Graxas Para Corrente de Bicicleta Reviews: Para Mais KM

Thiago Nunes da Silva
Thiago Nunes da Silva
9 min. de leitura

Manter a corrente da sua bicicleta lubrificada é um dos passos mais importantes para garantir um pedal suave, trocas de marcha precisas e, principalmente, para prolongar a vida útil de toda a transmissão.

Uma corrente mal cuidada acelera o desgaste do cassete e das coroas, gerando custos de substituição elevados. Este guia detalhado analisa as melhores opções de lubrificantes do mercado, explicando as diferenças entre ceras, óleos e pastas para que você possa escolher o produto ideal para seu estilo de pedalada e para as condições de terreno que enfrenta.

Cera, Óleo ou Graxa: Qual o Ideal Para Seu Pedal?

A escolha do lubrificante correto depende fundamentalmente das condições em que você pedala. Não existe um produto único que seja perfeito para todas as situações. Os três tipos principais são os lubrificantes à base de cera, os óleos e as graxas em pasta, cada um com características distintas.

Nossas análises e classificações são completamente independentes de patrocínios de marcas e colocações pagas. Se você realizar uma compra por meio dos nossos links, poderemos receber uma comissão. Diretrizes de Conteúdo

  • Lubrificantes de Cera: São ideais para condições secas e poeirentas. Após a aplicação, o solvente evapora e deixa uma película seca de cera na corrente. A grande vantagem é que essa película não atrai sujeira, mantendo a transmissão muito mais limpa. A desvantagem é sua baixa resistência à água; uma chuva forte pode lavar o produto, exigindo reaplicação.
  • Óleos (Lubrificantes Úmidos): São a escolha para clima chuvoso, lama e condições úmidas. Sua composição mais espessa e viscosa adere fortemente ao metal e não é facilmente removida pela água. Isso garante lubrificação por mais tempo em ambientes agressivos. O ponto negativo é que esse óleo pegajoso atrai poeira e areia, formando uma pasta abrasiva que exige limpeza frequente da transmissão.
  • Graxas em Pasta: São produtos de altíssima viscosidade e aderência. Enquanto graxas tradicionais são usadas para montagem de componentes como rolamentos, existem pastas específicas para correntes, como a Motul C5. Elas oferecem durabilidade extrema e resistência à água, sendo ótimas para cicloturismo ou condições muito severas, mas acumulam bastante sujeira.

Análise: As 6 Melhores Graxas Para Corrente de Bike

1. Algoo Premium Grease Multiuso 100g

A Algoo Premium Grease é uma graxa de montagem à base de lítio com aditivos de PTFE. É fundamental entender sua finalidade: ela não serve para lubrificar a corrente. Sua função é proteger componentes contra atrito e corrosão durante a montagem e o uso.

É aplicada em rolamentos, cubos, caixas de direção e no movimento central. Sua fórmula espessa cria uma barreira robusta contra a entrada de água e sujeira, garantindo que as peças com movimento rotativo funcionem de forma suave por mais tempo.

Este produto é a escolha perfeita para o ciclista que faz a própria manutenção ou para o mecânico profissional. Se você está montando uma bicicleta nova, trocando um movimento central ou revisando os cubos das rodas, esta graxa é a ferramenta certa.

Usá-la na corrente seria um erro grave, pois sua consistência pegajosa atrairia uma quantidade enorme de detritos, criando uma pasta abrasiva que destruiria a transmissão rapidamente.

Pense nela como uma proteção para as partes internas da bike, não para a corrente.

Prós
  • Excelente proteção contra água e corrosão.
  • Ideal para montagem de rolamentos e componentes.
  • Aumenta a vida útil de peças como cubos e movimento central.
  • Fórmula com PTFE para redução de atrito.
Contras
  • Completamente inadequada para lubrificação de correntes.
  • Atrai muita sujeira se usada externamente.
  • A aplicação em pote pode ser menos precisa que em bisnagas.

2. Cera Lubrificante SC Ceralub 100 ml

O Ceralub da Session é um lubrificante à base de cera que se destaca por manter a transmissão excepcionalmente limpa. Após a aplicação em uma corrente completamente desengraxada, ele forma uma película seca que repele poeira e areia.

O resultado é um sistema silencioso, com trocas de marcha suaves e sem o acúmulo de sujeira preta comum em óleos. Sua fórmula biodegradável é um ponto positivo para ciclistas conscientes com o meio ambiente.

Este lubrificante é perfeito para ciclistas de estrada e mountain bikers que pedalam majoritariamente em tempo seco. Se você detesta ver sua corrente e cassete sujos de graxa preta e não se importa em reaplicar o produto com mais frequência, o Ceralub é uma escolha excelente.

Ele exige uma limpeza minuciosa da corrente antes do primeiro uso para garantir a aderência, mas a recompensa é uma manutenção diária muito mais simples e uma transmissão com aparência de nova por mais tempo.

Prós
  • Mantém a corrente e a transmissão extremamente limpas.
  • Reduz o acúmulo de poeira e areia.
  • Deixa o sistema de marchas silencioso.
  • Fórmula biodegradável.
Contras
  • Baixa durabilidade em condições de chuva ou lama.
  • Exige reaplicação mais frequente (a cada 80-120 km).
  • A primeira aplicação demanda uma limpeza profunda da corrente.

3. Lubrificante Parafínico Cera PPW

O lubrificante parafínico da PPW segue a mesma filosofia dos lubrificantes de cera: criar uma película seca para uma transmissão limpa e eficiente. Ele é formulado com uma mistura de parafinas e aditivos que prometem uma redução significativa do atrito, o que pode se traduzir em uma pequena economia de watts.

A aplicação correta é crucial: a corrente deve estar imaculadamente limpa e seca para que a emulsão de cera penetre nos elos e se fixe corretamente.

Para o ciclista competitivo ou o entusiasta de performance que busca otimizar cada detalhe, este produto é uma ótima opção. Ele é ideal para treinos e provas em asfalto ou estradões de terra batida sob clima seco.

Se você valoriza a eficiência máxima e a limpeza da sua relação acima da durabilidade em longos períodos, a cera da PPW entregará o que promete. Contudo, não é um produto para quem busca uma solução de baixa manutenção, pois a chuva remove o produto rapidamente.

Prós
  • Baixo coeficiente de atrito, otimizando a performance.
  • Repele sujeira, mantendo a transmissão limpa.
  • Ideal para condições secas e de poeira.
  • Trocas de marcha silenciosas e suaves.
Contras
  • Não resiste à chuva ou umidade excessiva.
  • O processo de preparação inicial da corrente é trabalhoso.
  • Durabilidade menor em comparação com óleos úmidos.

4. Motul C5 Chain Paste

O Motul C5 Chain Paste é um produto diferenciado no mercado. Trata-se de uma graxa em pasta branca, desenvolvida especificamente para correntes de motocicletas, mas que se mostra extremamente eficaz para bicicletas em condições severas.

Sua principal característica é a aderência fenomenal. Uma vez aplicada, ela permanece na corrente por centenas de quilômetros, resistindo à água, lama e à força centrífuga das rotações.

O tubo vem com um pincel aplicador, facilitando a aplicação precisa em cada elo.

Esta é a solução definitiva para cicloturistas, aventureiros e qualquer ciclista que enfrente longas distâncias ou clima chuvoso com frequência. Se sua prioridade é ter um lubrificante que dure um pedal de 300 km ou uma semana de trilhas na chuva sem precisar de reaplicação, o C5 é imbatível.

O preço a pagar por essa durabilidade é uma corrente que acumula mais sujeira em comparação com as ceras, exigindo uma limpeza mais pesada ao final do ciclo.

Prós
  • Durabilidade excepcional em qualquer condição climática.
  • Altíssima resistência à lavagem por água.
  • Pincel aplicador integrado torna o uso fácil e sem sujeira.
  • Excelente proteção contra o desgaste em longas distâncias.
Contras
  • Atrai mais poeira e areia que lubrificantes secos.
  • A limpeza da corrente e da transmissão é mais trabalhosa.
  • Pode criar um acúmulo de pasta preta se não for limpo regularmente.

5. Óleo Lubrificante Bardahl Maxlub

O Bardahl Maxlub é um óleo lubrificante multiuso, conhecido por sua versatilidade e baixo custo. Embora não seja formulado especificamente para as altas pressões e a exposição de uma transmissão de bicicleta, ele é frequentemente usado como uma alternativa econômica.

Sua consistência fina permite uma boa penetração nos elos da corrente, reduzindo o ruído e o atrito em um primeiro momento. Contudo, sua fórmula simples não oferece a mesma longevidade ou proteção contra o desgaste que os produtos dedicados.

Este produto é indicado para o ciclista urbano ou casual que utiliza a bicicleta para deslocamentos curtos e não se preocupa com performance ou limpeza extrema. Se você precisa de uma solução barata e fácil de encontrar apenas para evitar que a corrente fique seca e barulhenta, o Maxlub resolve o problema de forma temporária.

Para ciclistas de estrada ou de montanha, o investimento em um lubrificante específico para bike trará benefícios muito maiores em termos de durabilidade e eficiência.

Prós
  • Preço muito acessível.
  • Fácil de encontrar em lojas de autopeças e supermercados.
  • Aplicação simples e rápida.
Contras
  • Baixa durabilidade, exige reaplicações constantes.
  • Atrai bastante sujeira, sujando a transmissão rapidamente.
  • Não oferece a mesma proteção contra desgaste que lubrificantes específicos.

6. Spray Lubrificante Motul C2+ Chain Lube

O Motul C2+ Chain Lube Road Plus é um lubrificante em formato spray, projetado para oferecer máxima conveniência. A aplicação é extremamente rápida: basta direcionar o jato para a corrente enquanto gira os pedais.

Sua fórmula é aderente e foi otimizada para uso em asfalto, resistindo bem a altas velocidades. A cor esbranquiçada do produto ajuda a identificar as áreas já lubrificadas, garantindo uma cobertura completa.

Este lubrificante é a escolha ideal para o ciclista de estrada ou urbano que prioriza a praticidade e a velocidade na hora da manutenção. Se você tem pouco tempo e quer um método rápido para manter sua corrente protegida, o spray é imbatível.

O principal cuidado é durante a aplicação, pois o excesso de spray pode contaminar os aros ou os discos de freio, comprometendo a capacidade de frenagem. Usar um papelão como barreira atrás da corrente resolve esse problema.

Prós
  • Aplicação extremamente rápida e fácil.
  • Boa aderência para uso em asfalto.
  • A coloração facilita a visualização da cobertura.
  • Penetra bem nos elos da corrente.
Contras
  • Risco de contaminar os freios e a roda se não aplicado com cuidado.
  • Menos econômico que as versões em gotas, pois há mais desperdício.
  • Não é a melhor opção para condições extremas de lama ou poeira.

Melhor Lubrificante Para Clima Seco ou Chuvoso

Resumindo a escolha, a decisão deve ser baseada no clima predominante dos seus pedais. Para clima seco, com poeira e areia, os lubrificantes de cera como o Ceralub e o PPW são superiores.

Eles mantêm a transmissão limpa, o que reduz o atrito e o desgaste. Para clima chuvoso, com lama e umidade constante, um lubrificante úmido ou uma pasta aderente como o Motul C5 é a escolha correta.

Eles resistem à lavagem pela água e garantem que a corrente permaneça protegida por mais tempo, mesmo que acumulem mais sujeira.

Como Aplicar e Limpar a Graxa da Corrente Corretamente

Uma aplicação correta é tão importante quanto a escolha do produto. Siga estes passos para garantir a máxima eficiência e proteção:

  • Limpeza Primeiro: Sempre comece com uma corrente limpa. Use um desengraxante específico para bicicletas e escovas para remover toda a sujeira antiga da corrente, cassete e coroas. Enxágue com água e seque completamente com um pano. Uma corrente 100% seca é vital.
  • Aplicação Precisa: Gire os pedais para trás lentamente. Aplique uma pequena gota de lubrificante líquido na parte interna de cada rolete da corrente. Se usar pasta, aplique uma fina camada com o pincel. Para spray, direcione o jato para a parte interna da corrente, usando um papelão para proteger a roda.
  • Espalhe o Produto: Após aplicar em toda a extensão da corrente, continue girando os pedais por 20 a 30 segundos para ajudar o lubrificante a penetrar nos elos.
  • Remova o Excesso: Este é o passo que muitos ignoram. Com um pano limpo e seco, remova todo o excesso de lubrificante da parte externa da corrente. O lubrificante precisa agir na parte interna dos elos, não na externa, onde apenas atrairia sujeira.

O Impacto da Lubrificação na Vida Útil da Transmissão

Uma corrente de bicicleta não é uma peça única. Ela é um conjunto de centenas de placas, pinos e roletes que articulam entre si. A lubrificação cria uma película protetora entre essas peças, reduzindo o atrito metálico.

Quando a sujeira se mistura ao lubrificante, ela forma uma pasta abrasiva que funciona como uma lixa, desgastando os pinos e roletes. Esse desgaste causa um aumento na distância entre os elos, um efeito conhecido como "esticamento" da corrente.

Uma corrente esticada não se encaixa mais perfeitamente nos dentes do cassete e das coroas, desgastando-os prematuramente. Portanto, a lubrificação correta, combinada com a limpeza, é o investimento mais barato e eficaz para garantir uma vida longa e um funcionamento preciso para todo o seu sistema de transmissão, economizando centenas de reais em trocas de componentes.

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