Melhores Baixos de 6 Cordas Ativos: Top 6 Modelos

Thiago Nunes da Silva
Thiago Nunes da Silva
8 min. de leitura

A transição para um baixo de 6 cordas expande drasticamente seu vocabulário musical. A corda C () aguda permite acordes complexos e solos melódicos, enquanto a B (Si) grave exige um circuito que suporte frequências profundas sem embolar.

A escolha do instrumento errado nesta categoria resulta em braços desconfortáveis e som sem definição.

Selecionamos seis modelos ativos que dominam o mercado atual. Focamos na qualidade do pré-amplificador, na estabilidade do braço e na ergonomia, fatores vitais para dominar a escala estendida.

Você encontrará aqui a opção exata para elevar sua técnica, seja você um músico de igreja, jazz ou metal.

Nossas análises e classificações são completamente independentes de patrocínios de marcas e colocações pagas. Se você realizar uma compra por meio dos nossos links, poderemos receber uma comissão. Diretrizes de Conteúdo

Pré-amp e Madeira: O Segredo do Timbre Perfeito

O coração de um baixo de 6 cordas reside na combinação entre a madeira e o pré-amplificador ativo. Em instrumentos de 4 cordas passivos a madeira dita o som, mas aqui o circuito eletrônico assume um papel protagonista.

O pré-amp precisa ter 'headroom' suficiente para processar a alta tensão de saída das cordas graves sem distorcer indesejadamente.

Madeiras como Mogno e Imbuia, presentes em alguns modelos desta lista, favorecem as frequências médias-graves. Isso é crucial para que a corda Si não soe como um 'borrão' sonoro. Já o pré-amplificador com equalização de 3 ou 2 bandas permite esculpir o timbre em tempo real.

Você consegue cortar agudos para um som de 'motown' ou boostar médios para solos cortantes diretamente no instrumento, sem depender do amplificador.

Os 6 Melhores Baixos de 6 Cordas Ativos Avaliados

1. Strinberg SAB66 DW Dark Wood

O Strinberg SAB66 se posiciona como uma das portas de entrada mais visuais para o mundo das 6 cordas. O acabamento 'Dark Wood' oferece uma estética de boutique raramente encontrada nessa faixa de preço.

Este modelo é ideal para estudantes e músicos de igrejas que precisam de um instrumento com presença visual no palco, mas sem o custo de um luthier.

Sonoramente, ele entrega um timbre moderno e comprimido, característico dos baixos ativos de entrada da Strinberg. O braço possui um perfil confortável, embora o espaçamento das cordas seja um pouco mais estreito, facilitando acordes mas exigindo precisão no slap.

A construção sólida garante boa sustentação, mas exige atenção à blindagem da parte elétrica em ambientes com muita interferência.

Prós
  • Estética premium com acabamento Dark Wood
  • Preço acessível para iniciantes nas 6 cordas
  • Boa ergonomia do corpo para tocar sentado
Contras
  • Captação pode captar ruídos em palcos com elétrica ruim
  • Peso considerável pode cansar em shows longos

2. Tagima Millenium 6 TOP Natural

A linha Millenium da Tagima é, indiscutivelmente, o 'cavalo de batalha' dos baixistas brasileiros que buscam versatilidade. O modelo 6 TOP com acabamento Natural destaca a honestidade da construção.

Ele é perfeito para o músico 'freelancer' que toca de forró a pop rock na mesma noite e precisa de um equalizador ativo que responda rápido a essas mudanças.

A captação soapbar deste modelo oferece um som encorpado e com menos ruído que single-coils tradicionais. O braço é robusto, o que ajuda na estabilidade da afinação das 6 cordas, mas pode ser um desafio para quem tem mãos pequenas.

A madeira do corpo, geralmente Okoume ou Basswood nesta linha, proporciona um timbre equilibrado, funcionando como uma tela em branco para o pré-amp colorir.

Prós
  • Excelente valor de revenda no mercado nacional
  • Sistema ativo versátil para múltiplos gêneros
  • Construção robusta aguenta a rotina de estrada
Contras
  • Pode apresentar 'neck dive' (cabeça pesada)
  • Acabamento dos trastes pode exigir regulagem fina inicial

3. Tagima Millenium 6 TOP NTS DF

Esta variação da linha Millenium traz o acabamento NTS (Natural Satin), que oferece uma sensação tátil muito superior ao verniz brilhante. Para baixistas que transpiram muito nas mãos ou que preferem um deslize mais rápido pelo braço, este modelo é a escolha superior.

A tocabilidade é fluida e convida a execução de escalas rápidas e técnicas de tapping.

O circuito ativo mantém o padrão da série, com controles de graves, médios e agudos que permitem esculpir o som com precisão. A diferença principal aqui é estética e tátil. Se você busca um visual mais orgânico e uma sensação de madeira natural sob os dedos, o NTS DF supera o modelo envernizado tradicional, mantendo a mesma confiabilidade estrutural.

Prós
  • Acabamento acetinado facilita a velocidade no braço
  • Visual moderno e sóbrio
  • Controles de equalização intuitivos e eficazes
Contras
  • Madeira exposta requer mais cuidado com umidade
  • Espaçamento de cordas pode parecer justo para slap agressivo

4. Tagima Millenium Imbuia 6 Brasil

O Tagima Millenium Imbuia representa um salto de qualidade tonal dentro da própria marca. A utilização da Imbuia no corpo confere a este baixo um caráter sonoro único, rico em médios e com um 'ronco' mais agressivo e definido.

Este instrumento é direcionado a músicos de Jazz Fusion e MPB que buscam uma identidade sonora brasileira e sofisticada.

Diferente dos modelos em Basswood ou Poplar, a Imbuia adiciona uma compressão natural ao som e um sustain prolongado. O visual é deslumbrante, com os veios da madeira em destaque.

No entanto, é importante notar que a Imbuia é uma madeira densa. Prepare-se para um instrumento ligeiramente mais pesado, o que exige uma correia larga e acolchoada para preservar suas costas.

Prós
  • Timbre rico em médios e com personalidade única
  • Estética de madeira nobre brasileira
  • Melhor definição na corda Si grave devido à densidade da madeira
Contras
  • Peso elevado pode causar fadiga
  • Variação de tonalidade da madeira entre unidades é comum

5. Ibanez SR 206B WNF

O Ibanez SR 206B pertence à lendária série Soundgear e redefine o conceito de conforto em 6 cordas. Este baixo é a escolha definitiva para virtuosos, solistas e músicos com mãos menores.

O perfil do braço é extremamente fino e rápido, e o espaçamento entre as cordas (geralmente 16.5mm) é mais estreito que o padrão da Tagima, permitindo acordes complexos com facilidade.

Equipado com o sistema Phat II EQ, ele oferece um reforço de graves massivo que compensa o corpo leve e compacto. A construção em Nyatoh ou Mogno (dependendo do ano) garante um timbre quente e ressonante.

Se a sua prioridade é velocidade, técnica apurada e ergonomia superior, o investimento extra no Ibanez em relação aos concorrentes nacionais se justifica plenamente.

Prós
  • Melhor ergonomia e braço mais rápido da categoria
  • Peso leve ideal para longas apresentações
  • Equalizador Phat II entrega graves poderosos instantaneamente
Contras
  • Espaçamento estreito dificulta técnicas de slap para iniciantes
  • Preço mais elevado que as opções nacionais

6. Tagima XB31 Natural Mahogany

O Tagima XB31 foge do design tradicional do Millenium com um corpo mais moderno e agressivo, construído em Mogno (Mahogany). Este baixo é uma excelente opção para quem toca Rock e Metal progressivo.

O Mogno fornece uma base sonora escura e pesada, garantindo que o instrumento preencha a mixagem com autoridade, especialmente nas notas mais graves.

Seu design de 'cutaway' profundo facilita o acesso às últimas casas da escala, essencial para solos agudos na corda Dó. A eletrônica ativa complementa a madeira densa, permitindo abrir os agudos para dar clareza ao ataque da palheta ou dos dedos.

É um instrumento robusto que passa a sensação de durabilidade e força, embora compartilhe da característica de peso elevado típica do mogno.

Prós
  • Corpo em Mogno oferece graves profundos e sustain
  • Design moderno com acesso facilitado às casas agudas
  • Timbre agressivo ideal para rock e metal
Contras
  • Ergonomia do corpo pode não agradar puristas
  • Balanceamento do instrumento requer uma boa correia

Conforto e Ergonomia em Braços Largos

Tocar um baixo de 6 cordas é uma experiência física intensa. A largura do braço é significativamente maior do que em modelos de 4 ou 5 cordas, o que exige uma postura correta da mão esquerda.

Modelos como o **Ibanez SR 206B** se destacam aqui por oferecerem um perfil de braço mais fino e um espaçamento de cordas reduzido. Isso reduz a fadiga e facilita a execução de acordes, sendo ideal para quem tem mãos menores.

Por outro lado, a linha **Tagima Millenium** tende a ter um espaçamento um pouco maior, aproximando-se da pegada de um baixo de 4 cordas tradicional. Isso é excelente para técnicas de *slap*, pois há mais espaço para 'puxar' a corda, mas pode cansar mais rápido em passagens de acordes.

Testar o equilíbrio do instrumento no corpo (o famoso 'neck dive' ou caída do braço) também é vital; baixos com corpo pequeno e braço largo tendem a pender para a esquerda.

Captação Soapbar vs Humbucker: Qual Escolher?

A maioria dos baixos listados, como os da linha Millenium e o Ibanez, utilizam captadores no formato **Soapbar**. Visualmente parecem barras sólidas pretas. Internamente, eles geralmente são *humbuckers* (bobina dupla) ou *stacked coils*.

A grande vantagem desse formato para baixos de 6 cordas é a captura uniforme da vibração, desde a corda Si grave até a Dó aguda, sem perda de volume nas extremidades.

A escolha por captadores duplos (Humbuckers) é estratégica em baixos ativos. Eles cancelam o ruído natural de interferência elétrica (hum), permitindo que você aumente os agudos no equalizador ativo sem trazer junto um chiado insuportável.

Se o seu foco é gravação em estúdio ou tocar em igrejas com sistema de som limpo, a configuração de dois humbuckers/soapbars é a mais segura e versátil.

Custo-Benefício: Tagima, Strinberg ou Ibanez?

  • Tagima: Vence no quesito peças de reposição e facilidade de revenda no Brasil. A linha Millenium é a escolha racional para quem quer um instrumento de trabalho durável e com som decente sem gastar uma fortuna.
  • Strinberg: Oferece o melhor apelo visual pelo menor preço. Se o orçamento é apertado e a estética importa muito, o modelo SAB66 entrega mais 'beleza' por real investido, embora a eletrônica seja mais simples.
  • Ibanez: É a opção premium desta lista. Você paga mais pela engenharia, pelo controle de qualidade superior e pela ergonomia imbatível da linha SR. Se você busca performance técnica e velocidade, o Ibanez vale o investimento extra.

Perguntas Frequentes

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