Melhores pastas térmicas para processador: Top 10 Eficientes

Thiago Nunes da Silva
Thiago Nunes da Silva
10 min. de leitura

Manter a temperatura do processador sob controle é a estratégia mais barata para garantir a longevidade do seu computador. A escolha da pasta térmica correta define se o seu cooler vai trabalhar em silêncio ou se as ventoinhas girarão no máximo o tempo todo.

Com tantas opções no mercado, desde compostos básicos de silicone até fórmulas avançadas de carbono, entender as diferenças técnicas é vital para o desempenho da sua máquina.

Neste guia você encontrará uma análise técnica direta das 10 melhores opções disponíveis. Avaliamos a condutividade térmica (W/mK), a facilidade de aplicação e a durabilidade de cada composto.

O objetivo é simples: ajudar você a eliminar o superaquecimento e extrair o máximo potencial do seu hardware com o investimento certo.

Nossas análises e classificações são completamente independentes de patrocínios de marcas e colocações pagas. Se você realizar uma compra por meio dos nossos links, poderemos receber uma comissão. Diretrizes de Conteúdo

Condutividade e Viscosidade: O Que Analisar?

A condutividade térmica é medida em Watts por metro-Kelvin (W/mK). Este número indica a eficiência com que a pasta transfere o calor do processador para o dissipador. Quanto maior o número, melhor a transferência.

Para processadores de escritório ou entrada, pastas com 3 a 5 W/mK são suficientes. Já para CPUs de alto desempenho, como as linhas Ryzen 9 ou Core i9, recomenda-se produtos acima de 8 W/mK para evitar o thermal throttling.

A viscosidade determina a facilidade de aplicação e a resistência ao "pump-out effect" (quando a pasta escorre para fora com o tempo devido à expansão térmica). Pastas muito líquidas espalham fácil, mas podem ressecar rápido ou escorrer.

Pastas muito densas exigem técnica na aplicação, geralmente precisando ser espalhadas com espátula, mas oferecem durabilidade superior em cenários de alta temperatura.

Análise: As 10 Melhores Pastas Térmicas do Mercado

1. Arctic MX-6 4g Alta Performance

A Arctic MX-6 é a evolução direta de uma das pastas mais famosas do mundo, focada agora em estabilidade a longo prazo e resistência térmica aprimorada. Este produto é ideal para entusiastas e gamers que possuem processadores de última geração e buscam extrair cada gota de performance sem recorrer a metais líquidos condutivos.

Sua composição à base de carbono garante que não haja risco de curto-circuito caso o material entre em contato com componentes elétricos.

A viscosidade da MX-6 é notavelmente maior que a de sua antecessora. Isso significa que ela é mais "grossa", o que ajuda a evitar o efeito de bombeamento (pump-out) em ciclos de calor intensos.

A aplicação exige um pouco mais de pressão no dissipador para garantir o espalhamento uniforme. Em testes de estresse, ela mantém a temperatura estável por períodos prolongados, sendo uma escolha segura para quem não quer trocar a pasta anualmente.

Prós
  • Excelente resistência térmica para CPUs modernas
  • Alta viscosidade previne escorrimento
  • Não condutiva eletricamente
Contras
  • Preço mais elevado que a média
  • Mais difícil de espalhar devido à densidade

2. Arctic MX-4 4g Edição Premium

A Arctic MX-4 continua sendo a referência de equilíbrio entre preço, desempenho e facilidade de uso. Este produto é perfeito para montadores de PC de primeira viagem ou para quem realiza manutenção frequente em diversos computadores.

Sua consistência é mais fluida que a da MX-6, o que facilita o método da "gota" no centro do processador, garantindo cobertura total apenas com a pressão do cooler.

Embora não tenha a condutividade térmica extrema dos modelos mais novos, a MX-4 ainda supera a grande maioria das pastas que vêm pré-aplicadas em coolers. Ela oferece durabilidade estimada de até 8 anos segundo o fabricante, o que é excelente para usuários que instalam o cooler e esquecem da manutenção.

Para processadores intermediários e placas de vídeo, ela continua sendo uma escolha imbatível.

Prós
  • Extremamente fácil de aplicar
  • Excelente custo-benefício
  • Alta durabilidade no sistema
Contras
  • Desempenho inferior à MX-6 em cargas extremas
  • Muitas falsificações no mercado (exige atenção na compra)

3. Snowdog Husky 12.8W/mk 3g Alto Desempenho

A Snowdog Husky entra no mercado para competir diretamente com as marcas premium internacionais, oferecendo uma condutividade térmica impressionante de 12.8 W/mK. Este produto é direcionado especificamente para overclockers e usuários com sistemas de refrigeração líquida (water coolers) que lidam com altas cargas térmicas.

A marca nacional conseguiu entregar um produto que rivaliza em performance bruta com as opções mais caras importadas.

A textura da Husky é densa e pastosa, lembrando argila térmica. Isso é positivo para a performance, pois preenche as microfissuras do IHS (chapa metálica do processador) com eficiência, mas torna a aplicação trabalhosa.

O uso de uma espátula é praticamente obrigatório para garantir uma camada fina e uniforme. Se você busca baixar aqueles 2 ou 3 graus cruciais em um Ryzen 9 ou Core i9, esta é uma ferramenta poderosa.

Prós
  • Altíssima condutividade térmica (12.8 W/mK)
  • Ideal para overclocking e high-end
  • Geralmente acompanha espátula e limpador
Contras
  • Aplicação difícil devido à alta densidade
  • Quantidade de 3g pode render menos aplicações se mal usada

4. PCYES Nitrogen Max 12.5W/mk 4g

A PCYES Nitrogen Max posiciona-se como uma solução robusta para o mercado brasileiro, focando em alta transferência de calor com seus 12.5 W/mK. Ela é a escolha certa para gamers que vivem em regiões mais quentes do Brasil e precisam de uma ajuda extra na dissipação térmica.

A fórmula utiliza nanopartículas que facilitam a condução de calor sem a necessidade de cura, ou seja, o desempenho é imediato após a aplicação.

Diferente de algumas pastas de alto desempenho que ressecam rápido, a Nitrogen Max promete estabilidade química. A embalagem de 4g é generosa e permite múltiplas aplicações, sendo útil para quem possui mais de um PC em casa ou faz manutenção em GPUs.

A consistência é firme, exigindo cuidado ao espalhar para não criar bolhas de ar, mas o resultado térmico justifica o esforço extra na montagem.

Prós
  • Condutividade térmica de nível entusiasta
  • Bom volume (4g) pelo preço
  • Desempenho imediato sem tempo de cura
Contras
  • Seringa pode ser dura de pressionar inicialmente
  • Requer pressão adequada do cooler para assentamento

5. Implastec TS Cold 10.5W/mk 4g

A Implastec, conhecida por produtos de entrada, elevou o nível com a linha TS Cold. Com 10.5 W/mK, este composto é destinado ao usuário intermediário avançado que quer sair do básico sem pagar o preço de marcas de luxo.

É uma excelente opção para upgrades de notebooks gamer e consoles, onde a dissipação de calor é crítica e o espaço é confinado.

A formulação da TS Cold busca um meio-termo na viscosidade. Ela não é tão rígida quanto a Snowdog nem tão fluida quanto a MX-4 básica. Isso facilita o manuseio para quem tem experiência moderada.

O desempenho térmico representa um salto significativo em comparação às pastas prateadas genéricas, conseguindo segurar processadores com TDP mais alto em temperaturas seguras durante sessões de jogos.

Prós
  • Salto de qualidade significativo para a marca
  • Boa relação W/mK por real investido
  • Versátil para CPUs e GPUs
Contras
  • Menos reviews de longo prazo comparado às internacionais
  • Pode apresentar separação de óleo se armazenada por muito tempo

6. Implastec TS Extreme 1g

A versão Extreme da linha TS foca em precisão e uso pontual. Com apenas 1g, este produto é para quem precisa resolver o problema de um único dispositivo agora. É a compra inteligente para quem vai fazer a manutenção do seu único console ou trocar o cooler de um processador específico e não quer sobras de produto guardadas na gaveta perdendo a validade.

Apesar da quantidade reduzida, a qualidade térmica se mantém alta, alinhada com a proposta de alto desempenho da série. A seringa pequena facilita o controle da dosagem, evitando desperdícios.

A condutividade é suficiente para lidar com processadores modernos em stock ou com overclock leve, mantendo a estabilidade do sistema.

Prós
  • Custo inicial baixo para aplicação única
  • Desperdício zero
  • Boa performance térmica
Contras
  • Custo por grama é alto
  • Quantidade insuficiente para erros na aplicação

7. PCYES Nitrogen Basic 5.5W/mk 1.5g

A PCYES Nitrogen Basic cumpre exatamente o que o nome promete: o básico bem feito. Com 5.5 W/mK, ela é superior às pastas genéricas brancas ou prateadas de baixa qualidade. Este produto é ideal para PCs de escritório, computadores domésticos de uso geral e processadores de entrada (como Core i3 ou Ryzen 3) que não geram calor excessivo.

A quantidade de 1.5g é suficiente para duas ou três aplicações, dependendo do tamanho do processador. Sua principal vantagem é a confiabilidade superior em relação às pastas "no-brand".

Ela não vai secar e virar pó em seis meses como opções inferiores. Se você está montando um PC para tarefas administrativas ou estudos, não há necessidade de gastar mais em pastas de alto desempenho; esta atende perfeitamente.

Prós
  • Preço muito acessível
  • Superior a pastas genéricas
  • Fácil aplicação
Contras
  • Não recomendada para CPUs de alto TDP
  • Baixa condutividade para jogos pesados

8. Implastec Thermal Silver 5g Seringa

A Implastec Thermal Silver é, provavelmente, a pasta térmica mais onipresente nas bancadas de assistência técnica do Brasil. Seu público-alvo são técnicos que precisam de um produto barato para manutenção de computadores antigos, laptops de entrada e equipamentos que não exigem dissipação crítica.

A adição de micropartículas de prata melhora levemente a condução em relação às pastas brancas puras.

É crucial alinhar as expectativas: esta não é uma pasta para PC Gamer moderno. Sua condutividade é baixa comparada às opções de carbono/cerâmica listadas acima. No entanto, ela cumpre sua função em chips que operam em baixas frequências e tensões.

A viscosidade é baixa, tornando-a muito fácil de espalhar, mas também suscetível a ressecar mais rápido, exigindo trocas anuais.

Prós
  • Extremamente barata
  • Fácil de encontrar e aplicar
  • Funcional para equipamentos antigos
Contras
  • Baixo desempenho térmico
  • Resseca com facilidade
  • Inadequada para hardware moderno de performance

9. Pasta Térmica Prata Pote 20g

Este produto é voltado exclusivamente para volume e economia de escala. Com um pote de 20g, o foco aqui são departamentos de TI, escolas ou oficinas de reparo que lidam com dezenas de máquinas por semana.

O custo por aplicação é irrisório. A fórmula é básica, contendo óxidos metálicos para auxiliar na transferência de calor, mas sem sofisticação tecnológica.

A aplicação via pote exige uma espátula (não inclusa geralmente) e cuidado redobrado para não contaminar o restante do produto com poeira. O desempenho é estritamente funcional: serve para fazer o computador ligar e operar sem desligar por temperatura, mas não espere temperaturas baixas em carga máxima.

É uma solução logística, não de performance.

Prós
  • Quantidade massiva de produto
  • Custo por grama imbatível
  • Resolve demandas de grande volume
Contras
  • Aplicação faz sujeira e risco de contaminação
  • Desempenho térmico apenas aceitável

10. Pasta Térmica Silicone Branca 50g

A pasta térmica de silicone branca é um clássico da eletrônica, mas deve ser encarada com cautela no mundo da informática. Este produto de 50g é ideal para componentes eletrônicos como transistores de potência, LEDs, retificadores e amplificadores de áudio.

Para processadores de computadores, ela é a última opção, recomendada apenas para CPUs muito antigas (era Pentium 4 ou anterior) ou chips de baixíssima potência.

Sua condutividade térmica é muito baixa (geralmente abaixo de 1 W/mK). Colocar isso em um processador moderno resultará em superaquecimento quase imediato sob carga. A vantagem aqui é a quantidade e a versatilidade para uso geral em eletrônica e reparos domésticos fora do PC.

É um isolante elétrico perfeito, mas um condutor térmico fraco.

Prós
  • Pote gigante de 50g
  • Útil para reparos em eletrônica geral
  • Isolante elétrico seguro
Contras
  • Péssima condutividade para CPUs atuais
  • Baixa resistência a altas temperaturas

Pasta de Prata ou Cerâmica: Qual Resfria Mais?

Existe um mito antigo de que pastas com prata são sempre superiores. Isso não é mais uma verdade absoluta. As melhores pastas térmicas do mercado atual, como a Arctic MX-6 ou a Thermal Grizzly Kryonaut (não listada, mas referência), utilizam bases de micropartículas de carbono ou cerâmica oxide.

Estes compostos conseguem atingir condutividades altíssimas sem o risco de condutividade elétrica.

As pastas de "prata" genéricas muitas vezes contêm apenas uma porcentagem ínfima de metal, servindo mais como marketing do que performance real. Pastas cerâmicas ou de carbono de alta qualidade preenchem melhor as imperfeições microscópicas do metal, duram mais tempo sem secar (cura) e são mais seguras para o seu hardware.

Portanto, olhe sempre para o valor W/mK e a reputação da marca, não apenas para a cor ou o nome do material.

Métodos de Aplicação: Gota, X ou Espalhar?

  • Método da Gota (Ervilha): O mais seguro e comum. Coloca-se uma pequena bola no centro do processador. A pressão do cooler espalha o produto. Ideal para pastas de média viscosidade e processadores de tamanho padrão.
  • Método em X: Recomendado para processadores maiores ou retangulares e para pastas muito viscosas (como a Snowdog Husky). Garante que o produto chegue aos cantos do chip, onde alguns núcleos podem estar localizados.
  • Espalhar com Espátula: A técnica favorita dos perfeccionistas. Garante cobertura total de 100% antes mesmo de colocar o cooler. É obrigatório para pastas muito densas, mas exige cuidado para não criar bolhas de ar ou sujar a placa-mãe.

Quando Fazer a Troca da Pasta Térmica?

A troca não precisa ser uma obsessão. Se você usou uma pasta de alta qualidade (como Arctic ou PCYES Nitrogen), ela pode durar tranquilamente de 3 a 5 anos sem perda significativa de desempenho.

O sinal claro para a troca é o aumento das temperaturas: se o seu PC está 5 a 10 graus mais quente do que costumava ser em repouso, ou se as ventoinhas disparam com tarefas simples, é hora da manutenção.

Para pastas genéricas ou de entrada (como as Implastec básicas), a recomendação muda para uma troca anual ou a cada 18 meses. Esses compostos tendem a ressecar, virando um pó que isola o calor em vez de conduzi-lo.

Ao remover o cooler para limpeza de poeira, aproveite sempre para limpar a pasta antiga com álcool isopropílico e aplicar uma nova camada.

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