Baixos Reviews: Ativo vs. Passivo, Qual Escolher?

Thiago Nunes da Silva
Thiago Nunes da Silva
12 min. de leitura

Escolher um contrabaixo pode ser complexo com tantas opções de captadores, madeiras e circuitos. Este guia definitivo analisa 10 dos melhores baixos do mercado, detalhando as diferenças cruciais entre modelos ativos e passivos.

Você encontrará aqui análises profundas para descobrir qual instrumento de 4 ou 5 cordas, elétrico ou acústico, se encaixa perfeitamente no seu som e no seu orçamento, permitindo uma decisão de compra informada.

Captadores e Madeiras: Guia Rápido de Escolha

O som de um contrabaixo é definido principalmente por dois fatores: seus captadores e as madeiras usadas em sua construção. Entender o básico sobre eles ajuda a filtrar as opções.

Os captadores transformam a vibração das cordas em sinal elétrico. Os tipos mais comuns são Split-Coil (típico do Precision Bass), que oferece um som gordo e com graves potentes; Single-Coil (típico do Jazz Bass), com um timbre mais brilhante e articulado; e Humbucker (típico do Music Man), que entrega um som cheio, com muito corpo e sem ruídos.

Nossas análises e classificações são completamente independentes de patrocínios de marcas e colocações pagas. Se você realizar uma compra por meio dos nossos links, poderemos receber uma comissão. Diretrizes de Conteúdo

A madeira do corpo também molda o timbre. Alder é uma madeira clássica, conhecida por seu som equilibrado e ressonante. Ash oferece mais brilho e sustain, com agudos pronunciados.

Basswood é mais leve e tem um foco nos médios, resultando em um timbre mais suave. Mogno (Mahogany) produz um som quente e escuro, com graves fortes e definidos. A combinação desses elementos cria a personalidade sonora de cada instrumento.

Análise: Os 10 Melhores Contrabaixos do Mercado

1. Yamaha TRBX174 Passivo 4 Cordas

O Yamaha TRBX174 é frequentemente recomendado como um dos melhores baixos para iniciantes, e por um bom motivo. Sua construção é sólida, com corpo em mogno, braço em maple e escala em sonokeling, uma combinação que entrega um timbre quente e com bom sustain.

A configuração de captadores P/J (um split-coil no braço e um single-coil na ponte) oferece uma versatilidade sonora impressionante para a sua faixa de preço. Você pode obter desde o som gordo e pesado do captador do braço até o timbre mais articulado e nasalado da ponte, ou misturar ambos para um som cheio e balanceado.

Este contrabaixo passivo é a escolha perfeita para o músico que está começando e precisa de um instrumento confiável para explorar diversos gêneros, como rock, pop, funk e blues. O braço fino e confortável facilita a adaptação para quem está desenvolvendo a técnica.

Por ser passivo, ele não requer bateria e responde de forma muito dinâmica à sua pegada. É um instrumento que ensina o músico a controlar o timbre diretamente nos dedos e no amplificador, uma habilidade fundamental.

Prós
  • Extrema versatilidade com captadores P/J
  • Construção robusta com corpo em mogno
  • Braço confortável, ideal para iniciantes
  • Excelente custo-benefício
Contras
  • Os captadores de fábrica, embora versáteis, não têm a definição de modelos mais caros
  • O acabamento pode mostrar marcas de uso com facilidade

2. Ibanez GSR200BK 4 Cordas com EQ Ativo

O Ibanez GSR200BK se destaca na categoria de entrada por incluir um circuito ativo. Equipado com o pré-amplificador Phat II EQ, este baixo oferece um boost de graves que adiciona peso e profundidade ao som com o girar de um botão.

Essa característica o torna especialmente atraente para estilos que demandam um som mais agressivo e moderno, como rock pesado e metal. A configuração de captadores P/J mantém a versatilidade, mas o circuito ativo garante um sinal de saída mais forte e consistente.

Se você é um baixista que toca principalmente rock ou metal e quer um som potente sem precisar investir em pedais de imediato, o GSR200BK é uma opção fantástica. O corpo em Poplar torna o instrumento leve, e o braço fino, característico da Ibanez, é extremamente rápido e confortável para tocar.

É um baixo que entrega uma pegada moderna e um visual sóbrio, ideal para quem quer um som pronto para o palco com um investimento inicial modesto.

Prós
  • Circuito ativo Phat II EQ para um reforço de graves
  • Braço fino e rápido, muito confortável
  • Leve e bem balanceado
  • Som moderno e potente para rock e metal
Contras
  • A necessidade de bateria de 9V pode pegar músicos desavisados de surpresa
  • O timbre pode soar um pouco processado para quem prefere um som passivo orgânico

3. Squier Affinity Series Jazz Bass 4 Cordas

A linha Affinity da Squier, controlada pela Fender, oferece acesso aos designs clássicos por um preço acessível. O Squier Affinity Jazz Bass captura a essência do icônico Fender Jazz Bass, conhecido por seu timbre brilhante e articulado.

Com dois captadores single-coil, ele permite uma ampla gama de sons, desde o grave macio do captador do braço até o som cortante e cheio de médios da ponte. A combinação dos dois produz o clássico som de funk, com um "scoop" nos médios que se encaixa perfeitamente na mix.

Este baixo é a porta de entrada para baixistas que amam o som e a estética do funk, jazz, R&B e pop. Se você admira o timbre de músicos como Jaco Pastorius ou Marcus Miller, este instrumento oferece a plataforma sonora correta para começar.

O braço em perfil "C" é um pouco mais robusto que o de um Ibanez, mas ainda assim muito confortável. É também uma excelente base para upgrades futuros, como a troca de captadores e ponte, algo muito comum entre os donos de Squier.

Prós
  • Timbre clássico de Jazz Bass, ótimo para funk e jazz
  • Design icônico da Fender
  • Excelente plataforma para modificações e upgrades
  • Boa tocabilidade com braço em perfil "C"
Contras
  • Os captadores de fábrica podem gerar ruído de 60Hz quando usados sozinhos
  • A qualidade das ferragens é funcional, mas não premium

4. Tagima TW-73 Vintage Jazz Bass Passivo

A Tagima se consolidou no mercado brasileiro por oferecer instrumentos com ótima relação custo-benefício. O TW-73 da série Woodstock é a interpretação da marca para o clássico Jazz Bass com uma pegada vintage.

O corpo em Poplar e o braço em Maple garantem um timbre estalado e com boa definição. O visual, com escudo tortoise e opções de cores clássicas, agrada quem busca uma estética dos anos 70 sem gastar muito.

Para o músico que procura um contrabaixo passivo com som de Jazz Bass e um apelo visual retrô, o Tagima TW-73 é uma das melhores opções nacionais. Ele compete diretamente com os modelos Squier Affinity, mas muitos músicos preferem o timbre e o acabamento da Tagima nesta faixa de preço.

É um instrumento perfeito para quem toca em bandas de classic rock, MPB ou samba-rock, onde o timbre clássico e a dinâmica de um baixo passivo são valorizados.

Prós
  • Visual vintage muito bem executado
  • Bom timbre de Jazz Bass para a faixa de preço
  • Ótimo custo-benefício para um baixo estilo clássico
  • Marca nacional com boa assistência
Contras
  • O peso pode variar bastante entre unidades
  • A regulagem de fábrica pode precisar de ajustes imediatos

5. Yamaha TRBX304 Ativo 4 Cordas

Subindo um degrau na linha da Yamaha, o TRBX304 é um contrabaixo ativo projetado para máxima versatilidade. Seu grande diferencial é o seletor "Performance EQ" de 5 posições, que oferece presets de equalização otimizados para diferentes estilos: Slap, Pick, Flat, Finger e Solo.

Isso permite que o músico altere radicalmente seu timbre com um simples clique. Os captadores humbucker duplos com imãs de cerâmica entregam um som potente, definido e livre de ruídos, enquanto o corpo em mogno sólido garante graves profundos.

Este é o contrabaixo ideal para o músico intermediário que toca em bandas de baile, grupos de igreja ou qualquer situação que exija rápida adaptação sonora. Se você precisa passar de um som percussivo de slap para uma base grave de fingerstyle na mesma música, o TRBX304 foi feito para você.

O design do braço de 5 peças de maple e mogno é extremamente estável e confortável, fazendo dele um instrumento confiável para longas sessões de estudo e apresentações.

Prós
  • Seletor de EQ com 5 presets extremamente úteis
  • Captadores Humbucker potentes e silenciosos
  • Construção de alta qualidade com braço de 5 peças
  • Extremamente versátil para múltiplos gêneros
Contras
  • A grande quantidade de controles pode ser confusa para iniciantes
  • O som, por ser muito moderno, pode não agradar puristas do timbre vintage

6. Ibanez GSR205BK Ativo 5 Cordas

O Ibanez GSR205BK é um dos baixos de 5 cordas mais populares para quem está começando a explorar as frequências mais graves. Ele mantém muitas das características do seu irmão de 4 cordas, o GSR200, incluindo o corpo leve em Poplar, o braço fino e o circuito ativo Phat II para reforço de graves.

A adição da quinta corda (Si grave) expande drasticamente o alcance do instrumento, tornando-o apto para estilos modernos.

Para o baixista que deseja migrar para as 5 cordas sem fazer um grande investimento, este modelo é a escolha certa. É perfeito para gêneros como metal moderno, gospel, sertanejo e pop contemporâneo, onde as linhas de baixo frequentemente descem abaixo do Mi padrão.

O braço mais largo exige um período de adaptação, mas o perfil fino da Ibanez ajuda muito nesse processo. A quinta corda tem uma tensão e definição decentes para a faixa de preço, entregando um bom ponto de partida para o universo dos baixos de alcance estendido.

Prós
  • Excelente custo-benefício para um baixo de 5 cordas
  • Circuito ativo Phat II adiciona peso à corda Si grave
  • Braço confortável para um 5 cordas de entrada
  • Leve e ergonômico
Contras
  • A definição da corda Si grave pode ser um pouco emboletada em comparação com modelos mais caros
  • Os captadores Dynamix H são funcionais, mas carecem de complexidade harmônica

7. Tagima TBM-4 Classic Series Ativo

Inspirado no lendário Music Man Stingray, o Tagima TBM-4 oferece aquele som percussivo e agressivo que marcou o funk e o rock. Seu principal destaque é o grande captador humbucker posicionado próximo à ponte, que, combinado com o circuito ativo de 2 ou 3 bandas (dependendo da versão), entrega um timbre com médios cortantes e graves firmes.

É um som que se destaca na mix, com um ataque forte e definido, ideal para técnicas de slap e para linhas de baixo que precisam de presença.

Este contrabaixo é feito para o músico que busca o timbre específico do Stingray sem pagar o preço de um modelo original. Se você é fã de bandas como Red Hot Chili Peppers ou de baixistas como Louis Johnson, o TBM-4 é a ferramenta certa.

Sua sonoridade é menos versátil que a de um baixo P/J, mas o que ele faz, ele faz muito bem. É uma máquina de groove, perfeita para quem quer um som com personalidade forte e pegada agressiva.

Prós
  • Timbre clássico de Stingray, com punch e agressividade
  • Captador Humbucker potente e circuito ativo eficaz
  • Excelente para slap e técnicas percussivas
  • Construção sólida e visual icônico
Contras
  • Menos versátil sonoramente que modelos com dois captadores
  • O peso do corpo em Basswood pode ser inconsistente

8. Strinberg JBS-40 Jazz Bass Passivo

A Strinberg é outra marca que se destaca no mercado de instrumentos de entrada com preços competitivos. O JBS-40 é a sua versão do Jazz Bass, oferecendo uma alternativa acessível para quem busca esse timbre clássico.

Com corpo em Basswood, braço em Maple e a tradicional configuração de dois captadores single-coil, ele entrega a sonoridade esperada de um J-Bass: versátil, com agudos presentes e a capacidade de mixar os volumes dos captadores para encontrar o ponto ideal.

Este modelo é indicado para o baixista com um orçamento extremamente limitado, mas que não abre mão do formato e da sonoridade de um Jazz Bass. É um instrumento funcional para estudo e primeiros ensaios.

Comparado aos concorrentes da Squier e Tagima, o Strinberg geralmente tem um preço mais baixo, o que pode ser o fator decisivo para muitos. Funciona como um bom ponto de partida, mas músicos que avançam rapidamente podem sentir a necessidade de um upgrade de hardware ou eletrônica.

Prós
  • Preço extremamente competitivo
  • Sonoridade clássica de Jazz Bass
  • Leve devido ao corpo em Basswood
  • Uma opção viável para o primeiro instrumento
Contras
  • A qualidade de construção e acabamento reflete o baixo custo
  • Os captadores e ferragens são básicos e podem precisar de um upgrade no futuro

9. Baixolão Strinberg SB240C 4 Cordas

O Strinberg SB240C é um baixolão, um contrabaixo acústico com corpo oco. Este tipo de instrumento tem um apelo único. Desplugado, seu volume é suficiente para acompanhar um violão em um ambiente pequeno, ideal para estudo silencioso em casa ou para um luau na praia.

Plugado, seu captador de rastilho e o pré-amplificador com equalizador e afinador embutido produzem um som amadeirado e percussivo, muito diferente de um baixo elétrico de corpo sólido.

Este instrumento é a escolha ideal para o músico que toca em formatos acústicos, como duos de voz e violão, ou para quem quer um segundo baixo para estudo e composição sem a necessidade de um amplificador.

O som orgânico do baixolão se encaixa perfeitamente em gêneros como MPB, folk e pop acústico. O corte no corpo (cutaway) facilita o acesso às notas mais agudas, e o afinador integrado é uma conveniência muito bem-vinda.

Prós
  • Ideal para tocar desplugado em situações acústicas
  • Timbre acústico único, com som amadeirado
  • Pré-amplificador com afinador embutido
  • Ótimo para estudo e composição
Contras
  • Volume desplugado é limitado e não compete com múltiplos violões
  • Susceptível a microfonia em palcos com volume alto
  • Requer cordas específicas para baixo acústico (bronze ou nylon)

10. SX SJB American Alder Jazz Bass Passivo

A marca SX ganhou fama por oferecer instrumentos com madeiras de boa qualidade por preços baixos. O modelo SJB American Alder se destaca por usar American Alder no corpo, a mesma madeira encontrada em muitos Fender americanos.

Isso confere ao baixo uma base ressonante e um timbre equilibrado, que serve como uma tela em branco para o som. A construção geral é simples, mas a qualidade da madeira é seu grande trunfo.

Este baixo é a escolha perfeita para o músico que entende de lutheria e busca uma excelente plataforma para upgrades. Se você planeja trocar captadores, ponte e tarraxas no futuro, começar com um corpo de Alder de boa qualidade faz toda a diferença.

Ele oferece um ponto de partida sonoramente superior a outros baixos de entrada feitos com madeiras menos nobres. É o projeto ideal para quem quer construir seu baixo customizado aos poucos, começando com uma base sólida e acessível.

Prós
  • Corpo em American Alder, madeira de qualidade superior na faixa de preço
  • Excelente base ressonante para futuros upgrades
  • Timbre passivo clássico e equilibrado
  • Ótimo custo-benefício pela qualidade da madeira
Contras
  • Eletrônica e ferragens são muito simples e os principais candidatos a upgrade
  • O controle de qualidade no acabamento pode ser inconsistente

Contrabaixo Ativo vs. Passivo: A Grande Dúvida

A principal diferença entre um contrabaixo ativo e um passivo está na presença de um pré-amplificador embutido, que requer uma bateria de 9V para funcionar. Esta pequena placa de circuito muda tudo.

  • Contrabaixos Passivos: Possuem um circuito simples, com controles de volume e tonalidade. O som é mais orgânico, dinâmico e reage intensamente à força com que você toca. O timbre é fortemente influenciado pelo seu amplificador. São a escolha clássica para rock vintage, blues, jazz e soul.
  • Contrabaixos Ativos: O pré-amplificador permite um controle de equalização muito mais poderoso, geralmente com bandas separadas para graves, médios e agudos. O sinal de saída é mais forte, consistente e com menos ruído. O som é mais moderno, brilhante e "Hi-Fi". São preferidos em estilos como metal, gospel, funk moderno e pop.

4 ou 5 Cordas: Qual o Ideal Para Seu Som?

A escolha entre 4 e 5 cordas depende exclusivamente do seu estilo musical e da sua necessidade de alcance.

  • Baixo de 4 Cordas (E-A-D-G): É o padrão da indústria. O braço é mais fino e confortável, facilitando o aprendizado. A grande maioria das músicas de rock, pop, funk e jazz foi gravada em um baixo de 4 cordas. Se você não tem uma necessidade específica por notas mais graves, o 4 cordas é mais simples e direto.
  • Baixo de 5 Cordas (B-E-A-D-G): A corda extra (Si grave) oferece cinco notas abaixo do Mi mais grave de um 4 cordas. Isso é essencial em muitos gêneros modernos como metal, gospel, sertanejo universitário e R&B contemporâneo. A vantagem adicional é poder tocar linhas em posições mais baixas do braço sem precisar se deslocar, o que pode ser mais ergonômico.

Baixolão vs. Elétrico: Entenda a Diferença

Apesar de ambos serem contrabaixos, a construção e a aplicação são muito diferentes.

  • Contrabaixo Elétrico: Possui corpo sólido e foi projetado para ser usado com um amplificador. Seu som é focado, potente e tem grande sustain. É o instrumento padrão para praticamente todos os gêneros musicais em um contexto de banda com bateria.
  • Baixolão (Contrabaixo Acústico): Possui corpo oco e pode ser tocado desplugado, embora com volume limitado. Seu som é amadeirado, percussivo e com menos sustain. É ideal para situações acústicas, estudo em casa ou para obter um timbre orgânico em gravações.

Perguntas Frequentes

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