Melhores Guitarras para Jazz: Tagima ou Michael?
Índice do Artigo
Escolher o instrumento certo para tocar jazz exige atenção aos detalhes que formam o timbre aveludado característico do estilo. Analisamos as principais opções disponíveis no mercado nacional para definir qual entrega a melhor sonoridade e conforto.
O foco aqui é comparar a construção, a captação e a tocabilidade das guitarras Tagima e Michael, guiando você para a decisão correta sem rodeios.
Semi-Acústica: O Padrão de Ouro para Jazz
A guitarra semi-acústica ou hollow-body domina o jazz por uma razão física simples: a ressonância. Diferente das guitarras de corpo sólido, esses instrumentos possuem caixas de propagação que movem o ar internamente.
Isso resulta em um som mais 'quente', com frequências graves e médias acentuadas, essencial para o estilo.
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Músicos como Wes Montgomery e Joe Pass definiram a estética sonora do gênero usando modelos com essa arquitetura. A presença das aberturas em 'F' no tampo não é apenas visual. Elas permitem que o som acústico da madeira se misture ao sinal captado pelos ímãs, criando uma textura complexa e rica em harmônicos que uma guitarra sólida dificilmente replica com a mesma autenticidade.
Análise: As 2 Melhores Guitarras para Jazz
1. Guitarra Tagima Jazz-1900 Semi-Acústica Sunburst
A Tagima Jazz-1900 posiciona-se como uma homenagem direta às clássicas archtops americanas. Sua construção visa atender o músico que busca especificamente a sonoridade tradicional do jazz.
O corpo em Maple oferece um equilíbrio interessante: essa madeira tende a ser brilhante, o que compensa o excesso de graves naturais de uma caixa acústica grande, resultando em um som definido e articulado para solos e frases rápidas.
Este modelo é a escolha ideal para o estudante sério ou o músico profissional que precisa de um instrumento dedicado ao gênero. A presença de captadores Humbucker com capa de metal ajuda a eliminar ruídos e entrega aquele som 'gordo' e limpo quando se usa o captador do braço.
A estética Sunburst e o acabamento geral mostram um cuidado superior, fazendo com que ela pareça um instrumento de categoria de preço mais elevada.
- Timbre encorpado ideal para Clean Jazz e Bossa Nova
- Construção em Maple que define bem as frequências
- Estética clássica com acabamento Sunburst refinado
- Captadores Humbucker silenciosos e com boa saída
- Corpo grande pode ser desconfortável para músicos menores
- Maior tendência a feedback em volumes muito altos devido à caixa oca
2. Guitarra Michael Jazz Action GM1159N
A Michael Jazz Action GM1159N segue a linha das semi-acústicas de corpo mais delgado, estilo ES-335. Essa característica a torna uma opção mais versátil. Ela funciona perfeitamente para jazz, mas transita com facilidade pelo blues e até pelo rock clássico.
O bloco central sólido dentro do corpo ajuda a controlar a realimentação (feedback), permitindo que você toque com mais ganho ou volume sem o instrumento apitar descontroladamente.
Para quem está começando a estudar jazz ou precisa de uma guitarra que sirva para múltiplos estilos no mesmo show, a Michael é imbatível. O braço costuma ter um perfil confortável, facilitando a execução de acordes complexos com extensões, comuns no repertório de jazz.
Embora os captadores originais sejam competentes, eles podem ter um pouco menos de profundidade acústica comparados à Tagima, mas entregam um som honesto e funcional.
- Excelente versatilidade para Jazz, Blues e Fusion
- Bloco central reduz problemas de feedback
- Braço confortável para acordes complexos
- Ótimo custo-benefício para iniciantes e intermediários
- Pode exigir regulagem de luthier logo após a compra
- Ferragens podem oxidar mais rápido se não houver manutenção constante
Captadores e Madeira: O Segredo do Timbre Clean
O segredo do som de jazz reside na combinação entre a madeira e a eletrônica. O Maple, predominante no corpo dessas guitarras, é uma madeira densa que projeta o som com clareza. Isso é vital.
No jazz, você usa acordes com muitas notas (tétrades, nonas, trezenas). Se a madeira for muito escura ou 'lamacenta', as notas se embolam e a harmonia perde a definição.
Quanto aos captadores, ambos os modelos utilizam Humbuckers. Para jazz, o foco é quase sempre no captador do braço (neck pickup). Você deve buscar um captador que, ao ter o tom (tone) do instrumento levemente fechado, mantenha o corpo da nota sem deixá-la abafada demais.
A Tagima leva vantagem aqui por ter uma caixa de ressonância maior, o que naturalmente enriquece o som captado com mais 'ar' e profundidade.
Qual Modelo Oferece Melhor Tocabilidade?
Tocabilidade no jazz significa ação de cordas confortável e acesso às casas. A Michael Jazz Action, por ter um corpo mais fino (thinline), costuma ser mais ergonômica para quem toca em pé ou vem de guitarras sólidas como Stratocasters.
A adaptação é quase imediata. O braço permite uma navegação fluida, essencial para escalas bebop rápidas.
A Tagima Jazz-1900 oferece uma experiência mais tradicional. O corpo largo exige uma postura diferente do músico, geralmente tocando sentado com o instrumento mais elevado. A escala tende a ser precisa, mas o acesso às últimas casas é naturalmente mais limitado pelo design do corpo (cutaway).
Para o purista que busca a sensação física de abraçar o instrumento e sentir a vibração no peito, a Tagima oferece a experiência tátil superior.
Veredito: Qual a Melhor Opção Custo-Benefício?
Se o seu objetivo é puramente o jazz tradicional, o som 'clean' encorpado e a estética vintage, a **Tagima Jazz-1900** é a vencedora. Ela entrega uma sonoridade que compete com instrumentos muito mais caros e sua construção em Maple com caixa profunda é insubstituível para o timbre clássico.
Por outro lado, se você precisa de uma ferramenta de trabalho versátil, toca em palcos menores com volume alto ou quer economizar sem abrir mão da qualidade, a **Michael Jazz Action GM1159N** é a escolha racional.
Ela permite que você estude jazz com qualidade e ainda toque outros gêneros sem precisar trocar de guitarra.
Perguntas Frequentes (FAQ)
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