Guitarras Com Captadores Humbucker Reviews: Guia Rock

Thiago Nunes da Silva
Thiago Nunes da Silva
8 min. de leitura

Encontrar a guitarra certa para rock e metal exige um som potente e sem ruídos. Este guia analisa as melhores guitarras com captadores humbucker do mercado. Avaliamos seis modelos populares, detalhando para quem cada um é ideal.

Você descobrirá qual instrumento oferece o melhor timbre, tocabilidade e custo-benefício para o seu estilo, seja você um iniciante buscando seu primeiro som pesado ou um músico intermediário pronto para um upgrade.

Humbucker vs Single-Coil: Entenda a Diferença

A escolha do captador define a alma da guitarra elétrica. Captadores single-coil, com uma única bobina, produzem um som brilhante e articulado, famoso em guitarras como a Stratocaster.

Sua principal desvantagem é a suscetibilidade a ruídos e interferências elétricas, o famoso 'hum' de 60 ciclos.

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Os captadores humbucker, por outro lado, foram criados para resolver esse problema. Eles usam duas bobinas com polaridade magnética e enrolamento invertidos. Essa configuração cancela o ruído ('buck the hum') e resulta em um som mais cheio, quente e com maior saída de sinal.

Essa característica os torna a escolha padrão para gêneros que exigem alto ganho e distorção, como hard rock, punk e metal, pois o som se mantém definido e potente mesmo sob saturação pesada.

Análise: As 6 Melhores Guitarras com Humbucker

1. Cort X100 OPBB com 2 Humbuckers Powersound

A Cort X100 é uma referência para quem procura a primeira guitarra com foco em sons pesados. Seu corpo no estilo 'superstrat' é ergonômico, e o braço fino facilita a execução de acordes e solos.

Ela vem equipada com um par de captadores Powersound, projetados pela própria Cort para oferecer um alto nível de saída. Isso significa que, mesmo com um amplificador de entrada, você consegue extrair distorções cheias e agressivas, ideais para praticar riffs de rock e metal.

Esta guitarra é a escolha perfeita para o guitarrista iniciante que não quer gastar muito, mas precisa de um instrumento que entregue o timbre certo para seus estilos musicais favoritos.

A ponte tremolo de 6 pontos permite o uso da alavanca para efeitos de vibrato, um recurso divertido para quem está começando a explorar técnicas mais expressivas. É uma plataforma sólida para aprendizado e futuros upgrades.

Prós
  • Excelente custo-benefício para iniciantes.
  • Captadores com alto ganho, ideais para rock e metal.
  • Braço confortável que facilita a tocabilidade.
  • Acabamento de poro aberto (Open Pore) oferece um visual distinto.
Contras
  • A ponte tremolo pode apresentar instabilidade na afinação com uso intenso da alavanca.
  • Os captadores, embora potentes, carecem de maior definição em timbres limpos.

2. Cort KX100 MA com 2 Humbuckers

A Cort KX100 MA oferece uma proposta diferente da série X. A principal mudança está na construção: ela possui um corpo em mogno e uma ponte fixa. O mogno é uma madeira que contribui para um som mais quente, com médios pronunciados e maior sustain.

A ponte fixa, por sua vez, transfere melhor a vibração das cordas para o corpo e garante uma estabilidade de afinação superior, já que não há partes móveis.

Se você é um guitarrista que prioriza afinação precisa e um som encorpado para tocar bases pesadas, a KX100 MA é para você. É a opção ideal para quem toca principalmente guitarra rítmica em afinações mais baixas ou para quem simplesmente não usa a alavanca.

A manutenção simplificada, como a troca de cordas, também a torna uma excelente escolha para o músico que está evoluindo do nível iniciante para o intermediário.

Prós
  • Ponte fixa garante excelente estabilidade de afinação e sustain.
  • Corpo em mogno proporciona um timbre mais quente e encorpado.
  • Visual moderno e construção sólida.
  • Ótima para bases de rock e metal.
Contras
  • A ausência da alavanca tremolo limita certas técnicas de solo.
  • Os captadores Powersound podem soar um pouco comprimidos para guitarristas mais exigentes.

3. Cort B-001-1701-0 Corpo Sólido Poro Aberto Preto

Este modelo, da série X da Cort, compartilha muitas das qualidades da X100, mas se destaca pelo acabamento em poro aberto (Open Pore Black). Essa finalização não apenas confere um visual mais rústico e uma sensação tátil mais orgânica da madeira, mas também permite que o corpo de Meranti ressoe de forma um pouco mais livre.

Os captadores duplos humbucker Powersound garantem a potência necessária para distorções encorpadas e agressivas.

Esta guitarra é direcionada ao músico que busca um instrumento de entrada funcional e, ao mesmo tempo, valoriza uma estética diferenciada. É uma excelente escolha para quem quer um som pesado com um orçamento controlado e planeja, no futuro, personalizar o instrumento.

A base de construção é sólida o suficiente para justificar upgrades de captadores e hardware, transformando-a em uma guitarra ainda mais capaz.

Prós
  • Estética atraente com acabamento em poro aberto.
  • Preço competitivo para uma guitarra com dois humbuckers.
  • Boa plataforma para futuros upgrades.
  • Som potente, adequado para estudo e ensaios.
Contras
  • Componentes como tarraxas e ponte são básicos e podem precisar de substituição para uso intenso.
  • O acabamento de poro aberto pode ser mais vulnerável a arranhões e batidas.

4. Jackson JS Series Dinky JS11

A Jackson JS11 é a porta de entrada para uma marca icônica do metal. Ela carrega o DNA da Jackson, com um design Dinky agressivo, corpo leve em Poplar e um braço extremamente rápido em Maple.

A escala de raio composto, mais curvada perto do headstock e mais plana perto do corpo, é uma característica premium que facilita tanto a formação de acordes quanto a execução de solos velozes.

Os humbuckers de cerâmica de alto ganho são o coração do som, entregando a agressividade e a definição que se espera de uma Jackson.

Para o guitarrista aspirante a 'shredder' ou para o fã de metal que sonha com a tocabilidade de uma Jackson, a JS11 é a escolha certa. Todo o projeto do instrumento é otimizado para velocidade e ganho.

Se seu objetivo é tocar solos técnicos, riffs rápidos e ter um som que 'corta' na mixagem, esta guitarra oferece as ferramentas necessárias por um preço acessível. É um instrumento que inspira a praticar e evoluir em estilos pesados.

Prós
  • Braço extremamente rápido e confortável para solos.
  • Captadores com saída muito alta, perfeitos para metal.
  • Estética clássica e agressiva da Jackson.
  • Escala com raio composto melhora a tocabilidade.
Contras
  • A ponte tremolo de estilo vintage não é ideal para abusos extremos com a alavanca.
  • O som limpo dos captadores é funcional, mas sem a complexidade de modelos mais versáteis.

5. Latitude SE-1819 Semi-Acústica com Humbuckers

A Latitude SE-1819 representa uma mudança de direção nesta lista. Sendo uma guitarra semi-acústica, ela combina um bloco central de madeira sólida com câmaras ocas nas laterais do corpo.

Isso resulta em um timbre único: ela mantém o punch e o cancelamento de ruído dos captadores humbucker, mas adiciona uma ressonância e um 'ar' característicos dos instrumentos acústicos.

O som é mais complexo e tridimensional.

Esta guitarra é a opção ideal para o músico que toca blues, jazz, rock clássico ou indie rock. Se você procura um som encorpado, mas com mais nuance harmônica do que uma guitarra de corpo sólido pode oferecer, a SE-1819 é uma excelente candidata.

Ela brilha em timbres limpos, com crunch leve e drives moderados. Embora não seja a mais indicada para metal de altíssimo ganho devido à sua tendência à microfonia, sua versatilidade em outros estilos é seu grande trunfo.

Prós
  • Timbre versátil com ressonância e profundidade.
  • Visual clássico e elegante, inspirado no modelo ES-335.
  • Ótima para estilos que vão do jazz ao rock clássico.
  • Bom som tanto limpo quanto com drive.
Contras
  • Suscetível à microfonia em volumes e níveis de ganho muito altos.
  • Corpo maior pode ser desconfortável para guitarristas acostumados com modelos 'solid-body'.

6. Jackson Dinky JS12 Gloss Black

A Jackson Dinky JS12 é uma pequena evolução da JS11, focada em performance. Ela mantém a fórmula de sucesso com corpo em Poplar, braço rápido em Maple e os humbuckers de cerâmica de alta saída.

O principal diferencial aqui é a escala com 24 trastes, oferecendo duas oitavas completas por corda. Isso expande as possibilidades para solos, permitindo alcançar notas extremamente agudas que não são acessíveis em guitarras com 22 trastes.

Para o estudante de metal ou hard rock que sente a necessidade de mais alcance na escala, a JS12 é a escolha óbvia. É um instrumento construído para performance, velocidade e som agressivo.

Se o seu guitarrista favorito vive explorando as notas mais altas do braço da guitarra, ter esses trastes extras faz toda a diferença. Ela é uma arma sonora focada, feita para quem leva a sério a arte do solo.

Prós
  • 24 trastes que permitem maior alcance para solos.
  • Som agressivo e focado em metal, típico da Jackson.
  • Excelente tocabilidade para o seu segmento de preço.
  • Design Dinky confortável e rápido.
Contras
  • A ponte tremolo sincronizada é básica e não suporta o mesmo abuso que um sistema Floyd Rose.
  • A qualidade geral dos componentes eletrônicos é de entrada.

Marcas em Destaque: Cort vs. Jackson

Cort e Jackson são gigantes no mercado de guitarras de entrada e intermediárias, mas com filosofias distintas. A Cort é reconhecida mundialmente pelo seu incrível custo-benefício.

Ela fabrica instrumentos para muitas outras marcas famosas e aplica esse conhecimento em seus próprios produtos, oferecendo guitarras bem construídas, com bons acabamentos e versáteis.

Uma Cort é frequentemente vista como uma plataforma sólida e confiável.

A Jackson, por outro lado, tem uma herança profundamente enraizada no hard rock e no metal. Seus instrumentos são projetados com um foco claro: velocidade e agressividade. Desde o formato do corpo até o perfil do braço e a sonoridade dos captadores, tudo em uma Jackson de entrada grita 'metal'.

A escolha entre as duas depende do seu objetivo: a Cort oferece uma base mais neutra e de alta qualidade pelo preço, enquanto a Jackson entrega uma experiência especializada desde o início.

Madeira do Corpo: Como Influencia o Timbre?

  • A madeira do corpo é a fundação do timbre de uma guitarra, mesmo antes de a eletrônica entrar em ação. Diferentes tipos de madeira ressoam de maneiras distintas, enfatizando certas frequências.
  • Madeiras como Poplar e Basswood, comuns em guitarras de entrada, são leves e têm uma resposta tonal equilibrada, servindo como uma boa base para os captadores.
  • Meranti, usada em alguns modelos da Cort, é tonalmente similar ao Mogno, oferecendo um som quente e focado nos médios.
  • O Mogno (Mahogany), encontrado na Cort KX100, é uma madeira mais densa, conhecida por gerar um grande sustain e um timbre cheio, com graves presentes e médios fortes. É uma escolha clássica para guitarras de rock.

Ponte Fixa ou Tremolo: Qual a Melhor para Você?

A ponte da guitarra cumpre duas funções: segurar as cordas e transferir sua vibração para o corpo. A escolha entre um modelo fixo ou com tremolo (alavanca) impacta a tocabilidade e a manutenção.

Uma ponte fixa, como na Cort KX100, é uma peça sólida parafusada ao corpo. Suas vantagens são a estabilidade de afinação superior, maior sustain (pois há mais contato com a madeira) e facilidade na troca de cordas.

É ideal para guitarristas rítmicos e para quem não usa alavanca.

Uma ponte tremolo, presente nas Jackson e na Cort X100, permite usar uma alavanca para afrouxar ou esticar as cordas, criando efeitos de vibrato e 'dive bombs'. É um recurso de expressão essencial para muitos estilos.

No entanto, em modelos de entrada, o uso agressivo da alavanca pode fazer a guitarra desafinar. Para quem precisa de estabilidade máxima com alavanca, sistemas mais complexos como o Floyd Rose são a solução, mas eles não são comuns nesta faixa de preço.

Perguntas Frequentes

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