Melhores Pedais de Distorção para Metal: O Top 10

Thiago Nunes da Silva
Thiago Nunes da Silva
9 min. de leitura

Encontrar o timbre de distorção perfeito é uma jornada interminável para guitarristas de metal. A saturação precisa ser agressiva, mas com definição suficiente para que as notas não se embolem em riffs rápidos ou afinações baixas.

Neste guia, filtramos o mercado para trazer as opções que realmente entregam peso, sustain e controle tonal.

Ganho, EQ e True Bypass: O Que Analisar?

Antes de investir no seu próximo pedal de High Gain, entenda que o ganho excessivo sem controle gera apenas ruído. O segredo do som pesado reside na seção de EQ (equalização). Pedais com controles de médios (Middle) ou equalização de 3 bandas oferecem versatilidade para esculpir o timbre, permitindo o clássico som "scooped" (médios cortados) do Thrash ou o foco em médios do Djent moderno.

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Outro ponto crucial é o sistema de acionamento. Pedais True Bypass garantem que o sinal da sua guitarra passe inalterado quando o efeito está desligado, preservando o timbre limpo.

Já os pedais com Buffer, como os da Boss, ajudam a manter a força do sinal em cabos longos. Para metal, onde o noise gate é frequentemente necessário, a qualidade do circuito e o nível de ruído de fundo são fatores determinantes na escolha.

Top 10 Pedais para Timbres Pesados e Definidos

1. Pedal Boss Metal Zone MT-2 High Gain

O Boss Metal Zone MT-2 é, indiscutivelmente, o pedal de distorção mais famoso e polarizador do mundo do metal. Sua característica mais forte é o circuito de equalização semi-paramétrica nos médios.

Isso permite que você selecione a frequência exata dos médios que deseja cortar ou impulsionar, oferecendo uma gama de timbres que vai do Thrash Metal dos anos 80 ao Death Metal moderno.

Este pedal é ideal para guitarristas que tocam em casa ou gravam e precisam de uma distorção que soe como um amplificador high gain modificado. A quantidade de ganho disponível é absurda, oferecendo sustain quase infinito.

No entanto, essa potência exige cautela: configurações extremas podem tornar o som abelhado e sintético. Se você busca versatilidade cirúrgica no seu timbre, o MT-2 continua sendo uma ferramenta imbatível quando bem regulado.

Prós
  • Equalização paramétrica de médios extremamente versátil
  • Construção tanque de guerra da Boss
  • Nível de ganho altíssimo para qualquer subgênero do metal
Contras
  • Pode soar estridente e artificial se mal equalizado
  • Não é True Bypass (possui buffer, o que é padrão da marca)

2. Behringer HM300 Heavy Metal

O Behringer HM300 é a escolha obrigatória para os fãs do lendário som "Swedish Chainsaw". Ele é um clone direto do descontinuado Boss HM-2, famoso por definir o som do Death Metal sueco (como Entombed e Dismember).

Ao colocar todos os botões no máximo, você obtém aquele timbre rasgado, sujo e massivo que nenhum outro tipo de circuito consegue replicar.

Apesar de ser uma opção de baixo custo, ele entrega a sonoridade específica do original com fidelidade impressionante. É perfeito para quem toca Death Metal old school ou Shoegaze pesado.

A maior ressalva fica por conta da construção: o chassi é de plástico rígido. Embora suporte o uso doméstico tranquilamente, exige cuidado extra em situações de palco agressivas.

Prós
  • Recria fielmente o timbre clássico do Death Metal sueco
  • Custo-benefício imbatível
  • Equalização de graves e agudos muito responsiva
Contras
  • Carcaça de plástico menos durável que opções de metal
  • Troca de bateria é pouco prática (sob o pedal)

3. Pedal Boss Distortion DS-1 Clássico

O Boss DS-1 é um ícone, presente nos pedalboards de lendas como Kurt Cobain e Joe Satriani. Embora não seja um pedal de "Metal Moderno" por natureza, ele brilha em contextos de Hard Rock, Grunge e Heavy Metal clássico dos anos 80.

Ele funciona excepcionalmente bem empurrando um amplificador que já está levemente sujo, adicionando harmônicos e compressão.

Para o guitarrista de metal atual, o DS-1 pode servir como um boost para solos ou para timbres menos extremos. Se você busca o peso do Djent ou Metalcore, ele pode faltar graves e aperto.

Contudo, sua simplicidade e confiabilidade o tornam uma peça fundamental para quem aprecia a sonoridade "British" clássica e distorções mais orgânicas.

Prós
  • Timbre clássico e reconhecível instantaneamente
  • Indestrutível e confiável
  • Excelente para stackar (somar) com outros pedais ou amps sujos
Contras
  • Falta peso nos graves para metal moderno extremo
  • O controle de tone pode ficar muito agudo após o meio-dia

4. Rowin Pedal Analógico Heavy Metal True Bypass

Para quem sofre com falta de espaço no pedalboard, o Rowin Heavy Metal é a solução compacta ideal. Com um formato "nano", ele ocupa o mínimo de espaço possível, mas entrega uma distorção surpreendentemente encorpada.

Este pedal foca em uma sonoridade High Gain direta, sem muitas complicações nos controles.

Ele possui uma chave seletora "Hi-Boost", que adiciona mais presença e volume, útil para destacar solos em uma mixagem densa. Sua construção em metal passa confiança, apesar do tamanho.

É recomendado para iniciantes ou como um pedal de "backup" de emergência que cabe no bolso da bag, oferecendo um som de metal honesto por um preço acessível.

Prós
  • Tamanho ultra compacto, salva espaço no board
  • Chave de Boost adiciona versatilidade
  • True Bypass preserva o sinal limpo
Contras
  • Knobs pequenos podem ser difíceis de ajustar no palco
  • Não aceita bateria, funciona apenas com fonte externa

5. AZOR Pedal Heavy Metal 3 Modos

O AZOR destaca-se no segmento de entrada pela sua chave de três modos: Natural, Tight e Classic. Essa funcionalidade permite adaptar a resposta de graves e a compressão da distorção.

O modo "Tight" é particularmente útil para bases rápidas e palm mutes, evitando que o som fique embolado, uma característica essencial para gêneros mais modernos.

Sua carcaça de alumínio garante durabilidade, e o sistema True Bypass é um bônus nessa faixa de preço. É uma excelente escolha para quem está montando o primeiro setup de metal e ainda está descobrindo qual "sabor" de distorção prefere, oferecendo flexibilidade para transitar entre Hard Rock e Metal mais agressivo.

Prós
  • 3 modos de clipagem oferecem texturas diferentes
  • Ótima resposta de graves no modo Tight
  • Preço muito acessível para a qualidade de construção
Contras
  • Pode gerar ruído de fundo em ganhos muito altos
  • Design genérico pode não agradar a todos

6. LEKATO Pedal Distortion Vintage e Turbo

Este pedal da LEKATO parece inspirar-se na arquitetura do clássico pedal Rat, famoso por sua versatilidade entre distorção e fuzz. Com os modos "Vintage" e "Turbo", ele atende desde o guitarrista de Doom/Sludge Metal, que precisa de uma parede sonora suja e arrastada, até quem busca uma distorção mais cortante e aberta no modo Turbo.

O controle de filtro (Filter) atua de forma inversa a um controle de tom comum, cortando agudos à medida que você gira, o que permite domar guitarras muito brilhantes. É a ferramenta certa para quem busca uma distorção com personalidade "lo-fi" ou alternativa, fugindo do som polido e comprimido do metal moderno padrão.

Prós
  • Versatilidade entre som clássico e moderno (Turbo)
  • Excelente para subgêneros como Doom e Sludge
  • Controle de filtro muito eficaz
Contras
  • Não é ideal para timbres de metal ultra precisos e secos
  • Durabilidade do switch a longo prazo é questionável

7. M-VAVE MINI-EFX Multi-Efeitos Compacto

O M-VAVE MINI-EFX foge da categoria de pedal único para oferecer uma solução "tudo em um". Ele combina distorção com efeitos de modulação e ambiência. Para o guitarrista de metal iniciante que quer praticar em casa e precisa não apenas de ganho, mas também de um pouco de delay para solos ou chorus para passagens limpas, este dispositivo é extremamente prático.

A distorção é digital, o que garante consistência, mas pode faltar a dinâmica de toque presente em circuitos analógicos. A vantagem aqui é a conveniência e a portabilidade. Se você viaja muito ou precisa de um setup mínimo para estudos, ele resolve vários problemas de uma vez, embora não substitua um pedal de alto ganho dedicado em termos de qualidade pura de timbre.

Prós
  • Solução completa com múltiplos efeitos
  • Bateria recarregável interna (ótimo para portabilidade)
  • Saída para fones de ouvido
Contras
  • Distorção digital pode soar fria
  • Interface pode ser complexa para ajustes rápidos ao vivo

8. Pedal Crunch Distortion de Alto Ganho

Este pedal foca em emular a saturação britânica clássica, remetendo aos amplificadores Marshall "crankados". O termo "Crunch" aqui pode enganar; ele possui ganho suficiente para Iron Maiden, Judas Priest e o início do Metallica.

A resposta é muito dinâmica, limpando bem ao abaixar o volume da guitarra.

Ele é ideal para quem toca Heavy Metal Tradicional e Hard Rock. Se o seu objetivo é metal extremo com afinações em Drop A, este pedal pode não ter a compressão e o corte de graves necessários.

No entanto, para riffs galopados e power chords abertos, ele oferece uma textura rica e harmônica que pedais mais extremos muitas vezes sacrificam.

Prós
  • Ótima dinâmica e resposta ao toque
  • Timbre clássico estilo Marshall in a box
  • Carcaça robusta em alumínio
Contras
  • Ganho insuficiente para Death Metal ou Metalcore moderno
  • Controles sensíveis exigem ajuste fino

9. Rowin Pedal Plexion Modo Brilhante e Normal

O Rowin Plexion é uma homenagem aos amplificadores Plexi, o santo graal do rock pesado dos anos 70 e 80. Com os modos "Bright" e "Normal", ele permite navegar entre um som mais gordo e grave ou um timbre cortante e agudo, típico do Hair Metal.

É um pedal de distorção que respeita o caráter da sua guitarra.

Para metal, ele serve perfeitamente para estilos como Glam Metal ou Power Metal clássico. Ele não vai entregar o "chug" abafado do Nu Metal, mas vai fazer seus solos cantarem com clareza.

A construção compacta da Rowin novamente é um ponto positivo para quem tem pouco espaço, entregando um som grande em um pacote minúsculo.

Prós
  • Recriação convincente de timbres Plexi
  • Modo Bright ajuda a cortar a mixagem
  • Muito compacto e True Bypass
Contras
  • Não indicado para metal moderno de afinação baixa
  • Pode soar muito agudo em amplificadores transistorizados

10. SATONE S809 Neotoma Distortion

O SATONE S809 Neotoma entra na categoria de distorções versáteis com foco em saturação densa. Sua arquitetura sugere uma inspiração nos circuitos de distorção mais modernos, buscando equilibrar clareza e ganho.

É uma opção interessante para quem busca sair do óbvio das grandes marcas e experimentar texturas diferentes.

Com controles padrão de Level, Tone e Gain, ele é direto ao ponto. Funciona bem tanto em canais limpos quanto empurrando canais sujos. Para guitarristas que precisam de um "feijão com arroz" bem feito — uma distorção que funcione para vários estilos dentro do rock e metal sem custar uma fortuna — o Neotoma se apresenta como uma alternativa honesta.

Prós
  • Operação simples e intuitiva
  • Bom nível de saturação para bases e solos
  • Preço competitivo
Contras
  • Pouca informação sobre a durabilidade a longo prazo
  • Design visual pouco inspirado

Analógico ou Digital: Qual o Melhor para Metal?

A eterna briga entre analógico e digital tem um peso especial no metal. Pedais analógicos (como a maioria da lista acima) tendem a responder melhor à dinâmica da palhetada e ao volume da guitarra.

Eles geram distorção através do "clipping" físico de diodos ou transistores, criando uma sonoridade que muitos consideram mais quente e orgânica.

Por outro lado, distorções digitais (comuns em multi-efeitos) oferecem precisão cirúrgica e a capacidade de salvar presets. Para gêneros como Industrial ou Djent, onde a consistência robótica é desejada, o digital pode levar vantagem.

No entanto, para a maioria dos guitarristas que buscam sentir a "parede de som", o circuito analógico ainda é o rei do peso.

Como Configurar o EQ para o Som Perfeito

O erro número um do guitarrista de metal iniciante é o "Mid Scoop" total (zerar os médios). Embora soe agressivo no quarto, essa configuração faz a guitarra desaparecer quando tocada junto com baixo e bateria.

A guitarra é um instrumento de frequências médias; cortá-las é silenciar sua própria voz na banda.

Para um som profissional, mantenha os médios pelo menos no meio ou levemente cortados, nunca zerados. Use o controle de graves com moderação para não embolar com o baixista e ajuste os agudos para dar a definição e o ataque da palhetada, sem deixar o som estridente.

Lembre-se: o ganho no 10 raramente é necessário; muitas vezes, o ganho no 7 ou 8 entrega mais peso e definição.

Pedais de Boutique vs Custo-Benefício

O mercado está inundado de pedais de boutique que custam o triplo das versões de entrada. Eles valem a pena? Geralmente, pedais mais caros utilizam componentes de menor tolerância (menos variação de som), jacks mais robustos e menor ruído de fundo.

Se você grava profissionalmente ou faz turnês constantes, a confiabilidade e o silêncio de um pedal premium são investimentos justificáveis.

Entretanto, a tecnologia de fabricação evoluiu muito. Marcas como Rowin, AZOR e Behringer conseguem entregar 90% a 95% do timbre dos pedais famosos por uma fração do preço. Para a grande maioria dos músicos, especialmente aqueles que tocam em locais pequenos ou por hobby, os pedais de custo-benefício listados aqui são mais do que suficientes para criar um som brutal.

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