Melhores Baixos de 6 Cordas: Ativo ou Passivo?

Thiago Nunes da Silva
Thiago Nunes da Silva
9 min. de leitura

Adotar um baixo de 6 cordas expande as possibilidades harmônicas e melódicas de qualquer baixista. No entanto, a adição da corda Si grave (Low B) e da Dó aguda (High C) exige um instrumento com construção superior e eletrônica precisa.

A tensão extra no braço e a necessidade de clareza nas frequências graves tornam a escolha do equipamento muito mais crítica do que em modelos de 4 cordas. Este guia analisa tecnicamente as melhores opções do mercado para garantir que seu investimento traga retorno sonoro real.

Captação Ativa ou Passiva: O Que Muda no Som?

A escolha entre circuito ativo e passivo define a personalidade do seu instrumento. Baixos ativos possuem um pré-amplificador interno alimentado por bateria. Esse sistema oferece maior ganho de saída e, crucialmente para modelos de 6 cordas, permite equalizar graves, médios e agudos direto no instrumento.

Isso ajuda a manter a corda Si definida e evitar que o som embole em mixagens densas.

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Sistemas passivos operam sem alimentação externa e entregam um som mais orgânico e dinâmico. A resposta ao toque é mais natural, mas o sinal de saída é menor. Em baixos de 6 cordas, captadores passivos exigem amplificadores de alta qualidade para reproduzir fielmente a extensão grave sem perder peso.

Se você busca versatilidade moderna e 'punch', o ativo costuma levar vantagem. Se prefere timbres vintage e nuances de dinâmica, o passivo é a escolha correta.

Os 9 Melhores Baixos de 6 Cordas em Análise

1. Tagima XB-21 Classic Series Natural Passivo

O Tagima XB-21 se destaca por ser uma das poucas opções de 6 cordas com circuito passivo nesta faixa de preço. Este instrumento é direcionado para baixistas que buscam uma sonoridade mais "amadeirada" e natural, fugindo da compressão típica dos circuitos ativos baratos.

A construção em Okoume oferece um equilíbrio tonal interessante, com médios presentes que ajudam a destacar a corda Dó em solos.

Você deve considerar este modelo se o seu foco é estudo ou estilos como Jazz e MPB, onde a dinâmica da mão direita dita o som. A ausência de bateria elimina a preocupação com falhas elétricas no meio de uma apresentação.

Contudo, a captação passiva Soap Bar cerâmica exige um bom amplificador para que a corda Si grave tenha peso suficiente e não soe flácida.

Prós
  • Timbre orgânico e dinâmico
  • Sem necessidade de baterias
  • Acabamento Natural Satin confortável
Contras
  • Menor ganho de saída
  • Exige amplificação potente para definir graves profundos

2. Ibanez SR 206B WNF Walnut Flat

A linha Soundgear da Ibanez é a referência mundial em ergonomia para baixos de alcance estendido. O SR 206B é ideal para músicos com mãos menores ou que priorizam velocidade, graças ao seu braço fino e espaçamento de cordas reduzido (string spacing).

A tocabilidade é fluida, permitindo execução de acordes complexos e técnicas de tapping com muito menos esforço físico do que nos concorrentes.

Sonoramente, o equalizador Phat II EQ atua como um reforço de graves instantâneo, encorpando o som para linhas de Rock e Metal. A construção e o acabamento Walnut Flat são impecáveis para a categoria.

Se você toca estilos técnicos ou precisa passar horas com o instrumento no pescoço, o peso reduzido e o design do corpo deste Ibanez fazem dele a opção mais confortável da lista.

Prós
  • Ergonomia superior com braço fino
  • Espaçamento de cordas facilita acordes
  • Equalizador Phat II adiciona peso instantâneo
Contras
  • Acabamento fosco pode marcar com o uso intenso
  • Espaçamento estreito pode dificultar técnicas de Slap para iniciantes

3. Tagima Millenium 6 Top Classic Natural Ativo

A série Millenium da Tagima é o "cavalo de batalha" dos baixistas brasileiros. Este modelo ativo é perfeito para quem toca na noite ou em igrejas e precisa de versatilidade imediata.

Com controles ativos de corte e reforço, você consegue moldar o timbre para ir de um som estalado de Slap a um grave gordo de Reggae em segundos, sem precisar mexer no amplificador.

O corpo em Okoume com tampo visualmente atrativo confere uma estética profissional. A eletrônica ativa ajuda muito na definição da corda Si, entregando um som pronto e processado que funciona bem ligado diretamente em linha ou mesas de som.

É a escolha segura para quem busca o melhor custo-benefício em um baixo ativo de 6 cordas.

Prós
  • Versatilidade de timbres com EQ ativo
  • Excelente definição na corda Si
  • Ótimo valor de revenda no mercado nacional
Contras
  • Pode ser pesado para longas apresentações
  • Consumo de bateria pode ser alto se deixar o cabo conectado

4. Strinberg SAB66 DW Dark Wood Ativo

O Strinberg SAB66 foca no músico moderno que valoriza a estética tanto quanto o som. O acabamento Dark Wood chama atenção no palco, oferecendo um visual de instrumento de boutique.

Ele é equipado com um pré-amplificador que entrega um sinal "quente" e com bastante presença, ideal para Pop, Gospel e Fusion.

A construção utiliza madeiras densas, o que favorece o sustain das notas longas. O perfil do braço é um pouco mais robusto que o da Ibanez, preenchendo mais a mão, o que agrada baixistas que preferem uma pegada mais firme.

Se você busca um visual diferenciado e um som moderno e agressivo, este Strinberg entrega mais do que o preço sugere.

Prós
  • Visual premium Dark Wood
  • Sustain prolongado
  • Preço competitivo para um baixo ativo
Contras
  • Controle de qualidade dos trastes pode variar
  • Peso considerável

5. Tagima Classic XB-21 Deep Orange

Esta versão do XB-21 traz as mesmas especificações técnicas do modelo natural, mas com um acabamento Deep Orange vibrante. É a escolha para quem quer fugir do visual tradicional de madeira.

A pintura sólida oferece uma proteção extra ao corpo do instrumento contra pequenas batidas e variações climáticas, algo importante para músicos que viajam.

Mantendo o sistema passivo e os captadores Soap Bar, este baixo responde muito bem a pedais de efeito. A neutralidade do circuito passivo permite que drives, chorus e envelopes de filtro atuem com clareza sobre o sinal.

Se você usa pedalboard extenso, este baixo serve como uma excelente plataforma limpa para esculpir seu som.

Prós
  • Acabamento resistente e chamativo
  • Excelente plataforma para pedais
  • Manutenção elétrica simples
Contras
  • Cordas de fábrica geralmente precisam de troca imediata

6. Tagima Classic XB-21 Preto

O XB-21 na cor preta é a opção sóbria e discreta da linha Classic. Este instrumento é ideal para situações formais ou para músicos de estúdio que precisam de uma ferramenta de trabalho que não chame atenção visualmente, mas entregue sonoramente.

A construção sólida e o braço parafusado garantem estabilidade de afinação.

A análise técnica revela que a tinta preta espessa pode abafar levemente as frequências super agudas da madeira em comparação aos modelos acetinados, resultando em um timbre marginalmente mais escuro e focado nos graves.

Isso torna esta versão preta particularmente boa para estilos como Rock Clássico e Blues, onde o excesso de brilho não é desejado.

Prós
  • Visual discreto e profissional
  • Timbre focado e com poucos agudos estridentes
  • Custo acessível
Contras
  • Marcas de dedo ficam muito visíveis no acabamento preto

7. Tagima Millenium 6 Top NTS DF

O modelo Millenium Top NTS DF diferencia-se pelo acabamento e seleção de madeiras que priorizam a beleza dos veios naturais. Este baixo é projetado para quem explora todo o braço do instrumento.

O cutaway profundo facilita o acesso até a 24ª casa, permitindo que você use a corda Dó aguda para solos e melodias com total liberdade.

Equipado com sistema ativo, ele oferece controles precisos de equalização. A sigla DF geralmente indica uma escala em madeira escura (Dark Fingerboard), que além da estética, tende a oferecer um ataque de nota ligeiramente mais suave do que o bordo (maple).

É uma ferramenta poderosa para baixistas solistas e de fusion.

Prós
  • Acesso facilitado às casas agudas
  • Estética de madeira natural refinada
  • Eletrônica ativa versátil
Contras
  • Necessita de blindagem se usado em locais com rede elétrica ruim

8. Tagima XB31 Natural Mahogany

O Tagima XB31 é uma evolução na linha, focando em uma sonoridade mais robusta através do uso de Mogno (ou substitutos tonais equivalentes) no corpo. O Mogno é famoso por acentuar as frequências médio-graves, o que dá a este baixo um "ronco" característico que corta bem a mixagem sem ser estridente.

É um instrumento com personalidade forte.

Diferente dos modelos de entrada em Basswood ou Poplar, o XB31 tem uma ressonância acústica superior. Você sente a vibração da corda Si contra o corpo. Recomendado para gravações onde a textura do som é crítica.

O visual Natural Mahogany é clássico e remete a instrumentos de valor muito mais elevado.

Prós
  • Timbre rico em médio-graves
  • Ressonância superior da madeira
  • Visual clássico e elegante
Contras
  • Madeiras tipo Mogno tendem a ser mais pesadas

9. Tagima Millenium Imbuia 6 Brasil Ativo

A série Brasil da Tagima representa o topo da linha de produção nacional ou supervisionada com madeiras nobres. O uso da Imbuia no corpo oferece uma identidade sonora única: agudos doces e graves definidos, com uma complexidade harmônica difícil de achar em madeiras sintéticas ou genéricas.

É um instrumento para o músico exigente.

Além da madeira nobre, o hardware e a parte elétrica costumam passar por um controle de qualidade mais rigoroso nesta série. A captação ativa casada com a Imbuia resulta em um som hi-fi, perfeito para Jazz contemporâneo e música instrumental brasileira.

Se você quer um baixo definitivo sem pagar preços de importados americanos, esta é a melhor opção.

Prós
  • Madeira nobre (Imbuia) com sonoridade complexa
  • Melhor controle de qualidade da série
  • Agudos doces e não estridentes
Contras
  • Preço mais elevado da lista
  • Variação de peso natural da Imbuia

Madeiras e Construção: Mogno, Imbuia ou Basswood?

A madeira do corpo influencia diretamente o peso e o timbre do baixo de 6 cordas. O Basswood e o Poplar, comuns em modelos de entrada, são leves e têm uma sonoridade equilibrada, porém com menos sustentação.

O Okoume, muito usado pela Tagima, funciona como um substituto do Mogno, oferecendo médios quentes e bom peso sonoro.

Para quem busca excelência, a Imbuia (presente na série Brasil) é superior. Ela oferece densidade e projeção, fundamentais para que a corda Si grave não soe "oca". No entanto, madeiras mais densas resultam em instrumentos mais pesados.

Considere usar uma correia larga e acolchoada se optar por modelos de Imbuia ou Mogno para evitar dores nas costas.

Braço e Escala: Conforto para 6 Cordas

O braço é o ponto crítico em baixos de 6 cordas. Devido à largura extra, o perfil do braço (shape) define se você conseguirá tocar por horas ou terá cãibras em minutos. Marcas como Ibanez priorizam braços finos e rápidos, ideais para mãos pequenas.

Já a Tagima e Strinberg costumam ter perfis um pouco mais cheios, o que agrada quem tem mãos grandes e prefere sentir mais madeira.

Verifique sempre a presença de um Tensor de Dupla Ação. A tensão exercida por 6 cordas é imensa (quase 100kg de tração). Um tensor de qualidade é obrigatório para manter o braço reto e permitir ajustes precisos de ação das cordas, garantindo uma tocabilidade macia em todas as regiões da escala.

Tagima, Ibanez ou Strinberg: Qual Marca Vence?

  • Tagima: Vence em custo-benefício e facilidade de manutenção no Brasil. As peças de reposição são fáceis de achar e a série Millenium é extremamente confiável para o dia a dia.
  • Ibanez: Vence em ergonomia e tocabilidade. Se o conforto físico é sua prioridade máxima, a linha Soundgear (SR) não tem concorrentes à altura nessa faixa de preço.
  • Strinberg: Vence em estética moderna e preço de entrada para baixos ativos. É a escolha ideal para quem quer um visual impactante e som moderno gastando menos.

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