tipo soapbar, combinados ao pré-amplificador, entregam um som moderno, com bastante clareza, definição e livre de ruídos.

Este baixo é a ferramenta definitiva para o baixista profissional ou de estúdio que precisa de um canivete suíço sonoro. É a escolha ideal para músicos de worship em igrejas, bandas de pop moderno, metal progressivo ou qualquer situação que exija mudanças rápidas de timbre.

Com ele, você consegue um som brilhante para slap em uma música e, na seguinte, um grave profundo e aveludado para uma balada, tudo com poucos ajustes nos knobs. Se você precisa de um baixo que se adapte a qualquer mix, o circuito ativo do Millenium 6 é o seu melhor recurso.

Prós
  • Circuito ativo de 3 bandas permite enorme controle sobre o timbre.
  • Visual premium com tampo em Burl Ash.
  • Som moderno, claro e com alta saída, ideal para cortar a mix.
Contras
  • O som depende de uma bateria de 9V para funcionar.
  • Pode ser considerado menos 'orgânico' por músicos puristas.
  • Preço consideravelmente mais alto que os modelos passivos.

3. Strinberg SAB66 DW Ativo 6 Cordas (Dark Wood)

O Strinberg SAB66 DW entra na disputa como uma forte alternativa ativa, com foco em um timbre moderno e agressivo. Seu corpo é construído em Ash, uma madeira conhecida por realçar as frequências agudas e proporcionar um excelente sustain, o que já direciona o instrumento para um som mais brilhante e percussivo.

O circuito ativo, com seu equalizador, permite domar ou acentuar ainda mais essa característica. Os captadores soapbar da Strinberg complementam essa proposta, entregando um som com bastante ataque e definição, especialmente na região dos médios.

Este contrabaixo é feito para o baixista de rock, hard rock e metal que precisa de pegada e articulação. A combinação da madeira Ash com a eletrônica ativa é perfeita para quem toca com palheta ou usa técnicas que exigem que cada nota seja ouvida com clareza, mesmo em meio a guitarras distorcidas.

Se o seu estilo pede um som com presença, brilho e um ataque forte, o SAB66 DW oferece a potência e a clareza necessárias para você se destacar. O acabamento escuro (Dark Wood) confere uma estética sóbria e elegante.

Prós
  • Timbre brilhante e com ataque pronunciado, ideal para estilos pesados.
  • Corpo em Ash contribui para um ótimo sustain e definição.
  • Bom custo-benefício para um baixo ativo com essas especificações.
Contras
  • O timbre pode ser brilhante demais para estilos que pedem um som mais quente e aveludado.
  • A ergonomia do braço, que é um pouco mais robusto, pode exigir um período de adaptação.
  • O pré-amplificador, embora funcional, não possui a mesma transparência de marcas mais caras.

4. Tagima Classic XB-21 Passivo 6 Cordas (Preto)

O Tagima Classic XB-21 na cor preta é, em essência, o mesmo instrumento que seu irmão de acabamento natural. Ele compartilha todas as características que fazem do XB-21 uma ótima opção passiva: corpo em Basswood, escala em Technical Wood, e a versátil combinação de captadores P/J.

A eletrônica passiva com controles de volume individuais para cada captador e um controle de tonalidade geral continua sendo o coração do seu som orgânico e responsivo. A escolha aqui se resume a uma preferência estética.

Este baixo é para o músico que já se decidiu pelo timbre e pela tocabilidade do XB-21, mas busca um visual mais clássico, discreto e atemporal. O acabamento preto brilhante é um padrão da indústria e se encaixa bem em qualquer palco, de um show de rock a uma apresentação de jazz.

A funcionalidade e o perfil de usuário são idênticos ao modelo natural: um instrumento perfeito para quem valoriza a dinâmica, o som puro dos captadores e a simplicidade de um circuito passivo para explorar o universo das seis cordas.

Prós
  • Visual clássico e elegante com acabamento preto brilhante.
  • Oferece a mesma qualidade sonora e tocabilidade do modelo natural.
  • Plataforma sonora confiável e com timbre orgânico.
Contras
  • As mesmas limitações da versão natural, como menor saída e versatilidade.
  • O acabamento preto tende a evidenciar mais marcas de dedo e pequenos riscos.
  • Não oferece nenhuma vantagem funcional ou sonora sobre o outro acabamento.

Captadores e Madeiras: O Impacto no Timbre Final

A sonoridade de um contrabaixo é a soma de suas partes. Os captadores são como os microfones do instrumento. A configuração P/J dos modelos Tagima XB-21 oferece dois timbres clássicos em um só baixo.

Já os captadores soapbar, presentes nos modelos ativos, são conhecidos por um som mais moderno, balanceado e com cancelamento de ruído.

A madeira do corpo também é determinante. O Basswood dos XB-21 é leve e tem uma resposta de frequência bem equilibrada, sendo uma ótima base para diferentes estilos. O Okoume do Millenium se aproxima do Mogno, com médios bem presentes.

Já o Ash do Strinberg SAB66 é mais denso e pesado, o que se traduz em mais sustain e um timbre mais brilhante e estalado. A escolha da madeira impacta diretamente o caráter fundamental do som, antes mesmo de ele ser processado pela eletrônica.

Tagima ou Strinberg: Qual Marca Escolher?

A Tagima é uma marca consolidada e com enorme tradição no mercado brasileiro. Seus instrumentos são conhecidos pela boa construção e confiabilidade, com uma ampla rede de distribuição e assistência.

Optar por um Tagima, como o Millenium ou o XB-21, é uma escolha segura, com boa liquidez caso você decida vendê-lo no futuro. A marca agrada desde o músico iniciante até o profissional.

A Strinberg, por sua vez, se destaca pelo agressivo custo-benefício. A marca frequentemente oferece instrumentos com especificações e visuais encontrados em modelos mais caros, por um preço mais acessível.

O SAB66 é um exemplo disso, entregando um corpo em Ash e circuito ativo em uma faixa de preço competitiva. A escolha final depende do que você valoriza: a segurança e tradição da Tagima ou o apelo moderno e as especificações arrojadas da Strinberg.

Para Quem é o Contrabaixo de 6 Cordas?

Um baixo de 6 cordas não é para iniciantes. Ele exige um bom conhecimento do braço do instrumento e uma técnica mais apurada, tanto na mão esquerda, para alcançar as cordas em um braço mais largo, quanto na direita, para abafar as cordas que não estão sendo tocadas.

A corda Si (B) grave adiciona peso e profundidade, enquanto a corda Dó (C) aguda abre um novo mundo de possibilidades para acordes, solos e melodias.

  • Músicos de Jazz e Fusion: Usam a extensão para criar acordes e linhas de walking bass mais complexas.
  • Músicos de Gospel: Aproveitam a extensão para arranjos vocais e linhas melódicas ricas.
  • Baixistas de Metal Progressivo: Utilizam a corda B para riffs pesados e a corda C para passagens rápidas e solos.
  • Músicos de Estúdio: A versatilidade de ter uma extensão tão ampla em um único instrumento é valiosa para qualquer tipo de gravação.

Perguntas Frequentes

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