Contrabaixos Reviews: Ativo ou Passivo? 4, 5 ou 6 Cordas?

Thiago Nunes da Silva
Thiago Nunes da Silva
13 min. de leitura

Escolher um contrabaixo pode ser uma tarefa complexa, com dezenas de modelos, configurações e marcas disputando sua atenção. Este guia simplifica o processo. Aqui, analisamos 10 dos contrabaixos mais relevantes do mercado, ajudando você a entender as diferenças cruciais entre um contrabaixo ativo e um passivo, e a decidir se um modelo de 4, 5 ou 6 cordas é o mais adequado para seu estilo musical.

O objetivo é fornecer as informações necessárias para que você faça uma compra segura e encontre o instrumento que vai definir o seu som.

Como Escolher o Contrabaixo Perfeito para Você

Para encontrar o contrabaixo ideal, você precisa considerar quatro fatores principais: seu estilo musical, o número de cordas, o tipo de circuito (ativo ou passivo) e, claro, seu orçamento.

Se você toca rock clássico ou pop, um contrabaixo de 4 cordas passivo pode oferecer o timbre vintage que você procura. Músicos de metal, gospel ou jazz moderno podem preferir a versatilidade de um baixo de 5 ou 6 cordas com circuito ativo, que oferece mais opções de equalização e um som mais definido.

Pense no som que você quer criar e no tipo de música que mais te inspira. Isso guiará sua decisão e garantirá que o instrumento complemente sua expressão artística.

Nossas análises e classificações são completamente independentes de patrocínios de marcas e colocações pagas. Se você realizar uma compra por meio dos nossos links, poderemos receber uma comissão. Diretrizes de Conteúdo

Análise: Os 10 Melhores Contrabaixos do Mercado

1. Yamaha TRBX174 4 Cordas Passivo Preto

O Yamaha TRBX174 é frequentemente citado como o melhor contrabaixo para iniciantes que levam o estudo a sério. Ele oferece uma qualidade de construção e acabamento que supera a maioria dos concorrentes na mesma faixa de preço.

Seu corpo em mogno sólido proporciona um som quente e com bom sustain, enquanto o braço fino e confortável facilita a execução para quem ainda está desenvolvendo a técnica. A configuração de captadores PJ (um Precision no braço e um Jazz na ponte) oferece uma versatilidade sonora notável, permitindo explorar desde timbres graves e encorpados até sons mais articulados e brilhantes.

Este contrabaixo é a escolha ideal para o estudante que busca um instrumento confiável para os primeiros anos de prática e até mesmo para as primeiras apresentações. A Yamaha é conhecida por seu controle de qualidade rigoroso, e o TRBX174 não é exceção.

Ele se mantém afinado por mais tempo e possui uma tocabilidade consistente. Embora seja um contrabaixo passivo, sua paleta de timbres é surpreendentemente ampla, tornando-o apto para gêneros que vão do rock ao pop, passando pelo funk e soul.

Prós
  • Excelente qualidade de construção e acabamento para a faixa de preço.
  • Braço confortável, ideal para iniciantes.
  • Configuração de captadores PJ oferece grande versatilidade sonora.
Contras
  • Os captadores passivos de fábrica podem soar um pouco contidos, faltando brilho para alguns estilos.
  • O peso do corpo de mogno pode ser um pouco cansativo em longas sessões.

2. Tagima Millenium 4 Cordas Ativo Black

O Tagima Millenium 4 é a porta de entrada para o mundo dos contrabaixos ativos. Se você busca um som moderno, com mais potência e controle de equalização, este modelo é uma excelente opção.

Equipado com dois captadores soapbar e um circuito ativo de 9V, ele permite ajustar graves, médios e agudos diretamente no instrumento. Isso oferece uma flexibilidade sonora que os baixos passivos não conseguem replicar sem pedais ou amplificadores específicos.

O corpo em basswood torna o instrumento leve, o que é um ponto positivo para quem toca por longos períodos.

Este contrabaixo é perfeito para músicos que tocam em igrejas, bandas de pop rock moderno ou qualquer estilo que demande um som mais agressivo e definido. O circuito ativo garante um sinal forte e consistente, cortando bem na mixagem da banda.

Para quem está saindo de um baixo passivo de entrada, o Millenium 4 representa um salto significativo em versatilidade. A capacidade de moldar o timbre de forma rápida o torna uma ferramenta prática para apresentações ao vivo, onde você precisa se adaptar a diferentes acústicas e sistemas de som.

Prós
  • Circuito ativo com equalizador de 3 bandas oferece grande controle tonal.
  • Som moderno e potente, com bom corte na mixagem.
  • Instrumento leve devido ao corpo em basswood.
Contras
  • A qualidade dos captadores de fábrica pode não satisfazer músicos mais exigentes.
  • Dependência de bateria, que precisa ser trocada periodicamente.

3. Tagima TW-65 Passivo 4 Cordas Black

Inspirado no icônico Precision Bass, o Tagima TW-65 é uma homenagem a um dos designs mais influentes da história da música. Com seu captador split-coil, ele entrega aquele som clássico, grave e percussivo, que é a base do rock, punk e R&B.

A construção é simples e robusta, com corpo em poplar e braço em maple. A tocabilidade é direta, com um braço um pouco mais espesso, característico desse estilo de baixo, o que pode agradar quem busca uma pegada mais firme.

Este contrabaixo é para o músico que busca simplicidade e um timbre clássico inconfundível. Se você é fã de Motown, Ramones ou Red Hot Chili Peppers, o TW-65 entrega a sonoridade certa sem complicações.

Sua natureza passiva e a configuração de um único captador com controles de volume e tonalidade o tornam um instrumento do tipo "plug and play". É uma escolha excelente para quem não quer se preocupar com equalizadores e baterias, focando apenas na pegada e no groove.

Prós
  • Timbre clássico de Precision Bass, ideal para rock e punk.
  • Construção simples e robusta, com boa durabilidade.
  • Ótimo custo-benefício para um baixo com essa sonoridade.
Contras
  • Pouca versatilidade sonora devido ao captador único.
  • O braço mais espesso pode ser desconfortável para quem tem mãos pequenas.

4. Tagima Millenium 5 Cordas Natural

Expandindo as possibilidades do seu irmão de 4 cordas, o Tagima Millenium 5 adiciona uma corda Si grave (B), essencial para estilos musicais modernos. Este contrabaixo ativo mantém as características que fazem da linha um sucesso: circuito com equalizador de 3 bandas, captadores soapbar e um ótimo custo-benefício.

O acabamento natural expõe a beleza da madeira do corpo, dando um visual mais sofisticado ao instrumento. O braço é projetado para ser confortável, mesmo com a largura extra necessária para a quinta corda.

Para o baixista que precisa de notas mais graves para acompanhar guitarras de 7 cordas ou para criar linhas de baixo mais complexas, o Millenium 5 é uma escolha acertada. É um instrumento muito popular em gêneros como metal, gospel e sertanejo universitário.

A corda B extra abre um novo leque de possibilidades harmônicas e rítmicas. O circuito ativo ajuda a manter a definição da corda mais grave, evitando que o som fique embolado, um problema comum em baixos de 5 cordas de entrada.

Prós
  • Extensão de 5 cordas, ideal para estilos modernos.
  • Circuito ativo mantém a definição das notas graves.
  • Bom equilíbrio entre preço e recursos oferecidos.
Contras
  • A tensão da corda Si (B) de fábrica pode ser um pouco frouxa, exigindo um encordoamento de calibre maior.
  • A qualidade do pré-amplificador ativo é funcional, mas não se compara a modelos de ponta.

5. Tagima XB-21 Passivo 6 Cordas Natural

O Tagima XB-21 é um dos contrabaixos de 6 cordas mais acessíveis do mercado, servindo como uma introdução a esse universo de alcance estendido. Ele adiciona não apenas a corda Si (B) grave, mas também uma Dó (C) aguda, permitindo a execução de acordes, melodias e técnicas de solo com mais facilidade.

Com um circuito passivo e dois captadores soapbar, ele oferece um som mais orgânico e natural. O corpo em okoume e o braço em maple contribuem para um timbre equilibrado.

Este contrabaixo é para o músico aventureiro, interessado em explorar o baixo como um instrumento solo ou em contextos de jazz e fusion. Se você é inspirado por baixistas como John Patitucci ou Anthony Jackson, o XB-21 é um ponto de partida para experimentar o potencial de um contrabaixo de 6 cordas sem um grande investimento.

Por ser passivo, ele exige mais do músico e do amplificador para tirar um bom som, o que pode ser visto como uma oportunidade para desenvolver a dinâmica e a articulação.

Prós
  • Excelente custo-benefício para um contrabaixo de 6 cordas.
  • Amplo alcance tonal, permitindo a execução de acordes e solos.
  • Circuito passivo oferece um timbre orgânico e dinâmico.
Contras
  • O braço muito largo pode ser um desafio ergonômico para muitos baixistas.
  • Os captadores passivos podem ter dificuldade em definir com clareza as cordas extremas (B e C).

6. Memphis MB-40 Passivo 4 Cordas Fiesta Red

O Memphis by Tagima MB-40 é um contrabaixo projetado para o iniciante absoluto, com foco em oferecer um instrumento funcional pelo menor preço possível. Seu design é inspirado no Precision Bass, com um captador split-coil que fornece o som grave e fundamental para começar a tocar.

A construção é simples, com corpo em basswood e braço em maple, tornando-o leve e fácil de manusear. O acabamento Fiesta Red dá um toque de estilo vintage.

Se você está com um orçamento extremamente limitado ou apenas quer experimentar o instrumento sem um grande compromisso financeiro, o MB-40 é a opção certa. Ele é ideal para os primeiros estudos, para aprender as notas, escalas e desenvolver a coordenação.

Não espere a versatilidade ou o refinamento de modelos mais caros, mas ele cumpre a função básica de ser um contrabaixo tocável. É a escolha perfeita para quem quer dar o primeiro passo no mundo das quatro cordas.

Prós
  • Preço extremamente acessível, ideal para iniciantes.
  • Leve e fácil de manusear.
  • Timbre clássico P-Bass, funcional para estudos.
Contras
  • Qualidade de construção e componentes é básica, podendo exigir ajustes.
  • A qualidade do som do captador é limitada, faltando definição.

7. Tagima TW73 Jazz Bass Vintage Branco

O Tagima TW73 é a resposta da marca ao lendário Jazz Bass, um contrabaixo conhecido por seu som articulado, brilhante e seu braço extremamente confortável. Equipado com dois captadores single-coil, o TW73 permite uma ampla gama de timbres.

Você pode usar o captador do braço para um som mais redondo, o da ponte para um timbre cortante e cheio de médios, ou misturar os dois para um som cheio e com cancelamento de ruído.

O corpo em poplar e o braço em maple seguem a fórmula clássica.

Este contrabaixo é para o baixista que toca funk, jazz, soul ou qualquer estilo que exija linhas de baixo melódicas e bem definidas. Se você admira o som de Jaco Pastorius ou Marcus Miller, o formato Jazz Bass é o caminho.

O braço mais fino na região do nut (pestana) torna o TW73 muito rápido e confortável de tocar. Sua versatilidade sonora o torna um verdadeiro "canivete suíço" para o baixista de estúdio ou de palco que precisa cobrir diferentes estilos musicais.

Prós
  • Som clássico de Jazz Bass, articulado e versátil.
  • Braço fino e confortável, facilita a execução rápida.
  • Dois captadores que podem ser mixados para criar vários timbres.
Contras
  • Captadores single-coil podem gerar ruído quando usados sozinhos.
  • Acabamento e ferragens podem apresentar inconsistências em alguns exemplares.

8. Tagima TJB-5 Passivo 5 Cordas Sunburst

O Tagima TJB-5 combina o design clássico do Jazz Bass com a extensão de um instrumento de 5 cordas, tudo isso em um pacote passivo. Esta configuração é relativamente rara no mercado de entrada e atende a um nicho específico de baixistas.

Ele oferece a pegada e o som orgânico de um Jazz Bass, com seus dois captadores single-coil e controles de volume independentes, mas com a adição da corda Si grave. O corpo em alder e o braço em maple contribuem para um timbre ressonante e equilibrado.

Este contrabaixo é ideal para o músico que ama o timbre vintage e a dinâmica de um baixo passivo, mas precisa do alcance extra de uma quinta corda. É uma excelente escolha para pop, R&B e country moderno.

A ausência de um circuito ativo significa que o timbre é moldado diretamente pelas suas mãos, pela madeira e pelos captadores, resultando em um som mais expressivo e dinâmico. Se você prefere usar pedais de pré-amplificador para moldar seu som em vez de um circuito embutido, o TJB-5 é a plataforma perfeita.

Prós
  • Combina o timbre clássico do Jazz Bass com a extensão de 5 cordas.
  • Circuito passivo oferece um som orgânico e dinâmico.
  • Corpo em alder, uma madeira de qualidade superior nesta faixa de preço.
Contras
  • Pode haver ruído dos captadores single-coil.
  • A definição da corda Si grave pode ser um desafio sem um circuito ativo.

9. Seven Jazz Bass Sjb-47 Canhoto com Bag

Encontrar opções de qualidade para músicos canhotos nem sempre é fácil, e o Seven Jazz Bass Sjb-47 preenche essa lacuna com competência. Este modelo oferece as características clássicas de um Jazz Bass, como os dois captadores single-coil e o braço confortável, em uma configuração para canhotos.

O corpo em basswood o torna leve, e a inclusão de uma bag simples é um bônus para quem precisa transportar o instrumento. É um contrabaixo passivo, focado em entregar o timbre tradicional do Jazz Bass.

Este é o contrabaixo perfeito para o baixista canhoto iniciante ou intermediário que busca o som versátil de um Jazz Bass sem gastar muito. Ele atende bem a uma variedade de estilos, do samba ao rock.

A Seven se concentra em oferecer instrumentos com bom custo-benefício, e este modelo não foge à regra. Para o músico canhoto que se sente limitado pelas poucas opções disponíveis, o Sjb-47 é uma escolha sólida e confiável para começar a tocar ou para ter como um segundo instrumento.

Prós
  • Opção acessível e de qualidade para músicos canhotos.
  • Timbre versátil de Jazz Bass.
  • Vem com uma bag para transporte.
Contras
  • A qualidade geral dos componentes é de entrada.
  • Pode necessitar de uma regulagem profissional para atingir a melhor tocabilidade.

10. Tagima TW-66 4 Cordas Sunburst

O Tagima TW-66 é um contrabaixo com um design único, inspirado em modelos de escala curta e com um visual retrô. Ele se destaca pela sua aparência e por uma proposta sonora distinta.

Equipado com um captador do tipo "lipstick" na posição do braço e um single-coil na ponte, ele oferece timbres que remetem aos sons do surf music e do rock dos anos 60. O corpo em poplar e o braço em maple, junto com a escala mais escura, completam o visual vintage.

Este contrabaixo é para o músico que busca se diferenciar, tanto no som quanto no visual. É perfeito para bandas de indie rock, garage rock ou qualquer estilo que valorize uma estética retrô.

A combinação de captadores é incomum e oferece uma paleta de timbres que não se encontra em modelos P ou J tradicionais. Se você quer um som com personalidade, que se destaque na mixagem por sua característica única, o TW-66 é uma escolha intrigante e cheia de estilo.

Prós
  • Design retrô único e cheio de estilo.
  • Combinação de captadores oferece timbres distintos.
  • Bom custo-benefício para um baixo com tanta personalidade.
Contras
  • A versatilidade é limitada a estilos que se beneficiam de seu timbre peculiar.
  • A qualidade das ferragens é apenas funcional.

Ativo vs. Passivo: Qual a Diferença no Som e Pegada?

A principal diferença entre um contrabaixo ativo e um passivo está no seu circuito eletrônico. Um contrabaixo passivo tem um circuito simples, com captadores que enviam o sinal diretamente para os controles de volume e tonalidade.

O som é orgânico, dinâmico e quente, respondendo muito à força com que você toca as cordas. É o timbre clássico que você ouve em gravações de rock, soul e blues dos anos 60 e 70. Eles não precisam de bateria e são conhecidos por sua simplicidade e confiabilidade.

Já um contrabaixo ativo possui um pré-amplificador embutido, alimentado por uma bateria de 9V. Esse circuito permite um controle de equalização muito maior, geralmente com knobs para graves, médios e agudos.

O som é mais moderno, potente, brilhante e consistente. O pré-amplificador aumenta o sinal dos captadores, resultando em um som com mais "punch" e menos ruído. É a escolha preferida para estilos como metal, gospel e pop moderno, onde um som definido e com bom corte na mixagem é fundamental.

4, 5 ou 6 Cordas: Qual Quantidade é Ideal para Você?

  • Contrabaixo de 4 cordas: É o padrão da indústria e a escolha perfeita para iniciantes. A afinação padrão (E-A-D-G) cobre a grande maioria dos estilos musicais, como rock, pop, funk e blues. O braço é mais fino, facilitando a adaptação e a execução.
  • Contrabaixo de 5 cordas: Adiciona uma corda grave (Si, ou B), estendendo o alcance para notas mais baixas. É ideal para acompanhar guitarras de 7 cordas ou para estilos que exigem um peso extra, como metal moderno, gospel e sertanejo. O braço é mais largo, exigindo um pouco mais de adaptação.
  • Contrabaixo de 6 cordas: Adiciona uma corda grave (B) e uma aguda (C), transformando o baixo em um instrumento de alcance vasto. É a escolha de músicos de jazz, fusion e baixistas que atuam como solistas, permitindo a execução de acordes complexos e linhas melódicas com a mesma facilidade que linhas de baixo tradicionais.

Madeira e Captadores: O Impacto no Timbre do Baixo

A madeira do corpo do contrabaixo e os captadores são os principais responsáveis por moldar o timbre do instrumento. Madeiras como o Alder e o Ash são clássicas, conhecidas por um som equilibrado e ressonante, comum em modelos Fender.

O Mogno, usado no Yamaha TRBX174, oferece um som mais quente e com mais sustain. Madeiras mais econômicas, como Basswood e Poplar, são mais leves e têm um timbre mais neutro, o que as torna uma boa plataforma para a eletrônica do baixo.

Os captadores para contrabaixo são os microfones que captam a vibração das cordas. Os principais tipos são: o P-Bass (split-coil), com seu som grave e socado; o J-Bass (single-coil), com um som mais brilhante e articulado; e os Humbuckers (ou Soapbars), que oferecem um som cheio, potente e sem ruído, muito comuns em baixos ativos.

A combinação da madeira do corpo com o tipo e a posição dos captadores define a personalidade sonora do seu contrabaixo.

Perguntas Frequentes

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