Melhores Guitarras Tagima: Top 10 Custo-Benefício

Thiago Nunes da Silva
Thiago Nunes da Silva
11 min. de leitura

A Tagima consolidou-se como a maior fabricante de instrumentos do Brasil e uma das principais opções para músicos que buscam custo-benefício. Escolher o modelo ideal exige entender as diferenças cruciais entre linhas de entrada, como a Memphis, e séries mais robustas, como a Woodstock ou a inovadora Sixmart.

Este guia elimina a confusão técnica e aponta exatamente qual instrumento atende sua necessidade musical, seja você um iniciante buscando o primeiro acorde ou um músico experiente precisando de um "workhorse" confiável.

Madeira, Captadores e Braço: Como Escolher?

A construção do corpo define a ressonância e o peso da guitarra. A Tagima utiliza frequentemente o Basswood e o Poplar em suas linhas mais acessíveis. O Basswood é leve e possui uma sonoridade equilibrada, favorecendo médios, o que o torna excelente para rock e estilos que usam distorção.

O Poplar é uma alternativa econômica com características sonoras similares ao Alder, entregando um som claro e definido. Para quem busca sustain e um timbre mais encorpado, corpos em Mogno (mais raros nas linhas básicas) ou Marupá são preferíveis, mas as opções listadas aqui focam na praticidade e ergonomia do Basswood e Poplar.

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Os captadores são o coração do timbre. Modelos com configuração SSS (três Single Coils) oferecem aquele som estalado e brilhante, característico de funk, blues e pop. Se o seu objetivo é tocar rock mais pesado ou metal, priorize modelos com pelo menos um Humbucker na ponte (configuração HSS).

O Humbucker cancela o ruído de fundo e entrega maior saída de sinal, essencial para lidar com pedais de alto ganho. Quanto ao braço, a Tagima popularizou o uso de "Technical Wood" nas escalas.

Trata-se de um composto de madeira processada que oferece durabilidade superior e resistência a mudanças de temperatura, evitando empenamentos comuns em madeiras naturais de baixo custo.

Ranking: As 10 Melhores Guitarras da Tagima

1. Guitarra Tagima TG-530 Woodstock Sunburst

A TG-530 da série Woodstock é, sem dúvida, o maior sucesso da marca nos últimos anos. Este modelo recria a estética vintage das Strats dos anos 60 e 70 com um preço acessível. O grande diferencial aqui é o acabamento do braço com verniz amarelado e o headstock estilo vintage, que conferem um visual muito acima da sua categoria de preço.

Para guitarristas de blues, rock clássico e worship, a configuração de três captadores Single Coil entrega aquele timbre "vidrado" e estalado essencial.

Sua tocabilidade é confortável devido ao perfil do braço em C moderno, que não é nem muito fino nem muito grosso. A construção em Basswood garante que o instrumento não seja excessivamente pesado para tocar em pé por longos períodos.

No entanto, é preciso estar ciente de que a ponte tremolo é simples. O uso excessivo da alavanca pode desafinar o instrumento, sendo recomendável um ajuste profissional (setup) logo após a compra para garantir estabilidade.

Prós
  • Visual vintage autêntico com verniz envelhecido no braço
  • Timbre de Single Coil clássico e definido
  • Ótima base para upgrades futuros (modding)
  • Braço confortável para acordes e solos
Contras
  • Tarraxas podem perder a afinação com bends agressivos
  • Ponte tremolo simples exige regulagem fina
  • Captadores originais podem gerar ruído em alto ganho

2. Guitarra Tagima TW-55 Telecaster Woodstock Black

A TW-55 traz a robustez e o ataque característico das Telecasters para a linha Woodstock. Este modelo é ideal para quem busca simplicidade e eficiência: ponte fixa, dois captadores e chave de três posições.

O som da posição da ponte é cortante e agressivo, perfeito para country, indie rock e funk, enquanto o captador do braço oferece um timbre aveludado e cheio, surpreendente para jazz e neo-soul.

A estabilidade de afinação é superior à das Stratocasters da mesma linha devido à ausência de ponte móvel.

O acabamento em preto com o braço claro em Maple (ou visual de Maple envernizado) cria uma estética atemporal. A construção é sólida, passando uma sensação de instrumento mais caro.

Um ponto de atenção é o peso. Alguns exemplares da TW-55 tendem a ser um pouco mais pesados que a média, o que pode incomodar músicos menores ou com problemas de coluna. Além disso, o verniz brilhante no braço, embora bonito, pode gerar um pouco de atrito para quem transpira muito nas mãos.

Prós
  • Excelente estabilidade de afinação (ponte fixa)
  • Timbre "Twang" característico de Telecaster
  • Construção robusta e durável
  • Estética premium com acabamento Gloss
Contras
  • Pode ser mais pesada que modelos Stratocaster
  • Verniz do braço pode "agarrar" em mãos suadas
  • Trastes podem precisar de polimento inicial

3. Guitarra Smart Tagima Sixmart com Efeitos

A Tagima Sixmart representa a entrada da marca na era das "smart guitars". Este instrumento é a solução definitiva para estudantes e músicos que praticam em apartamentos. Ela possui um sistema embutido com efeitos de Delay, Reverb, Chorus, Overdrive e Distorção, além de conexão Bluetooth.

Isso significa que você pode conectar seu celular para tocar backing tracks diretamente na guitarra e ouvir tudo pelos fones de ouvido ou na saída de linha, sem precisar de pedais ou amplificadores externos.

A versatilidade é o ponto forte aqui. Você tem uma guitarra HSS (Humbucker e dois Singles) que funciona como uma guitarra tradicional se a bateria acabar, mas que se transforma em uma estação de trabalho completa quando ligada.

O acabamento e a construção seguem o padrão da linha TG-530/540. A crítica fica por conta da dependência de bateria para os efeitos e da qualidade dos drives digitais, que são funcionais para estudo, mas não substituem um setup analógico profissional em palco.

Prós
  • Efeitos integrados (Reverb, Delay, Chorus, Drive)
  • Conexão Bluetooth para tocar junto com músicas
  • Saída para fone de ouvido para prática silenciosa
  • Funciona como guitarra passiva normal se a bateria acabar
Contras
  • Qualidade dos efeitos de distorção é digital e básica
  • Painel de controle exige aprendizado
  • Preço mais elevado devido à tecnologia embarcada

4. Guitarra Tagima TG-520 Technical Woodstock

A TG-520 é a resposta da Tagima para o guitarrista moderno que precisa de versatilidade tonal. Diferente da TG-530 clássica, este modelo vem equipado com um Humbucker na ponte e dois Single Coils.

Essa configuração HSS permite que você toque desde limpos cristalinos até distorções pesadas de Hard Rock sem trocar de instrumento. O nome "Technical" refere-se também ao uso de madeira técnica na escala, garantindo uniformidade visual e sonora.

Ela é ideal para músicos de baile ou covers que precisam cobrir vários gêneros musicais em um único show. O braço mantém o perfil confortável da série Woodstock. Um detalhe importante é que, ao misturar captadores de tipos diferentes, pode haver uma diferença de volume ao alternar entre o Single do braço e o Humbucker da ponte, algo normal nessa configuração, mas que exige controle na dinâmica da palhetada.

Prós
  • Configuração HSS extremamente versátil
  • Humbucker na ponte ideal para Rock e Solos
  • Escala em madeira técnica resistente a clima
  • Ótimo equilíbrio de peso
Contras
  • Diferença de volume entre captadores
  • Visual menos "clássico" que a TG-530
  • Chave seletora pode apresentar ruído com o tempo

5. Guitarra Tagima TG-510 Versátil HSS Metallic Blue

A TG-510 posiciona-se como uma evolução direta da linha Memphis, mas com a chancela da marca principal Tagima. O acabamento Metallic Blue é um diferencial estético que chama atenção no palco, fugindo do tradicional preto e branco.

A configuração HSS (Humbucker, Single, Single) a torna uma excelente primeira guitarra "séria" para quem está saindo de instrumentos de brinquedo ou muito precários.

Seu corpo é levemente mais fino e ergonômico, facilitando a vida de iniciantes e adolescentes. O som é competente, com o Humbucker entregando a "gordura" necessária para power chords.

A limitação principal está nas ferragens. As tarraxas blindadas são decentes, mas a ponte tremolo é básica. O bloco da ponte é fino, o que reduz um pouco o sustain natural da guitarra em comparação com a linha Woodstock ou a TW-55.

Prós
  • Acabamento metálico diferenciado e moderno
  • Ergonomia favorável para estudantes
  • Versatilidade dos captadores HSS
  • Melhor controle de qualidade que a linha Memphis
Contras
  • Bloco da ponte com pouca massa (menos sustain)
  • Nut (pestana) de plástico pode prender as cordas
  • Botões de tom e volume parecem frágeis

6. Guitarra Memphis by Tagima MG-30 Vintage White

A Memphis MG-30 é a porta de entrada mais popular para o mundo da guitarra no Brasil. Seu foco é preço baixo. É indicada estritamente para quem tem orçamento apertado ou para quem não tem certeza se vai continuar tocando e não quer investir muito.

O modelo Vintage White tenta emular o visual de guitarras clássicas famosas. Possui três captadores Single Coil cerâmicos, que são estridentes e funcionam bem para sons limpos.

É crucial ter expectativas realistas: o acabamento terá imperfeições e as tarraxas não seguram a afinação sob uso intenso. Os trastes muitas vezes precisam de polimento pois podem vir ásperos.

No entanto, como ferramenta de aprendizado inicial (aprender acordes e escalas), ela cumpre sua função honestamente. Um setup no luthier é quase obrigatório para torná-la macia de tocar.

Prós
  • Preço extremamente acessível
  • Visual clássico atraente
  • Leve e fácil de manusear
Contras
  • Tarraxas de baixa precisão
  • Captadores com ruído de fundo notável
  • Acabamento dos trastes pode ser áspero
  • Madeira do corpo menos ressonante

7. Guitarra Tagima TG-500 Olympic White

A TG-500 é o modelo Stratocaster padrão da Tagima, situando-se acima da Memphis MG-30 e competindo diretamente com a TG-530, mas com uma estética mais moderna e menos "vintage". A cor Olympic White é sóbria e elegante.

Ela vem com três Single Coils, focando no som tradicional de Stratocaster: brilhante, percussivo e com médios cavados nas posições intermediárias da chave seletora.

Este modelo é frequentemente escolhido como plataforma de modificação. A madeira do corpo e o braço são de qualidade suficiente para justificar a troca futura de captadores e tarraxas por modelos profissionais.

A diferença para a TG-530 está principalmente no acabamento do braço (aqui é fosco/satin, lá é envernizado vintage) e no escudo. O braço fosco da TG-500 é, para muitos guitarristas, mais rápido e confortável, pois a mão não gruda.

Prós
  • Braço com acabamento acetinado (rápido e liso)
  • Construção sólida para o preço
  • Timbre estalado fiel ao modelo Stratocaster
  • Boa base para customização
Contras
  • Captadores originais sem muita personalidade
  • Ferragens cromadas oxidam com o tempo se não cuidar
  • Ponte tremolo simples

8. Kit Guitarra Memphis MG-30 com Acessórios

Este kit é direcionado aos pais que querem presentear os filhos ou ao iniciante que não quer ter o trabalho de comprar itens separados. O pacote inclui a guitarra Memphis MG-30 (analisada acima), capa, correia, cabo e palhetas.

A conveniência é o principal argumento de venda aqui. Você tira da caixa e, teoricamente, já tem o necessário para começar a fazer barulho.

Contudo, a análise crítica deve ser feita sobre os acessórios. O cabo incluído geralmente é de baixa qualidade e tende a apresentar mau contato rapidamente. A capa é simples, servindo apenas para proteção contra poeira, não contra impactos.

A correia costuma ser fina. Vale a pena pelo preço do pacote se o orçamento for estrito, mas planeje trocar o cabo e as cordas nas primeiras semanas de uso para evitar frustrações.

Prós
  • Solução completa em uma única compra
  • Custo-benefício alto para iniciantes totais
  • Elimina a necessidade de pesquisar acessórios
Contras
  • Cabo e correia de qualidade inferior
  • Capa oferece pouca proteção física
  • Mesmas limitações técnicas da guitarra MG-30 avulsa

9. Guitarra Tagima TG-540 Escala Clara

A TG-540 diferencia-se pelo visual mais refinado e opções de acabamento que muitas vezes incluem o escudo perolado ou cores sunburst mais elaboradas. A versão com escala clara (Maple) oferece um ataque mais rápido e um visual que remete às guitarras californianas dos anos 50.

Sonoramente, o Maple na escala tende a enfatizar as frequências agudas, dando mais clareza às notas, especialmente quando se toca com distorção.

Muitas vezes encontrada em configuração HSS, a TG-540 é um instrumento versátil. A construção do braço costuma ser um ponto alto, com trastes bem nivelados para a faixa de preço. É uma escolha excelente para quem valoriza a estética tanto quanto o som.

A desvantagem, comum à série, é a parte elétrica (potenciômetros e chave), que cumpre o papel mas não tem a durabilidade de componentes premium.

Prós
  • Escala em Maple oferece visual e som brilhante
  • Acabamentos geralmente mais bonitos que a TG-500
  • Versatilidade para diversos estilos musicais
  • Boa ergonomia do corpo
Contras
  • Escala clara suja mais facilmente visivelmente
  • Parte elétrica básica
  • Ponte exige cuidado no uso da alavanca

10. Guitarra Tagima TG-510 Black HSS

A versão preta da TG-510 é a favorita dos roqueiros iniciantes. O visual "Black on Black" (corpo preto, escudo preto) ou com escudo branco oferece uma estética agressiva e profissional.

Tecnicamente idêntica à versão azul metálica, sua inclusão no ranking se deve à alta procura por guitarras pretas com Humbucker, que são um padrão na indústria do rock e metal.

O Humbucker da ponte é cerâmico e possui saída alta, o que ajuda a "empurrar" amplificadores pequenos para uma distorção satisfatória. É uma guitarra honesta: não promete ser uma Fender americana, mas entrega uma tocabilidade muito superior a cópias genéricas chinesas.

O ponto de melhoria seria a blindagem da parte elétrica, pois em ambientes com muita interferência, os captadores Single Coil podem captar ruído.

Prós
  • Visual Rock clássico e agressivo
  • Captador Humbucker ideal para distorção
  • Braço confortável para aprendizado
  • Preço competitivo na linha Tagima
Contras
  • Pode necessitar de blindagem extra
  • Tarraxas apenas razoáveis
  • Cordas de fábrica geralmente precisam de troca imediata

Stratocaster ou Telecaster: Qual Tagima Comprar?

A escolha entre Stratocaster (como as TG-530, TG-500, TG-510) e Telecaster (TW-55) define sua experiência de toque. A Stratocaster é a rainha da ergonomia: possui recortes no corpo que "abraçam" o músico e três captadores que oferecem cinco sons distintos.

É a escolha segura para quem quer tocar de tudo um pouco e valoriza o conforto e o uso da alavanca de tremolo.

A Telecaster, por outro lado, é bruta e direta. Sem recortes no corpo (é uma tábua reta), pode ser menos confortável, mas compensa com uma estabilidade de afinação incrível e um som que "corta" a mixagem da banda.

Se você gosta de Country, Worship moderno ou Indie Rock, a mordida da ponte da TW-55 é insubstituível. Resumo: Stratocaster para versatilidade e conforto; Telecaster para estabilidade e timbre com personalidade forte.

Linha Memphis vs Woodstock: Entenda as Diferenças

Muitos compradores se confundem, mas a distinção é clara: Memphis é a linha de entrada (budget) e Woodstock é a linha intermediária. As guitarras Memphis (MG-30, MG-32) usam madeiras mais baratas, muitas vezes compensado/laminado no corpo, e ferragens genéricas com menor durabilidade e precisão.

O controle de qualidade é menos rigoroso, sendo comum encontrar trastes desnivelados.

A linha Woodstock (TG-530, TW-55) oferece um salto significativo de qualidade. Os corpos são de madeira maciça (geralmente Basswood), os braços têm acabamento superior e as ferragens, embora simples, são funcionais.

A diferença de preço vale a pena: uma Woodstock bem regulada pode ser usada profissionalmente em bares e igrejas, enquanto a Memphis exigirá upgrades caros para atingir o mesmo nível de confiabilidade.

Tagima Sixmart: A Revolução das Guitarras Smart

A série Sixmart não é apenas um instrumento, é uma ferramenta de estudo completa. Ao integrar efeitos e conexão Bluetooth no próprio corpo da guitarra, a Tagima resolve o problema de espaço e complexidade para iniciantes.

Você não precisa comprar cabos, pedais e amplificadores para começar a ter sons interessantes. Basta plugar o fone de ouvido.

Para compositores e viajantes, ela é imbatível. Poder levar a guitarra para um quarto de hotel e tocar com delay e reverb sem incomodar o vizinho é um luxo tecnológico. No entanto, puristas do timbre podem achar os sons digitais um pouco "sintéticos".

Ela é recomendada como segunda guitarra ou guitarra de estudo, mas não necessariamente como sua guitarra principal para shows grandes, onde um amplificador real ainda domina.

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