Melhores baixos acústicos: 3 Modelos de Som Puro

Thiago Nunes da Silva
Thiago Nunes da Silva
6 min. de leitura

Encontrar o timbre grave perfeito fora do mundo elétrico exige atenção aos detalhes de construção e madeira. A busca pelo melhor baixo acústico ou U-Bass envolve equilibrar projeção sonora natural com a praticidade de transporte.

Muitos músicos se frustram ao comprar instrumentos que desaparecem na mixagem acústica ou que são desconfortáveis de tocar. Selecionamos três modelos que resolvem esses problemas com excelência.

Baixolão ou U-Bass: Qual Escolher?

A decisão entre um Baixolão tradicional e um U-Bass (Ukulele Bass) define toda a sua experiência de tocabilidade. O Baixolão possui o corpo grande, braço longo e usa cordas de metal (bronze ou fósforo).

Ele entrega um som brilhante, metálico e com volume suficiente para estudos desplugados. A tensão das cordas é similar à de um baixo elétrico, facilitando a adaptação para quem já toca o instrumento convencional.

Nossas análises e classificações são completamente independentes de patrocínios de marcas e colocações pagas. Se você realizar uma compra por meio dos nossos links, poderemos receber uma comissão. Diretrizes de Conteúdo

O U-Bass segue uma filosofia oposta. Com escala curtíssima e cordas geralmente de poliuretano ou silicone, ele simula o som gordo e profundo de um contrabaixo acústico (o rabecão).

É imbatível em portabilidade. Você carrega o instrumento nas costas sem esforço. O som acústico é baixo, exigindo amplificação para tocar com outros músicos, mas o timbre plugado é surpreendente e encorpado.

Análise: Os 3 Melhores Baixos Acústicos do Momento

1. Baixolão Strinberg SB240C Mogno 4 Cordas

O Strinberg SB240C representa o padrão da indústria para quem busca um Baixolão confiável e com visual clássico. Sua construção em mogno laminado oferece uma ressonância quente que ajuda a domar o brilho excessivo típico das cordas de bronze novas.

Este instrumento é a escolha ideal para baixistas de bandas de pop/rock que precisam fazer sets acústicos ou 'MTV Unplugged'. O corpo com cutaway facilita o acesso às notas mais agudas, permitindo solos e arranjos melódicos sem contorcionismos.

O pré-amplificador ativo integrado é o ponto forte deste modelo. Ele garante que o som chegue à mesa de som com clareza e peso. O equalizador de 3 ou 4 bandas (dependendo do lote do pré) permite esculpir o timbre, cortando frequências médias que costumam causar microfonia em palcos barulhentos.

Para estudantes e profissionais de barzinho, a presença de um afinador digital embutido agiliza a performance entre as músicas. É um instrumento robusto, feito para aguentar a estrada.

Prós
  • Timbre acústico natural com boa projeção de volume.
  • Pré-amplificador eficiente com afinador embutido.
  • Construção em Mogno favorece graves aveludados.
  • Acesso facilitado às últimas casas pelo cutaway.
Contras
  • Corpo grande pode ser desconfortável para pessoas de baixa estatura.
  • Cordas de bronze originais podem ser ásperas para os dedos inicialmente.

2. Baixo Ukulele Caramel UEM48 Mogno 76 cm

O Caramel UEM48 rompe a barreira entre o brinquedo e o instrumento profissional no segmento de U-Bass. Com 76 cm (30 polegadas), ele oferece uma escala um pouco mais confortável que os modelos minúsculos tradicionais, aproximando-se da pegada de um baixo short-scale.

Esta opção é perfeita para quem busca aquele som de 'contrabaixo de cozinha' sem carregar um móvel gigante. O corpo todo em mogno garante uma estética sóbria e um som focado nos médios-graves.

Um diferencial técnico crítico deste modelo é a presença de um tensor ajustável no braço. Muitos U-Basses baratos negligenciam isso, resultando em braços empenados que inutilizam o instrumento.

Com o tensor, você ajusta a ação das cordas conforme sua preferência e clima da região. A captação elétrica é competente, entregando aquele 'thump' característico que funciona maravilhosamente bem em estilos como reggae, folk e jazz acústico.

Prós
  • Possui tensor ajustável no braço (raro em U-Basses).
  • Tamanho de 30 polegadas melhora a afinação e conforto.
  • Timbre plugado muito próximo de um contrabaixo acústico.
  • Visual elegante em mogno com acabamento cuidadoso.
Contras
  • Volume acústico desplugado é muito baixo para tocar em grupo.
  • Adaptação às cordas grossas de borracha exige tempo.

3. Ukulele de Baixo Lotmusic Madeira Negra 76 cm

O modelo da Lotmusic aposta na Madeira Negra Africana (Blackwood) para se destacar visual e sonoramente. Enquanto o mogno é quente, a madeira negra tende a oferecer uma densidade maior, o que se traduz em um pouco mais de clareza e definição nas notas, mesmo usando cordas de polímero.

Este U-Bass é indicado para músicos que valorizam a estética exótica e querem um instrumento que chame a atenção no palco pela beleza da madeira escura.

A eletrônica inclui um equalizador de 3 bandas, algo essencial para controlar os graves excessivos que podem ocorrer ao ligar um U-Bass em amplificadores grandes. A construção sólida e o tamanho de 30 polegadas mantêm a tocabilidade fluida.

É uma excelente alternativa para quem quer fugir do visual tradicional 'marrom claro' dos instrumentos acústicos e busca um som com ataque um pouco mais percussivo.

Prós
  • Estética diferenciada com Madeira Negra Africana.
  • Equalizador de 3 bandas oferece bom controle tonal.
  • Densidade da madeira proporciona boa definição de notas.
  • Inclui tensor para ajustes de manutenção.
Contras
  • Necessita de bateria sempre carregada para o som funcionar bem.
  • Tarraxas podem exigir reaperto frequente no início do uso.

Influência do Mogno e Madeira Negra no Timbre

A madeira do corpo define a 'voz' do seu baixo acústico. O Mogno, presente no Strinberg e no Caramel, é famoso por enfatizar as frequências médias e graves. Ele 'arredonda' o som, removendo estridências indesejadas, o que é vital para instrumentos que usam captação piezoelétrica.

Se você busca um som quente e tradicional, o mogno é a escolha segura.

A Madeira Negra (Blackwood), usada no Lotmusic, possui maior densidade. Isso resulta em um som com mais 'sustain' e uma resposta de agudos levemente mais rápida. Em um U-Bass, isso ajuda a evitar que o som fique embolado, garantindo que cada nota seja ouvida com clareza, mesmo em passagens rápidas.

Vantagens da Captação Ativa em Palcos

Baixos acústicos dependem quase exclusivamente de sistemas de captação ativa. Diferente da guitarra elétrica que usa ímãs, esses instrumentos usam cristais piezoelétricos sob o rastilho para captar a vibração física.

O sinal gerado é muito fraco e possui uma impedância altíssima.

O pré-amplificador ativo, alimentado por bateria de 9V ou baterias tipo moeda, resolve isso. Ele aumenta o sinal e permite que você o equalise antes de enviar para a mesa. Em situações de palco, ter controles de graves, médios e agudos na lateral do instrumento salva o show.

Você pode cortar aquele grave que está sobrando e fazendo o palco tremer (feedback) sem precisar pedir para o técnico de som.

Portabilidade: Comparativo de Tamanho e Peso

O fator físico é o divisor de águas. Um Baixolão como o Strinberg SB240C tem cerca de 1,20m de comprimento total e exige um case rígido ou bag acolchoada grande. Ele ocupa espaço no porta-malas e despachá-lo em aviões é uma operação de risco e custo elevado.

É um instrumento de presença física.

Os modelos U-Bass (Caramel e Lotmusic) vencem disparado aqui. Com cerca de 76cm e peso levíssimo, eles cabem no compartimento superior da cabine de aviões e podem ser levados nas costas em uma moto ou bicicleta.

Para músicos que viajam constantemente ou têm pouco espaço em casa, o U-Bass oferece a melhor relação entre qualidade sonora grave e facilidade de transporte.

Perguntas Frequentes

Conheça nossos especialistas

Artigos Relacionados