Melhores violões de 12 cordas elétricos: Qual o Ideal?

Thiago Nunes da Silva
Thiago Nunes da Silva
8 min. de leitura

A busca pela sonoridade preenchida e o brilho natural de um violão de 12 cordas é um passo importante para qualquer músico. Diferente dos modelos tradicionais, essas versões exigem uma construção robusta para suportar a tensão extra e um sistema de captação competente para transmitir o efeito de "chorus" natural sem embolar o som.

Neste guia, analisamos as opções mais competentes do mercado atual, focando em tocabilidade, timbre e durabilidade.

Tampo, Corpo e Captação: O Que Analisar no Violão?

A escolha da madeira do tampo define a projeção do instrumento. Tampos em Spruce tendem a oferecer um som mais brilhante e estalado, ideal para cortar a mixagem em bandas. Já madeiras como Sapele ou Mogno entregam uma sonoridade mais quente e aveludada, perfeita para preencher espaços em arranjos voz e violão.

No caso das 12 cordas, o brilho excessivo pode ser um problema, então o equilíbrio da madeira é fundamental.

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O formato do corpo influencia diretamente o volume acústico e o conforto. O modelo Folk (Dreadnought) é o padrão da indústria, oferecendo graves potentes. O formato Jumbo, por ter uma caixa de ressonância maior, projeta um volume absurdo e graves profundos, mas pode ser desconfortável para músicos de baixa estatura.

Já a captação piezoelétrica precisa ser de alta qualidade para capturar a vibração das cordas oitavadas sem gerar ruídos indesejados.

Análise: Os 7 Melhores Violões de 12 Cordas Elétricos

1. Violão Tagima Azteca XII Non-Cutaway VSB

O Tagima Azteca XII na cor Vintage Sunburst é uma excelente porta de entrada para o mundo das 12 cordas, equilibrando custo e benefício. Este modelo se destaca pelo corpo em Sapele, que controla os agudos naturais das cordas duplas, entregando um som mais arredondado e menos estridente.

O visual clássico sem o corte (Non-Cutaway) favorece a ressonância interna, garantindo um volume acústico superior quando desplugado.

Este instrumento é ideal para músicos de igreja ou base que não necessitam acessar as últimas casas do braço para solos. O sistema de pré-amplificação TEQ-8 da Tagima oferece controles precisos de equalização, permitindo ajustar graves, médios e agudos diretamente no instrumento.

No entanto, é comum que violões de 12 cordas nessa faixa de preço venham com a ação das cordas um pouco alta de fábrica, exigindo um ajuste inicial.

Prós
  • Acabamento Vintage Sunburst elegante
  • Corpo em Sapele equilibra bem as frequências
  • Pré-amplificador TEQ-8 eficiente
Contras
  • Ausência de Cutaway limita solos em regiões agudas
  • Necessita de regulagem de luthier ao sair da caixa

2. Violão Tagima Azteca XII Non-Cutaway NTABS

A variante NTABS (Natural Amber Satin) do Azteca XII foca em quem prefere a estética da madeira natural com acabamento acetinado. Esse tipo de acabamento não é apenas visual; o verniz fosco permite que a madeira vibre mais livremente em comparação com vernizes brilhantes espessos.

O resultado é uma resposta dinâmica mais rápida, onde o ataque da palhetada é sentido com mais clareza.

Recomendamos este modelo para compositores e músicos que tocam sentados ou em ambientes de estúdio, onde a clareza do som acústico é prioritária. As tarraxas blindadas douradas com botões pretos garantem uma afinação estável, algo crítico em instrumentos de 12 cordas onde a tensão total no braço é elevada.

A tocabilidade é honesta, mas exige força nos dedos para acordes com pestana.

Prós
  • Acabamento acetinado melhora a ressonância
  • Estética natural e sóbria
  • Tarraxas estáveis para manter a afinação
Contras
  • Braço pode parecer robusto demais para mãos pequenas
  • Acesso difícil após a 14ª casa

3. Violão Takamine GD12CE Natural Fosco

O Takamine GD12CE é a escolha definitiva para o músico profissional que precisa de confiabilidade no palco. A construção deste modelo Folk com Cutaway utiliza tampo em Spruce, que projeta o som com muito brilho e definição, característica marcante da marca japonesa.

O pré-amplificador TP-4T é um dos mais respeitados do mercado, entregando um sinal limpo para a mesa de som sem aquele timbre artificial característico de piezos baratos.

Se você toca em grandes sistemas de som e precisa que o violão corte a mixagem sem microfonia excessiva, este é o modelo ideal. O braço possui um perfil confortável que facilita a transição para quem vem das 6 cordas, embora a largura do nut (pestana) seja maior para acomodar os pares extras.

A construção robusta da Takamine inspira confiança para turnês e uso intenso.

Prós
  • Pré-amplificador TP-4T de nível profissional
  • Tampo em Spruce oferece excelente projeção
  • Cutaway permite acesso total à escala
Contras
  • Preço significativamente mais alto que os concorrentes de entrada
  • Som desplugado pode soar um pouco 'duro' inicialmente

4. Violão Tagima Azteca XII Non-Cutaway CAS

O modelo CAS (Cherry Amber Satin) traz uma personalidade visual vibrante para a linha Azteca. A cor avermelhada chama a atenção e funciona muito bem para artistas que buscam presença de palco.

Em termos de sonoridade, ele mantém a consistência da linha, com um timbre encorpado favorecido pelo corpo 'cheio' sem corte. É um instrumento que preenche o ambiente, ideal para apresentações solo em bares e restaurantes.

Para quem faz base e ritmo, a ausência do cutaway é compensada pelo ganho em volume e graves. O pré-amplificador permite correções rápidas de equalização, essencial quando se muda de ambiente acústico.

Contudo, músicos acostumados com braços finos de guitarra elétrica podem estranhar a pegada mais larga necessária para abrigar as 12 cordas neste modelo.

Prós
  • Visual Cherry Amber diferenciado
  • Boa resposta de graves
  • Relação custo-benefício atrativa
Contras
  • Pode apresentar trastejamento se tocado com muita força sem regulagem
  • Não indicado para solistas

5. Violão Ibanez PF1512ECE Eletroacústico Natural

A Ibanez traz sua expertise em braços rápidos para o mundo acústico com o PF1512ECE. Este modelo é a recomendação principal para guitarristas que estão migrando para o violão de 12 cordas e temem a dificuldade de adaptação.

O perfil do braço é ergonomicamente desenhado para reduzir a fadiga da mão esquerda, facilitando a execução de acordes complexos por longos períodos.

Equipado com o pré-amplificador AEQ-2T e afinador integrado, o violão oferece praticidade imediata. A construção Dreadnought com Cutaway garante versatilidade. O som é equilibrado, embora alguns puristas possam achar o timbre acústico um pouco menos encorpado que o da Takamine ou os modelos Jumbo.

É uma ferramenta de trabalho eficiente, focada em tocabilidade e conforto.

Prós
  • Ergonomia do braço superior à média
  • Afinador integrado muito preciso
  • Excelente para guitarristas em transição
Contras
  • Volume acústico desplugado moderado
  • Captação pode soar um pouco magra sem equalização externa

6. Violão Tagima Solaris XII Medium Jumbo

O Tagima Solaris XII se destaca pelo seu formato Medium Jumbo. Esta característica física confere ao instrumento uma câmara de ressonância ampliada, resultando em um som "gigante", rico em harmônicos e com graves que sustentam a música.

É a escolha perfeita para quem toca desplugado em rodas de amigos ou ambientes acústicos e precisa competir com vozes altas ou percussão.

O visual é moderno e o acabamento costuma ser um ponto forte da série Solaris. No entanto, o corpo Jumbo tem seu preço: a ergonomia. Músicos de menor estatura podem achar o instrumento grande e cansativo para tocar em pé por muitas horas.

Se o seu foco é o "paredão sonoro" das 12 cordas, este modelo entrega essa experiência com sobras.

Prós
  • Volume e projeção sonora impressionantes
  • Graves profundos e definidos
  • Design imponente
Contras
  • Corpo grande pode ser desconfortável para alguns
  • Exige case (estojo) específico devido ao tamanho

7. Violão Tagima Azteca XII Non-Cutaway BKS

Fechando a lista, temos a versão Black Satin (BKS) do Azteca XII. A cor preta fosca é a preferida de músicos de rock, metal e estilos alternativos que utilizam o violão de 12 cordas para introduções atmosféricas ou baladas pesadas.

A construção segue o padrão da linha, com tampo laminado resistente a mudanças climáticas, o que é um bônus para quem transporta o instrumento com frequência.

Este violão é um "cavalo de batalha". Ele não oferece a sofisticação de madeiras maciças de modelos caros, mas entrega durabilidade e um som honesto. A captação funciona bem com pedais de efeito como chorus e reverb, expandindo as possibilidades sonoras.

O acabamento preto, contudo, tende a mostrar marcas de dedos e oleosidade com mais facilidade, exigindo limpeza constante.

Prós
  • Estética Rock/Metal agressiva
  • Construção resistente a variações de temperatura
  • Bom custo para iniciantes nas 12 cordas
Contras
  • Acabamento marca facilmente com digitais
  • Cordas de fábrica geralmente de baixa qualidade

Diferenças entre Modelos Cutaway e Non-Cutaway

A decisão entre um modelo com corte (Cutaway) e um sem corte (Non-Cutaway) vai além da estética. Os violões Cutaway, como o Takamine GD12CE e o Ibanez PF1512ECE, possuem um recorte na parte inferior do corpo que permite à mão esquerda alcançar as casas mais agudas (acima da 14ª).

Isso é essencial para guitarristas que fazem solos ou arranjos complexos em regiões altas do braço.

Por outro lado, os modelos Non-Cutaway, como a linha Tagima Azteca, preservam a integridade total da caixa de ressonância. Isso resulta em um volume acústico ligeiramente maior e uma resposta de graves mais completa, pois há mais madeira vibrando e mais espaço interno para o ar circular.

Se você toca principalmente acordes abertos e ritmo, o modelo sem corte oferece uma sonoridade mais tradicional e preenchida.

Equalização e Afinador: Vantagens do Violão Elétrico

A principal vantagem de um violão de 12 cordas elétrico (eletroacústico) é o controle sobre o som. As 12 cordas geram muitas frequências agudas e harmônicos que podem se tornar estridentes em um sistema de som.

O equalizador embutido no pré-amplificador permite cortar esses excessos e dar corpo ao som, ajustando graves e médios para se adequar à acústica do local.

Além disso, a afinação é o maior desafio desses instrumentos. Ter um afinador cromático integrado é uma necessidade, não um luxo. Com 12 tarraxas para ajustar, a afinação visual rápida entre uma música e outra salva a apresentação.

Modelos com afinadores que cortam o som (mute) quando acionados são ainda melhores para o palco.

Cuidados Essenciais com a Tensão das 12 Cordas

  • Use cordas leves: Prefira encordoamentos 0.010. Cordas mais pesadas podem empenar o braço ou descolar o cavalete.
  • Afinação padrão ou abaixo: Muitos músicos afinam o violão meio tom ou um tom abaixo para reduzir a tensão no tampo e facilitar a tocabilidade.
  • Hidratação da escala: Como a pressão dos dedos é maior, o desgaste da escala também é. Mantenha a madeira hidratada com óleo de limão.
  • Verificação do cavalete: Fique atento a qualquer sinal de que o cavalete está levantando. A tensão das 12 cordas é quase o dobro da de um violão comum.

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