Melhores Emuladores para Jogar Jogos Antigos no PC: Guia de Controles

Thiago Nunes da Silva
Thiago Nunes da Silva
7 min. de leitura

A busca pelos melhores emuladores para jogar jogos antigos no PC começa pelo software, mas a experiência real depende inteiramente do hardware que você segura nas mãos. Tentar reviver clássicos do Super Nintendo ou Nintendo 64 usando um teclado é uma tarefa frustrante e imprecisa.

Para alcançar a fidelidade necessária e sentir a nostalgia verdadeira, a escolha do controle USB correto é o fator determinante entre uma sessão de jogo memorável e uma luta contra os comandos.

Ergonomia e Conectividade USB: O Que Priorizar?

Ao selecionar um controle para emulação, a ergonomia deve replicar a sensação dos consoles originais. Controles modernos possuem layouts diferentes que muitas vezes atrapalham a memória muscular de quem cresceu jogando nos anos 90.

Priorize modelos que respeitem o design clássico, especialmente o posicionamento dos botões de ação e o formato do direcional digital (D-Pad). Um D-Pad de má qualidade torna jogos de plataforma e luta praticamente injogáveis.

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A conectividade é o segundo pilar essencial. A tecnologia Plug and Play é obrigatória para garantir que você não perca horas instalando drivers obscuros. A maioria dos emuladores modernos, como o RetroArch e o SNES9x, reconhece dispositivos USB padrão instantaneamente.

Verifique sempre se o cabo possui um comprimento adequado de pelo menos 1,5 metros para setups com fio, ou se a conexão sem fio utiliza receptores de 2.4GHz dedicados para evitar a latência comum do Bluetooth genérico.

Os 4 Melhores Controles para Emulação no PC Selecionados

1. Controle USB Super Nintendo SNES Roxo (B08N5GTZPL)

Este modelo é a escolha definitiva para os puristas que buscam reviver a era de 16-bits com o máximo de fidelidade visual e tátil. O design segue rigorosamente o padrão do Super Nintendo americano, com os botões côncavos e convexos nas cores roxa e lilás.

Para quem utiliza emuladores como Snes9x ou o núcleo BSNES do RetroArch, a disposição física dos botões A, B, X e Y elimina a necessidade de remapeamento mental, permitindo que você jogue Super Mario World ou Donkey Kong Country exatamente como se lembra.

A construção é robusta para um controle de terceiros, oferecendo um feedback tátil satisfatório nos botões de ombro L e R. A conexão USB com fio garante que não haja input lag perceptível, algo crucial para jogos de plataforma que exigem precisão de pixel.

Ele é ideal para quem monta um PC ou Raspberry Pi dedicado à emulação e quer uma solução simples, barata e eficiente que funciona assim que é conectada à porta USB.

Prós
  • Layout clássico fiel ao SNES americano
  • Conexão com fio elimina problemas de latência
  • Compatibilidade nativa Plug and Play com Windows e Mac
  • Preço acessível para entrada no retrogaming
Contras
  • Cabo pode ser curto para salas grandes
  • Ausência de analógicos limita uso em jogos de PS1 ou N64
  • Plástico pode parecer mais leve que o original da Nintendo

2. Controlador USB SNES Sem Fio Recarregável (B0CL62F3RN)

Para jogadores que desejam a estética retrô mas não abrem mão do conforto moderno, este modelo sem fio é a solução perfeita. Ele elimina a bagunça de cabos, permitindo que você jogue do sofá com uma distância confortável da tela.

Utilizando um receptor USB de 2.4GHz, ele oferece uma conexão muito mais estável e rápida do que controles Bluetooth genéricos, o que é vital para evitar atrasos nos comandos em jogos de ação rápida como Mega Man X.

A bateria recarregável integrada é um grande diferencial, eliminando a necessidade de pilhas constantes e oferecendo boa autonomia para longas sessões de RPGs clássicos como Chrono Trigger ou Final Fantasy VI.

O emparelhamento é automático ao conectar o dongle USB, facilitando o uso em diversos sistemas. Este controle atende perfeitamente ao usuário que busca um setup limpo e minimalista para sua estação de emulação no PC.

Prós
  • Liberdade de movimento sem fios
  • Bateria recarregável integrada economiza com pilhas
  • Conexão 2.4GHz mais estável que Bluetooth padrão
  • Estética limpa para setups modernos
Contras
  • Necessita recarga e pausa no jogo se a bateria acabar
  • Pequena latência inerente à tecnologia sem fio
  • Requer porta USB dedicada para o receptor

3. Kiwitatá Controlador Clássico N64 USB (B073J891QQ)

Emular Nintendo 64 é historicamente difícil devido ao design único do controle original, e o modelo da Kiwitatá resolve esse problema com maestria. Tentar mapear os botões C (C-buttons) em um controle moderno de Xbox ou PlayStation é confuso e pouco intuitivo.

Este controle traz o design de tridente clássico e o stick analógico central, essenciais para jogar The Legend of Zelda: Ocarina of Time ou GoldenEye 007 da maneira correta.

O analógico deste modelo foi aprimorado em relação aos originais desgastados dos anos 90, oferecendo uma zona morta aceitável e boa sensibilidade para mirar ou controlar a velocidade de movimento do Mario.

O gatilho Z na parte traseira possui o clique característico que os fãs esperam. É um acessório indispensável e de nicho, focado exclusivamente nos entusiastas da biblioteca de 64-bits que entendem que a geometria do controle faz parte da mecânica do jogo.

Prós
  • Única forma correta de jogar títulos de N64
  • Mapeamento nativo dos botões C e gatilho Z
  • Analógico com boa resposta e durabilidade
  • Plug and play para emuladores como Project64
Contras
  • Ergonomia estranha para jogos que não sejam de N64
  • Tamanho volumoso ocupa espaço na mesa
  • Botões de ombro podem ser um pouco rígidos

4. Kit 2 Controladores USB SNES Kiwitatá (B01JYGYAX8)

A emulação brilha de verdade quando compartilhada, e este kit com dois controles é a escolha lógica para quem foca em multiplayer local. Jogos como Street Fighter II, Mario Kart e Mortal Kombat exigem que ambos os jogadores tenham as mesmas condições de hardware para uma partida justa.

Com este pacote, você garante consistência na resposta dos botões e no formato para ambos os competidores.

O custo-benefício aqui é o principal atrativo. Você equipa sua estação de jogos para receber amigos por um valor muito inferior ao de comprar controles individuais de marcas premium.

Eles são dispositivos simples, focados na funcionalidade USB direta, e funcionam perfeitamente para configurar torneios rápidos em casa. A compatibilidade estendida permite usar um controle no PC e outro em um Raspberry Pi se necessário.

Prós
  • Melhor custo-benefício para multiplayer local
  • Garante equidade de hardware entre jogadores
  • Design clássico familiar para todos
  • Backup imediato caso um controle falhe
Contras
  • Qualidade de construção básica
  • Cabos podem limitar a distância da tela em dupla
  • Botões podem ficar moles com uso intenso competitivo

Com Fio vs Wireless: Qual Garante Menor Latência?

A latência, ou input lag, é o inimigo número um da emulação precisa. Em consoles antigos, a resposta era instantânea, pois o hardware processava o comando no mesmo ciclo do tubo de imagem CRT.

Nos PCs modernos, existem camadas de software, drivers e a própria tela LCD que adicionam milissegundos de atraso. Controles com fio USB são, indiscutivelmente, a melhor opção para minimizar esse problema, oferecendo uma comunicação direta e sem interferências.

Controles sem fio evoluíram muito, mas ainda introduzem variáveis. Modelos com dongles 2.4GHz são superiores ao Bluetooth, pois evitam a pilha de protocolos do sistema operacional que pode causar atrasos variados.

Se você joga RPGs ou jogos de estratégia, a latência do wireless é imperceptível e o conforto compensa. Porém, para jogos de luta, ritmo ou plataforma de alta precisão (como Kaizo Mario), o fio continua sendo a única escolha profissional para garantir que o pulo aconteça exatamente quando você aperta o botão.

Configurando Controles no RetroArch e Emuladores

O RetroArch se tornou o padrão ouro para emulação devido à sua capacidade de autoconfiguração. Ao conectar a maioria dos controles USB listados, o sistema geralmente identifica o dispositivo e mapeia os botões automaticamente.

No entanto, o ajuste fino é o que separa uma boa experiência de uma excelente. Recomendamos acessar o menu 'Input' e usar a função 'Bind All' para garantir que cada botão físico corresponda à ação correta do emulador, especialmente os botões 'Start' e 'Select' que muitas vezes servem como teclas de atalho.

Uma dica valiosa é configurar as 'Hotkeys'. Como esses controles retrô têm menos botões que os modernos, você pode definir uma combinação (como Select + Start) para sair do jogo, ou (Select + R) para salvar o estado (Save State).

Isso evita que você precise levantar para usar o teclado do PC. Em emuladores standalone como o Snes9x ou Project64, a configuração é manual, mas a lógica permanece a mesma: priorize o conforto e a acessibilidade das funções de sistema.

Compatibilidade com Windows, Mac e Raspberry Pi

A grande vantagem dos controles USB genéricos é o uso do protocolo HID (Human Interface Device) padrão. Isso significa que eles não dependem de drivers proprietários complexos. No Windows 10 e 11, eles são reconhecidos instantaneamente.

No ecossistema Mac, embora a Apple seja mais restritiva, esses controles simples costumam funcionar bem com o OpenEmu, um dos melhores frontends de emulação para macOS.

Para os entusiastas de microcomputadores, o Raspberry Pi transformou o cenário com sistemas como Retropie, Batocera e Recalbox. Todos os controles analisados aqui são 100% compatíveis com esses sistemas baseados em Linux.

Na verdade, eles são frequentemente a escolha padrão para quem constrói arcades caseiros ou 'consoles' baseados em Pi, justamente pela facilidade de detecção e mapeamento dentro da interface do EmulationStation.

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