Melhores Vade Mecuns para Concurso: Qual Comprar?

Thiago Nunes da Silva
Thiago Nunes da Silva
10 min. de leitura

Escolher o material jurídico correto não é apenas uma questão de preferência, mas de estratégia de aprovação. Um Vade Mecum desatualizado ou com um índice confuso pode custar questões preciosas na prova da OAB ou em concursos públicos de alto nível.

O mercado oferece dezenas de opções, mas poucas entregam a organização e a atualização legislativa rigorosa que um candidato sério precisa.

Neste guia, você encontrará uma seleção criteriosa das edições mais recentes e funcionais para 2025. Analisamos a qualidade do papel, a inteligência do índice remissivo, a presença de normas específicas e a ergonomia de leitura.

Se você busca otimizar seu tempo de estudo e garantir segurança na hora da consulta, esta análise vai direcionar seu investimento para a ferramenta certa.

Nossas análises e classificações são completamente independentes de patrocínios de marcas e colocações pagas. Se você realizar uma compra por meio dos nossos links, poderemos receber uma comissão. Diretrizes de Conteúdo

Índice Remissivo e Atualização: O Que Avaliar?

A primeira barreira que você enfrenta em uma prova de segunda fase ou durante o estudo diário é o tempo. O índice remissivo é o motor de busca do seu livro físico. Um índice de qualidade não lista apenas a palavra-chave óbvia; ele conecta sinônimos, institutos jurídicos correlatos e súmulas aplicáveis.

Vade mecuns de qualidade inferior possuem índices genéricos que obrigam o candidato a folhear páginas desnecessariamente, gerando ansiedade e perda de foco.

A atualização legislativa é o segundo pilar inegociável. O ano de 2024 trouxe mudanças significativas no ordenamento jurídico brasileiro, e estudar por uma edição de 2023 é um risco incalculável.

As editoras de ponta fecham suas edições com as leis publicadas até os últimos dias do ano anterior, garantindo que você tenha em mãos as alterações mais recentes do Código Civil, Processual e Legislação Extravagante.

Verifique sempre a data de fechamento da edição na ficha técnica ou na capa.

Os 9 Melhores Vade Mecuns para Concurso do Ano

Selecionamos as obras que dominam o mercado editorial jurídico, avaliando a usabilidade real para estudantes e profissionais. Confira a análise detalhada de cada opção.

1. Vade Mecum Saraiva OAB e Concursos 26ª Edição

O Vade Mecum Saraiva OAB e Concursos é, há anos, a referência segura para a maioria dos examinandos da Ordem. Esta 26ª edição mantém a tradição de um projeto gráfico limpo, que privilegia a leitura rápida.

A Saraiva aposta em um sistema de cores nas laterais que facilita a localização imediata dos códigos principais, algo essencial quando o fiscal de sala avisa que faltam poucos minutos para o fim da prova.

Ele é ideal para quem busca um material generalista, mas com foco total na estrutura das provas da FGV.

Um diferencial técnico importante é o índice remissivo, que foi refinado para incluir termos recorrentes em editais recentes. Se você está se preparando para a 2ª fase da OAB, a correlação entre artigos e súmulas neste volume é excelente, reduzindo o trabalho mental de conectar pontos distintos da legislação.

No entanto, o papel utilizado, embora de qualidade, possui uma gramatura que exige cuidado ao usar marca-textos muito líquidos, sob risco de transferir a tinta para o verso da página.

Prós
  • Índice remissivo altamente intuitivo e voltado para a OAB.
  • Separação lateral por cores agiliza a busca dos códigos.
  • Marca confiável com atualização rigorosa até o fechamento.
Contras
  • Folhas finas exigem cuidado com canetas marca-texto.
  • Peso considerável para transporte diário.

2. Vade Mecum OAB e Concursos 19ª Edição (2025)

A Editora Juspodivm transformou o mercado com este modelo, focando obsessivamente na experiência do usuário. Esta 19ª edição brilha pela inclusão de etiquetas marca-fácil (que o próprio aluno aplica) e um sistema de atualizações online periódicas até o fim do ano corrente.

Para concurseiros que precisam estar em dia com emendas constitucionais publicadas após a compra do livro, esse recurso digital é um salvador de vidas, garantindo a longevidade do material durante o ano letivo.

A diagramação é outro ponto forte. A fonte utilizada é ligeiramente mais agradável aos olhos do que a média dos concorrentes, reduzindo a fadiga visual após horas de estudo da lei seca.

Ele é especialmente recomendado para quem tem memória visual, pois a organização interna favorece a memorização espacial dos artigos. A estrutura de notas remissivas é densa, o que é ótimo para fundamentar peças processuais, mas pode assustar iniciantes que preferem um layout mais limpo.

Prós
  • Sistema de atualizações periódicas online incluso.
  • Fonte e diagramação confortáveis para leitura prolongada.
  • Excelente conjunto de notas remissivas para peças práticas.
Contras
  • Volume físico muito grande, difícil de manusear em mesas pequenas.
  • Preço geralmente superior à média devido aos recursos extras.

3. Vade Mecum Acadêmico de Direito Rideel 41ª Edição

Organizado pela renomada Anne Joyce Angher, o Vade Mecum da Rideel é frequentemente citado por professores como o dono do "melhor índice remissivo do mercado". E não é exagero. A profundidade com que os verbetes são catalogados permite que você encontre teses defensivas e detalhes legislativos que passariam despercebidos em obras mais superficiais.

É a escolha perfeita para o estudante que valoriza a precisão técnica acima de tudo e precisa de uma ferramenta robusta para consultas complexas.

A Rideel também implementou melhorias na qualidade do papel nesta 41ª edição, buscando reduzir a transparência das folhas. O conteúdo de legislação extravagante é vasto, cobrindo editais de carreiras jurídicas de alto nível, como Magistratura e Ministério Público.

Se o seu foco é um concurso que exige conhecimento de leis esparsas menos comuns, a chance de encontrá-las aqui é maior do que nos concorrentes diretos.

Prós
  • Índice remissivo mais detalhado e completo da categoria.
  • Abrangência superior de legislação extravagante.
  • Acabamento resistente para uso intenso.
Contras
  • Layout interno é tradicional e pode parecer denso.
  • Fonte um pouco menor em comparação ao modelo da Juspodivm.

4. Vade Mecum RT 2025 24ª Edição Revista

O selo Revista dos Tribunais (RT), da Thomson Reuters, traz um ar de sobriedade e profissionalismo. Este Vade Mecum é frequentemente a escolha de advogados já atuantes e estudantes que preferem um design minimalista e funcional.

A 24ª edição mantém a excelência editorial com uma revisão minuciosa do texto legal, garantindo zero erros de digitação ou remissão, algo crítico para a segurança jurídica. Ele não tem tantas "firulas" coloridas, focando na clareza do texto.

Este modelo é ideal para quem se distrai facilmente com excesso de cores ou marcadores visuais. A organização é lógica e direta. Um ponto de destaque é a seleção de Súmulas e Orientações Jurisprudenciais, que é curada com foco na prática forense real, servindo tanto para a prova quanto para o estágio ou início de carreira.

Contudo, para a "guerra" da primeira fase da OAB, alguns alunos podem sentir falta de mais destaques visuais para agilizar a busca.

Prós
  • Credibilidade editorial e revisão de texto impecável.
  • Design limpo e minimalista que favorece o foco.
  • Excelente para transição entre estudo e prática profissional.
Contras
  • Falta de recursos visuais coloridos para busca rápida.
  • Menos focado em 'macetes' de prova do que a concorrência.

5. Vade Mecum Saraiva Tradicional 40ª Edição

Diferente da versão "OAB e Concursos", o Vade Mecum Saraiva Tradicional é pensado para o dia a dia acadêmico e profissional geral. Ele é a ferramenta de trabalho por excelência. Sua estrutura é montada para cobrir a grade curricular das faculdades de direito de ponta a ponta.

Se você está no início da graduação ou precisa de um código para consultas de escritório, esta é a compra mais sensata pela durabilidade e abrangência.

A 40ª edição chega com atualizações vitais em Direito Digital e Civil. A diagramação segue o padrão clássico da Saraiva, que muitos estudantes já estão acostumados. Embora sirva perfeitamente para concursos, ele não traz os índices específicos de "matérias mais cobradas na OAB" que a versão irmã possui.

Portanto, é um produto para quem quer uma biblioteca jurídica completa em um único volume, sem o viés exclusivo de "passar na prova".

Prós
  • Cobertura completa para toda a graduação e prática.
  • Encadernação robusta e durável.
  • Atualização abrangente em áreas novas do direito.
Contras
  • Não possui o direcionamento específico de editais de concurso.
  • Índice remissivo menos focado em palavras-chave de provas.

6. Caderno de Estudos da Lei Seca Amarelinho 13ª Ed

O "Amarelinho" da Juspodivm não é um Vade Mecum para consulta em prova, mas uma ferramenta ativa de estudo. Ele foi desenhado para ser riscado, grifado e anotado. O layout apresenta espaçamento maior entre as linhas e colunas laterais dedicadas às suas anotações pessoais.

Para o concurseiro que aprende escrevendo e fazendo resumos ao lado do artigo de lei, este material é insubstituível.

A proposta aqui é facilitar a memorização da letra fria da lei. Ele organiza a legislação de forma sistematizada, agrupando temas que costumam cair juntos. Não tente levar este livro para a segunda fase da OAB, pois ele contém espaços que, se preenchidos, violam as regras de consulta.

Use-o em casa, como seu caderno principal de doutrina resumida e lei seca combinadas pelo seu próprio estudo.

Prós
  • Espaço dedicado para anotações e criação de resumos.
  • Layout otimizado para leitura ativa e memorização.
  • Sistematização temática que agrupa leis correlatas.
Contras
  • Proibido para consulta em provas se estiver anotado.
  • Não substitui um Vade Mecum completo para consulta rápida.

7. Decorando a Lei Seca: Vade Mecum de Questões

Este produto da Rideel ataca uma dor específica: como a lei é cobrada na prática? O "Vade Mecum de Questões" intercala os artigos da legislação com questões reais de concursos anteriores que cobraram aquele exato dispositivo.

É uma metodologia reversa brilhante. Você lê o artigo e imediatamente testa seu entendimento, fixando o conteúdo pela prática e não apenas pela leitura passiva.

É o material perfeito para a fase de revisão final, quando você precisa calibrar seu cérebro para o estilo da banca examinadora. Ele destaca quais partes do artigo são "pegadinhas" frequentes.

No entanto, como material de consulta pura, ele pode ser poluído visualmente devido à inserção das questões, tornando-o menos ágil se você precisa apenas ler a lei rapidamente.

Prós
  • Metodologia ativa com questões intercaladas na lei.
  • Excelente para identificar artigos mais cobrados.
  • Acelera a revisão e fixação de conteúdo.
Contras
  • Leitura menos fluida para quem quer apenas a lei pura.
  • Pode se tornar desatualizado mais rápido se o foco for as questões.

8. Vade Mecum Advocacia Pública Aprovação PGE

Se o seu objetivo é se tornar Procurador do Estado ou do Município, os Vade Mecuns generalistas vão deixar você na mão. Esta edição da Aprovação PGE foca nas normas administrativas, financeiras e tributárias específicas que despencam nesses concursos e que muitas vezes são ignoradas nas edições comuns.

Ele traz resoluções e portarias que são o coração da atuação da Advocacia Pública.

A curadoria é feita por especialistas da carreira, garantindo que você não perca tempo estudando leis que não caem para PGE, ao mesmo tempo que garante acesso a normas obscuras que a banca adora cobrar para diferenciar os candidatos.

É um investimento de nicho: essencial para quem quer PGE/PGM, mas desnecessário para quem foca em carreiras policiais ou tribunais.

Prós
  • Conteúdo ultra-específico para Procuradorias.
  • Inclui normas infralegais raras em Vades comuns.
  • Curadoria feita por aprovados na carreira.
Contras
  • Inútil para concursos fora da área de Advocacia Pública.
  • Menor foco em áreas como Penal e Trabalhista.

9. Vade Mecum Constitucional e Administrativo

Para quem escolheu Direito Constitucional ou Administrativo na 2ª Fase da OAB, carregar um Vade Mecum geral é carregar peso morto. Esta edição temática é compacta, leve e extremamente aprofundada nessas duas disciplinas.

O índice remissivo é construído para resolver peças prático-profissionais dessas áreas específicas, conectando leis administrativas complexas com a Constituição de forma magistral.

A vantagem competitiva aqui é a velocidade. Com menos páginas e foco total, você encontra a fundamentação da sua peça muito mais rápido. Além disso, a portabilidade permite que você leve o material para qualquer lugar sem destruir sua coluna.

É a escolha tática para especialistas e para a prova de segunda etapa.

Prós
  • Portabilidade e leveza incomparáveis.
  • Foco absoluto em Constitucional e Administrativo.
  • Índice remissivo otimizado para peças específicas.
Contras
  • Escopo limitado, não serve para 1ª fase geral.
  • Necessita de complemento se o edital cobrar outras áreas.

Tradicional ou Específico: Qual a Melhor Escolha?

A decisão entre um Vade Mecum Tradicional (Generalista) e um Específico (Temático ou de Carreira) depende inteiramente do seu momento na jornada de estudos. Não existe um vencedor único, mas sim a ferramenta certa para a fase certa.

O **Modelo Tradicional ou OAB/Concursos** é obrigatório para a **1ª Fase da OAB** e para provas objetivas de concursos gerais (Analista, Técnico). Nessas etapas, o edital cobra um leque aberto de matérias, do Direito Civil ao Penal, passando pelo Empresarial.

Você precisa de um "canivete suíço" que cubra tudo.

Já o **Modelo Específico** é a arma secreta da **2ª Fase da OAB** ou de concursos de carreiras de ponta (como a edição para Advocacia Pública). Quando você já definiu sua área de atuação, o Vade Mecum específico elimina o ruído.

Ele remove as leis que não caem e aprofunda nas normas e súmulas que definem a sua nota. Ter um material específico na segunda fase não é luxo, é vantagem competitiva de tempo e precisão.

A Importância da Lei Seca na Preparação

Dados de análises de provas recentes mostram que entre 70% e 80% das questões de primeira fase em concursos e na OAB são respondidas apenas com o conhecimento literal do texto da lei.

Muitos candidatos falham porque estudam excessivamente doutrinas complexas e jurisprudências raras, mas erram o básico que está escrito no Código.

Seu Vade Mecum não deve ser apenas um objeto de consulta eventual, mas seu principal companheiro de leitura diária. A familiaridade física com o livro — saber em qual parte da página fica aquele artigo importante, a memória tátil e visual do papel — cria atalhos mentais que funcionam sob a pressão da prova.

Investir em um material com boa diagramação e usá-lo até gastar as páginas é uma das estratégias mais baratas e eficientes para garantir a aprovação.

Perguntas Frequentes

Conheça nossos especialistas

Artigos Relacionados