Melhores Pedais de Oitavador Para Guitarra: 8 Modelos Versáteis

Thiago Nunes da Silva
Thiago Nunes da Silva
9 min. de leitura

Expandir o alcance sonoro da guitarra é o desejo de muitos músicos que buscam preencher frequências graves ou adicionar brilho agudo aos solos. Os pedais de oitavador permitem que você simule o som de um baixo, crie texturas de sintetizador ou emule uma guitarra de 12 cordas com um simples pisar.

Com tantas opções digitais e analógicas, a escolha certa depende fundamentalmente da qualidade do rastreamento e da sonoridade desejada.

Rastreamento e Latência: O Segredo do Timbre Perfeito

A característica mais crítica em um pedal de oitavador é o "tracking" ou rastreamento. Este termo define a rapidez e a precisão com que o pedal detecta a nota tocada e gera a oitava correspondente.

Um rastreamento ruim resulta em notas falhadas, atrasos perceptíveis (latência) e sons digitais artificiais indesejados, especialmente quando você toca passagens rápidas.

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Para guitarristas que tocam acordes, a tecnologia de rastreamento deve ser obrigatoriamente polifônica. Pedais mais antigos ou puramente analógicos tendem a se confundir com mais de uma nota simultânea, gerando um efeito "glitch" que, embora seja desejado por alguns músicos experimentais, pode arruinar uma performance que exige clareza.

A latência zero é o objetivo de todo equipamento moderno, garantindo que a resposta tátil da corda seja imediata.

Análise: Os 8 Melhores Pedais de Oitavador Para Guitarra

1. Boss OC-5 Octave (O Padrão da Indústria)

Maior desempenho
Oc-5

Oc-5

Disponível na Amazon

O Boss OC-5 estabelece o padrão atual para pedais de oitava compactos, unindo o legado analógico da marca com tecnologia de rastreamento moderna. Se você busca a sonoridade clássica e "gorda" do lendário OC-2, o modo "Vintage" deste pedal recria aquele timbre monofônico característico com perfeição, ideal para riffs de rock e funk que exigem peso.

A Boss resolveu o problema de volume e instabilidade dos modelos anteriores, entregando uma consistência impressionante.

Este pedal é a escolha definitiva para o guitarrista profissional que precisa de versatilidade absoluta no palco. O modo "Poly" é onde a mágica moderna acontece, permitindo tocar acordes completos sem falhas no rastreamento.

O recurso inteligente de "Range" permite aplicar o efeito de oitava apenas nas cordas mais graves, mantendo as cordas agudas limpas, o que é perfeito para quem toca sozinho e precisa simular um baixista acompanhante.

Prós
  • Rastreamento polifônico superior com latência imperceptível
  • Modo Vintage fiel ao clássico Boss OC-2
  • Recurso Smart Range para afetar apenas frequências graves
  • Saída dedicada para sinal direto (Direct Out)
Contras
  • Preço elevado comparado a opções de entrada
  • Consumo de energia pode exigir fonte isolada de qualidade

2. JIM DUNLOP MXR Poly Blue Octave M306 (Recursos Modernos)

O MXR Poly Blue Octave não é apenas um oitavador, é uma estação de texturas sonoras. Ele oferece quatro oitavas separadas (duas abaixo e duas acima), cada uma com seu próprio controle de volume.

Isso permite criar paredes sonoras massivas que lembram órgãos de igreja ou sintetizadores analógicos. A inclusão de um fuzz ativável e efeitos de modulação (Phaser/Leslie) torna este pedal uma ferramenta criativa poderosa para guitarristas que buscam sons além do convencional.

Este modelo é ideal para músicos de shoegaze, rock psicodélico ou experimental que desejam um pedal "tudo-em-um" para solos e atmosferas. O modo monofônico oferece um som mais sujo e analógico, enquanto o modo polifônico garante clareza cristalina em acordes complexos.

A capacidade de conectar um pedal de expressão para controlar parâmetros em tempo real eleva a usabilidade para performances ao vivo dinâmicas.

Prós
  • Quatro oitavas independentes (mixagem profunda)
  • Fuzz e modulação integrados para texturas de synth
  • Opção de operação Mono ou Polifônica
  • Construção robusta típica da MXR
Contras
  • Muitos botões em um chassi pequeno podem dificultar ajustes rápidos
  • Curva de aprendizado para dominar todas as funções

3. Mooer Tender Octaver Pro TOC1 (Controle Total de Harmônicos)

O Mooer Tender Octaver Pro se destaca pela granularidade do controle que oferece sobre o som. Diferente de pedais compactos com apenas botões de volume, este modelo possui controles dedicados de "Tone" e volume para as oitavas grave (Sub) e aguda (Upper) separadamente.

Isso significa que você pode ter um sub-grave aveludado e escuro, enquanto mantém a oitava superior brilhante e cortante, criando uma mixagem sonora muito mais refinada e profissional.

Se você é um músico que precisa alternar rapidamente entre configurações complexas, o recurso de presets deste pedal é indispensável. Você pode salvar suas configurações favoritas e acessá-las com o pé, algo raro nessa faixa de preço.

A saída estéreo e a conexão para pedal de expressão fazem dele uma excelente opção para guitarristas de post-rock e ambient que dependem de cadeias de sinal complexas e expansivas.

Prós
  • Controles de equalização independentes para Sub e Upper
  • Capacidade de salvar presets de usuário
  • Pedal de expressão e saídas estéreo
  • Botão Swell para efeitos de volume automático
Contras
  • Ocupa mais espaço no pedalboard (formato duplo)
  • Qualidade do algoritmo digital pode soar um pouco sintética em volumes altos

4. JOYO Voodoo Fuzz JF-12 (Efeito Octave Fuzz Vintage)

O JOYO Voodoo Fuzz JF-12 foge da categoria de oitavadores digitais limpos e entra no território agressivo do "Octave Fuzz". Este pedal não serve para emular um baixo; sua função é recriar o som rasgado e gritante eternizado por Jimi Hendrix.

O efeito de oitava aqui é gerado por retificação analógica, o que significa que a oitava superior "bloom" ou floresce conforme você toca acima do 12º traste, especialmente com o captador do braço.

Este pedal é obrigatório para fãs de blues, rock clássico e stoner rock que buscam aquele timbre "Purple Haze" sem gastar uma fortuna em pedais de boutique. Ele adiciona uma sujeira harmônica rica e imprevisível.

O controle de "Mid Cut" permite esculpir as frequências médias, indo de um som encorpado a um timbre cavado e agressivo, ideal para solos que precisam cortar a mixagem da banda.

Prós
  • Timbre autêntico de Octave Fuzz vintage
  • Preço extremamente acessível
  • Controle de Mid Cut oferece versatilidade de equalização
  • Caixa de metal resistente
Contras
  • Não funciona como um oitavador limpo convencional
  • Efeito de oitava é menos pronunciado em acordes ou notas graves

5. Mooer Pedal Oitavador M730 (Compacto e Digital)

O Mooer M730 (parte da linha compacta da marca) é a solução para quem tem pouco espaço no pedalboard mas não quer sacrificar a funcionalidade. Utilizando algoritmos digitais precisos, ele entrega oitavas limpas e polifônicas.

A simplicidade é seu trunfo: ele foca em entregar o efeito sem colorir excessivamente o sinal original da guitarra, mantendo a integridade do seu timbre base.

Este modelo é perfeito para o guitarrista prático que vê o oitavador como um efeito ocasional para engrossar um refrão ou dar destaque a um riff específico. Sua construção em metal mini é robusta, mas exige uma fonte de alimentação externa, já que não há espaço para bateria.

A resposta dinâmica é surpreendentemente boa para o tamanho, competindo diretamente com unidades muito mais caras.

Prós
  • Formato mini economiza espaço precioso
  • Rastreamento digital limpo e rápido
  • Interface intuitiva e direta
  • True Bypass para não alterar o sinal quando desligado
Contras
  • Não aceita bateria (apenas fonte 9V)
  • Menos opções de escultura de som comparado à versão Pro

6. SONICAKE Pedal de Oitava Analógico Clássico (Custo-Benefício)

O SONICAKE Octave foca na simplicidade e no custo-benefício, entregando um circuito analógico que prioriza a oitava abaixo. Diferente dos pedais digitais polifônicos, este modelo analógico tem uma "sujeira" natural e um comportamento monofônico que muitos guitarristas de garage rock e indie preferem.

Ele reage de forma orgânica ao ataque da palheta, criando um som grosso que flerta com o fuzz quando empurrado com força.

Indicado para iniciantes ou para quem está montando um segundo pedalboard de baixo custo. Ele possui controles individuais para uma e duas oitavas abaixo, permitindo chegar a frequências de sub-grave profundas.

No entanto, seu rastreamento pode falhar se você tentar tocar acordes complexos ou tocar muito rápido, uma característica inerente a circuitos analógicos de entrada que deve ser considerada parte do seu "charme" lo-fi.

Prós
  • Preço muito competitivo
  • Sonoridade analógica quente
  • Controles simples de mixagem (Dry, Oct 1, Oct 2)
  • Tamanho compacto e construção em metal
Contras
  • Rastreamento monofônico instável em acordes
  • Pode apresentar leve queda de volume dependendo da configuração

7. LAURAG AOS-3 Octpus Polifônico (Mini Pedal Versátil)

O LAURAG AOS-3, frequentemente encontrado sob diferentes marcas genéricas, é uma tentativa de trazer a tecnologia polifônica para o segmento de entrada. Ele promete rastrear acordes e notas simples sem os "engasgos" típicos de pedais baratos.

Com modos que variam entre oitavas acima, abaixo e combinações de ambas, ele oferece uma paleta de sons surpreendentemente ampla para seu custo.

Este pedal é uma escolha adequada para estudantes e guitarristas de quarto que querem experimentar com efeitos de oitava sem comprometer o orçamento. Embora não tenha a fidelidade de áudio de um Boss ou MXR, ele cumpre o papel de ferramenta de aprendizado e experimentação.

A carcaça de alumínio garante durabilidade razoável, mas componentes internos como o footswitch podem ser menos resistentes a longo prazo.

Prós
  • Custo extremamente baixo para um pedal polifônico
  • Vários modos de oitava selecionáveis
  • Tamanho mini ideal para setups compactos
Contras
  • Qualidade de áudio inferior (pode soar metálico)
  • Durabilidade dos componentes a longo prazo é questionável

8. RiToEasysports Pedal Fuzz de Oitava (Opção de Entrada)

O RiToEasysports apresenta uma opção básica que combina fuzz com oitava, visando o mercado de entrada absoluto. A proposta aqui é ruído e diversão imediata. Ele não busca ser um oitavador preciso, mas sim um gerador de caos sonoro.

A combinação do fuzz com a oitava cria sons estridentes e comprimidos, úteis para introduções de músicas ou solos caóticos.

Recomendado estritamente para iniciantes que querem brincar com novos sons ou para projetos de noise/punk onde a fidelidade do sinal não é prioridade. A construção é funcional, mas não espere um rastreamento limpo ou separação de notas definida.

É um pedal de efeito "tudo ou nada", onde a falta de sutileza é a característica principal.

Prós
  • Opção mais barata para experimentar octave fuzz
  • Fácil de usar, controles diretos
Contras
  • Alto nível de ruído de fundo
  • Som pouco definido e tracking impreciso
  • Não serve como oitavador limpo

Monofônico vs Polifônico: Qual Tecnologia Escolher?

A distinção entre pedais monofônicos e polifônicos define o que você pode tocar. Pedais **Monofônicos** (geralmente analógicos vintage ou emulações como o modo Vintage do OC-5) conseguem processar apenas uma nota por vez.

Se você tocar um acorde, o pedal se confunde e gera falhas (glitches). No entanto, muitos músicos amam essa imperfeição para riffs de blues e rock, pois o som é mais orgânico, quente e responsivo ao toque.

Já os pedais **Polifônicos** (quase sempre digitais) utilizam processadores poderosos (DSP) para analisar múltiplas frequências simultaneamente. Isso permite tocar acordes abertos, power chords e arpejos complexos com clareza perfeita.

Se você pretende usar o oitavador para simular um órgão, um violão de 12 cordas ou simplesmente quer um som moderno e limpo sem artefatos estranhos, a tecnologia polifônica é a escolha obrigatória.

Octave Fuzz: Recriando Timbres Clássicos dos Anos 60

O efeito "Octave Fuzz" é uma fera diferente. Ao contrário dos oitavadores limpos que usam síntese ou pitch-shifting digital, o Octave Fuzz (como o lendário Octavia usado por Hendrix) usa um circuito analógico para dobrar a frequência da onda sonora através de retificação.

O resultado é uma oitava acima que soa rasgada, metálica e, às vezes, dissonante.

Para obter o melhor desse efeito, você deve usar o captador do braço da guitarra e tocar acima do 12º traste. Nessas condições, a oitava "canta" e se destaca. É um som de nicho, fundamental para o rock psicodélico e o blues elétrico, mas não substitui um oitavador padrão se o seu objetivo é simular um baixo ou adicionar corpo a riffs na região grave.

Controles Dry e Wet: Ajustando a Presença do Efeito

Entender a mixagem de sinal é vital para usar oitavadores. O sinal **Dry** é o som limpo e original da sua guitarra. O sinal **Wet** é o som processado (a oitava gerada). A maioria dos bons pedais permite controlar o volume desses dois sinais independentemente.

Para simular um baixo, você corta totalmente o sinal Dry e aumenta o Wet da oitava abaixo.

Para simular uma guitarra de 12 cordas, você mantém o sinal Dry alto e adiciona sutilmente uma oitava acima (Wet). Já para criar aquele som de "parede sonora" ou dobrar riffs de rock, uma mistura de 50/50 entre Dry e uma oitava abaixo garante que a nota fundamental mantenha o ataque e a definição, enquanto o efeito preenche o espectro grave, dando peso à banda.

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