Melhores Baixos de 5 Cordas: 10 Opções de Peso

Thiago Nunes da Silva
Thiago Nunes da Silva
10 min. de leitura

A adição da quinta corda, geralmente afinada em Si (B), transforma a experiência musical de qualquer baixista. Essa extensão grave permite tocar arranjos de metal, gospel, funk e pop moderno sem a necessidade de afinações alternativas que alteram a tensão do braço.

Escolher o instrumento certo envolve entender a relação entre conforto, captação e construção.

Neste guia definitivo, você encontrará uma análise técnica e crítica dos modelos mais relevantes disponíveis. Focamos na usabilidade real, durabilidade dos componentes e na qualidade sonora que cada baixo entrega.

O objetivo é garantir que seu investimento resulte em um instrumento capaz de suportar ensaios e apresentações ao vivo.

Nossas análises e classificações são completamente independentes de patrocínios de marcas e colocações pagas. Se você realizar uma compra por meio dos nossos links, poderemos receber uma comissão. Diretrizes de Conteúdo

Ativo ou Passivo: Qual Sistema Escolher?

A decisão entre um sistema ativo ou passivo define a personalidade do seu som. Baixos passivos não utilizam bateria e enviam o sinal direto dos captadores para o amplificador. Eles oferecem um timbre mais orgânico, dinâmico e com a característica compressão natural amada em estilos como rock clássico, blues e jazz.

Se você busca a sonoridade vintage tradicional, um Baixo Passivo é a escolha correta.

Já os baixos ativos possuem um pré-amplificador interno alimentado por bateria (geralmente 9V). Esse circuito permite cortar ou impulsionar frequências (graves, médios e agudos) diretamente no instrumento.

O Baixo Ativo entrega um sinal mais forte, com menos ruído e maior clareza, sendo ideal para técnicas como slap, tapping ou para gêneros que exigem um som moderno e hi-fi, como fusion e metal progressivo.

Os 10 Melhores Baixos de 5 Cordas do Mercado

1. Yamaha TRBX305 Ativo com Captadores Cerâmicos

O Yamaha TRBX305 se posiciona como uma referência de versatilidade e ergonomia na categoria intermediária avançada. Seu corpo em Mogno sólido é esculpido para maximizar o conforto durante longas sessões de toque, equilibrando o peso extra das tarraxas de um modelo de 5 cordas.

A construção do braço em 5 peças de Maple e Mogno oferece uma estabilidade estrutural superior, essencial para suportar a tensão da corda Si grave sem empenamentos indesejados.

Este instrumento é a escolha perfeita para o músico de baile ou estúdio que precisa transitar por vários gêneros rapidamente. O destaque técnico é a chave seletora "Performance EQ" de 5 posições.

Com ela, você altera instantaneamente a curva de equalização para Slap, Pick, Flat, Finger ou Solo, sem precisar mexer nos knobs individuais. Os captadores humbucker cerâmicos (M3) garantem um som potente, livre de ruídos e com definição clara em todas as notas.

Prós
  • Chave de Performance EQ com 5 presets úteis
  • Braço laminado de 5 peças muito estável
  • Corpo em Mogno com design ergonômico
  • Captação Humbucker silenciosa e potente
Contras
  • Espaçamento das cordas pode ser estreito para slap agressivo
  • Visual muito moderno pode não agradar puristas

2. Ibanez GSR205BK Baixo Elétrico Preto

A linha GIO da Ibanez carrega o DNA de tocabilidade rápida da marca japonesa a um custo acessível. O GSR205BK destaca-se pelo perfil de braço extremamente confortável e fino. Isso facilita a adaptação para quem está migrando de um baixo de 4 cordas ou até mesmo da guitarra, pois a largura do braço não exige um alongamento excessivo da mão esquerda.

O corpo em Poplar é leve, contribuindo para um instrumento que não cansa o ombro.

Em termos sonoros, ele utiliza o equalizador ativo Phat II EQ, que atua como um reforço de graves instantâneo. Esse recurso adiciona corpo e peso ao som, compensando a leveza da madeira do corpo.

É um baixo ideal para iniciantes sérios e estudantes que precisam de um instrumento confiável, com afinação estável e uma eletrônica ativa simples, mas funcional, para tocar rock e metal.

Prós
  • Braço fino e rápido facilita a tocabilidade
  • Phat II EQ oferece reforço de graves robusto
  • Peso leve ideal para iniciantes
  • Ponte B15 totalmente ajustável
Contras
  • Captadores de saída moderada comparados a modelos superiores
  • Acabamento simples suscetível a marcas de dedo

3. Tagima Millenium Top 5 Cordas Natural

O Tagima Millenium Top 5 é um dos modelos mais populares no Brasil devido ao seu excelente custo-benefício para o músico profissional de fim de semana. Ele apresenta um visual sofisticado com o acabamento natural e tampo em madeira figurada, algo raro nessa faixa de preço.

A captação é composta por dois humbuckers do tipo "soapbar", que oferecem um som encorpado e moderno, com bastante ganho de saída.

Este baixo é indicado para quem precisa de presença de palco e som agressivo. O circuito ativo com controles de grave, médio e agudo permite esculpir o timbre com precisão, tornando-o eficaz para cortar a mixagem em bandas com guitarras distorcidas.

A construção sólida e as ferragens pretas conferem uma durabilidade adequada para o transporte frequente e uso intenso em bares e igrejas.

Prós
  • Visual premium com acabamento natural
  • Captadores Soapbar com alto ganho
  • Equalização ativa de 3 bandas versátil
  • Ótima relação custo-benefício
Contras
  • Pode apresentar desnível de trastes em algumas unidades
  • Consumo de bateria pode ser alto se deixar plugado

4. Tagima TW-73 Woodstock Series Passivo

A série Woodstock da Tagima busca recriar a magia dos instrumentos vintage. O TW-73 é um Jazz Bass clássico de 5 cordas, com corpo em Poplar e braço em Maple. A configuração passiva com dois captadores single-coil entrega aquele som estalado, rico em médios e com o "ronco" característico que define o timbre de baixistas como Jaco Pastorius e Marcus Miller.

É um instrumento honesto e direto.

Este modelo é a escolha certa para quem prioriza a dinâmica e o timbre natural da madeira sobre a potência eletrônica. Ele responde muito bem a alterações na força do ataque dos dedos.

Músicos de blues, soul e rock clássico encontrarão no TW-73 uma plataforma fiel. Além disso, por ser um padrão Jazz Bass, é uma excelente base para upgrades futuros de captadores e ponte.

Prós
  • Timbre clássico de Jazz Bass passivo
  • Visual vintage atraente
  • Braço confortável em Maple
  • Excelente plataforma para customização (upgrades)
Contras
  • Captadores single-coil podem gerar ruído (hum) se usados isolados
  • Blindagem elétrica de fábrica geralmente precisa de reforço

5. Strinberg JBS-45 Jazz Bass Sunburst Passivo

O Strinberg JBS-45 é um concorrente direto na categoria de entrada para baixos estilo Jazz Bass. Com acabamento Sunburst clássico e escudo tortoishell, ele entrega uma estética tradicional muito procurada.

Seu corpo em Basswood sólido proporciona um som equilibrado, sem picos excessivos de agudos, o que ajuda a manter a quinta corda (Si) com uma definição aceitável mesmo sendo um instrumento passivo.

Este baixo serve bem a estudantes e hobbistas que buscam seu primeiro 5 cordas sem gastar muito. A eletrônica é simples, com dois volumes e um tom mestre, facilitando o uso para quem está aprendendo a timbrar.

Embora as ferragens sejam genéricas, elas cumprem o papel para estudo e pequenos ensaios. É uma opção segura para quem quer aprender a lidar com o braço mais largo de um 5 cordas.

Prós
  • Preço muito acessível
  • Estética clássica Sunburst bem executada
  • Corpo em Basswood leve
  • Bom espaçamento entre cordas na ponte
Contras
  • Tarraxas podem perder afinação com uso intenso
  • Captação original tem saída baixa

6. Tagima XB 21 5 BK DF Elétrico Moderno

O Tagima XB 21 foge do design clássico e aposta em linhas modernas e um corpo menor e mais leve. Sua configuração de captação é interessante, utilizando um captador estilo "P-style" (Split Coil) no braço e um Single Coil na ponte, conhecido como configuração PJ.

Isso oferece o melhor dos dois mundos: o peso e grave do Precision Bass com o estalo e definição do Jazz Bass.

Se você procura um instrumento ágil para tocar rock, punk ou pop, o XB 21 é uma ferramenta eficaz. A escala escura em Technical Wood oferece uma superfície lisa e durável. Por ter um corpo mais compacto, ele sofre menos com o problema de "neck dive" (cabeça pesada) comum em baixos de 5 cordas baratos, garantindo conforto para tocar em pé por horas.

Prós
  • Configuração PJ oferece versatilidade de timbres
  • Corpo compacto e ergonômico
  • Design moderno e discreto
  • Braço com acabamento acetinado confortável
Contras
  • Circuito passivo pode faltar ganho para metal extremo
  • Nut de plástico simples pode prejudicar o sustain

7. Waldman Ativo WB305A BKS 5 Cordas

A Waldman tem focado agressivamente no segmento de entrada, e o WB305A é a prova disso. Trata-se de um dos baixos ativos de 5 cordas mais baratos do mercado. Ele segue o design visual de marcas premium como a Ibanez, com um acabamento preto fosco (BKS) que agrada bastante ao público de rock e metal.

O sistema ativo proporciona um boost considerável no sinal.

Este instrumento é recomendado estritamente para iniciantes que necessitam de um baixo ativo devido ao estilo musical que tocam, mas possuem orçamento limitado. Embora a construção e os acabamentos sejam simples, ele entrega a funcionalidade básica de equalização ativa.

É uma porta de entrada válida, mas o músico deve estar ciente de que upgrades ou uma regulagem profissional (luthier) serão necessários para extrair o melhor dele.

Prós
  • Preço extremamente competitivo para um ativo
  • Visual moderno fosco
  • Acesso fácil ao compartimento de bateria
  • Braço fino
Contras
  • Controle de qualidade varia entre unidades
  • Componentes eletrônicos básicos e potencialmente ruidosos

8. Tagima Classic TJB 5 Olympic White

A linha Classic da Tagima está um degrau acima da série Woodstock em termos de acabamento e controle de qualidade. O TJB 5 em Olympic White é um instrumento belíssimo, que remete aos baixos da década de 60.

A construção utiliza madeiras selecionadas, com corpo em Ayous, que é leve e ressonante, e braço em Maple com verniz vintage amarelado.

Para o baixista intermediário que exige estética refinada e som passivo de qualidade, este modelo é imbatível. A definição da corda Si é surpreendente para um baixo passivo nessa faixa de preço, mantendo a clareza sem embolar.

O timbre é rico em harmônicos, perfeito para slap e fingerstyle articulado. É um instrumento que não faz feio em palcos profissionais ao lado de equipamentos mais caros.

Prós
  • Acabamento e pintura de nível superior
  • Corpo em Ayous leve e sonoro
  • Timbre passivo rico e definido
  • Estética vintage fiel
Contras
  • Preço mais elevado que a linha Woodstock
  • Requer amplificador bom para brilhar (por ser passivo)

9. Seven SJB-57 Jazz Bass Natural com Bag

A marca Seven entra no mercado oferecendo pacotes focados no custo-benefício extremo. O SJB-57 é um modelo estilo Jazz Bass com acabamento natural. O diferencial aqui é a inclusão de uma Bag (capa), o que resolve um problema imediato para o iniciante: o transporte do instrumento.

O corpo geralmente utiliza madeiras asiáticas leves, facilitando o manuseio.

Este baixo é voltado para quem está comprando o primeiro instrumento e não quer gastar com acessórios extras imediatamente. A sonoridade é o padrão esperado de um Jazz Bass de entrada: versátil e funcional.

Não espere a profundidade de timbre de um Yamaha ou a robustez de um Tagima Classic, mas para aulas, estudo em casa e primeiros ensaios, ele cumpre a função honestamente.

Prós
  • Acompanha Bag de transporte
  • Valor do investimento baixo
  • Visual natural limpo
  • Braço amigável para iniciantes
Contras
  • Ferragens de baixa durabilidade a longo prazo
  • Captação pode captar interferências externas

10. Strinberg JBS55 Natural Passivo

O Strinberg JBS55 se destaca visualmente pelo corpo em Ash (ou madeira similar com veios aparentes), o que lhe confere uma aparência de instrumento "boutique". O Ash é conhecido por oferecer um som com agudos brilhantes e graves firmes, uma característica desejável para técnicas de slap.

Sendo passivo, ele mantém a dinâmica natural da pegada do músico.

Este modelo é ideal para quem busca um baixo com visual diferenciado e timbre mais estalado e percussivo. A construção é robusta e o braço possui um perfil em "C" moderno. A quinta corda tem uma resposta decente, especialmente se equipada com cordas de boa qualidade e calibre adequado (.

045 ou .130 no grave). É uma excelente opção intermediária antes de pular para instrumentos profissionais.

Prós
  • Corpo em madeira com veios aparentes (Ash style)
  • Som brilhante e percussivo
  • Construção sólida
  • Bom sustain
Contras
  • Pode ser ligeiramente pesado devido à madeira densa
  • Escala clara pode exigir limpeza frequente

Madeiras e Captação: O Que Define o Timbre?

A escolha das madeiras não é apenas estética; ela influencia diretamente a ressonância. O Mogno (comum em baixos Yamaha e Ibanez) oferece graves profundos e médios quentes, ideal para um som gordo.

O Basswood e o Poplar são madeiras neutras e leves, comuns em modelos de entrada, que dependem mais da equalização do amplificador. Já o Ash entrega agudos cristalinos e um ataque rápido.

Na captação, a diferença é clara. Captadores Single Coil (comuns em Jazz Bass) são brilhantes e definidos, mas podem ter ruído. Humbuckers (comuns em baixos ativos e modernos) cancelam o ruído e oferecem um som mais cheio e potente.

A Captação Humbucker é geralmente preferida em baixos de 5 cordas para garantir que a corda Si tenha peso e não soe "fina" ou sem volume em relação às outras.

Ergonomia e Peso: Conforto para Longos Shows

Tocar um baixo de 5 cordas exige mais do corpo do músico. O braço é mais largo, o que demanda uma postura correta da mão esquerda para evitar lesões. Além disso, o hardware extra (tarraxas e ponte maior) e a madeira adicional aumentam o peso total.

Modelos com design ergonômico, como o Yamaha TRBX e o Ibanez SR, possuem corpos curvados que se ajustam ao tronco.

Um fator crítico é o "neck dive", quando o braço do baixo tende a cair para o chão devido ao peso das tarraxas. Ao testar ou escolher, verifique se o instrumento se mantém equilibrado na correia.

Um baixo desequilibrado força o ombro e o braço esquerdo, tornando apresentações de duas horas exaustivas. Opte por correias largas e acolchoadas para distribuir melhor a carga.

Conclusão: Qual o Baixo Ideal Para Seu Estilo?

Se o seu foco é versatilidade profissional e performance ao vivo em vários estilos, o **Yamaha TRBX305** é o investimento mais seguro e durável desta lista. Para quem busca velocidade, conforto e um braço fino para rock e metal, o **Ibanez GSR205BK** é a ferramenta certa.

Já para os amantes do timbre clássico, orgânico e vintage, o **Tagima TW-73** ou o **Tagima Classic TJB 5** entregam a sonoridade de Jazz Bass autêntica por uma fração do preço de marcas americanas.

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