Melhores Violões de Aço com Pré Amplificador Fishman: Qual o Melhor?

Thiago Nunes da Silva
Thiago Nunes da Silva
12 min. de leitura

Escolher um violão de aço elétrico vai muito além da estética. Para o músico que pretende tocar plugado, seja em um barzinho, na igreja ou em grandes palcos, a qualidade do sistema de pré-amplificação é o coração do instrumento.

Muitos buscam especificamente a tecnologia Fishman pela sua reputação lendária de fidelidade sonora, mas o mercado evoluiu com sistemas proprietários que rivalizam e até superam os padrões clássicos.

A busca pelo timbre perfeito envolve entender como a madeira interage com a eletrônica para entregar aquele som cristalino e encorpado que corta a mixagem.

Neste guia definitivo, analisamos uma seleção rigorosa de instrumentos que entregam performance profissional. Você encontrará desde modelos com tecnologias revolucionárias de reverb natural até os clássicos 'cavalos de batalha' para o dia a dia.

O foco aqui é te ajudar a entender não apenas qual violão é o melhor, mas qual sistema de captação e construção atende especificamente à sua necessidade de palco e gravação.

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Captação e Pré-Amp: O Segredo do Timbre Plugado

A alma de um violão elétrico reside no seu sistema de captação. A maioria dos modelos modernos utiliza o sistema Piezo, um cristal posicionado sob o rastilho que capta a vibração direta das cordas.

No entanto, a 'mágica' acontece no pré-amplificador. Um bom pré, como os encontrados em sistemas Fishman ou nos proprietários da Takamine e Yamaha, não serve apenas para aumentar o volume.

Ele é responsável por casar a impedância, evitar que o som fique anasalado (o temido som de 'pato') e oferecer ferramentas de escultura tonal.

Recursos como equalizadores de 3 ou 4 bandas (graves, médios, agudos e presença) são essenciais para corrigir a acústica de diferentes ambientes. Além disso, o controle de 'Notch' ou inversão de fase é vital para quem toca ao vivo, pois ajuda a eliminar a microfonia (feedback) em volumes altos.

Ao escolher seu instrumento, observe se o pré-amplificador oferece afinador embutido com visor iluminado, uma ferramenta indispensável para ajustes rápidos em palcos escuros.

Análise: Os 10 Melhores Violões de Aço Selecionados

1. Violão Yamaha FG TA Transacoustic Aço Preto

O Yamaha FG TA Transacoustic redefine o que esperamos de um violão elétrico e merece o topo desta lista por sua inovação tecnológica. Diferente de sistemas tradicionais que dependem de amplificadores externos para efeitos, este instrumento possui um atuador instalado na superfície interna do fundo do corpo.

Isso permite que você ouça efeitos de Reverb (Room e Hall) e Chorus saindo da própria caixa de ressonância do violão, sem precisar plugar em nada. Para compositores e músicos que tocam em ambientes intimistas, essa experiência imersiva é inspiradora e única no mercado.

Em termos de construção, estamos falando de um corpo Western Tradicional (Folk) com tampo sólido em Spruce, o que garante uma projeção sonora rica e harmônicos brilhantes que evoluem com o tempo.

Quando plugado através de sua saída Line Out, o sistema System70 atua como um pré-amplificador de altíssima fidelidade, enviando o sinal com os efeitos já processados para a mesa de som.

É a escolha definitiva para o músico criativo que busca uma sonoridade premium e recursos que dispensam pedais externos em apresentações solo.

Prós
  • Efeitos de Reverb e Chorus funcionam desplugado
  • Tampo sólido em Spruce para maior ressonância
  • Construção robusta e acabamento premium Yamaha
  • Timbre encorpado com graves profundos
Contras
  • Preço elevado comparado a modelos de entrada
  • Consumo de pilhas pode ser alto se usar efeitos constantemente

2. Violão Folk Strinberg SD200C Tos Elétrico

O Strinberg SD200C é amplamente reconhecido como o 'rei do custo-benefício' no cenário nacional, sendo uma presença constante em igrejas e bares. Este modelo Folk de corpo inteiro oferece um volume acústico natural muito satisfatório, com graves presentes que preenchem o ambiente.

O acabamento TOS (Tobacco Satin) confere um visual rústico e elegante, muito procurado por quem aprecia uma estética mais vintage e sóbria. A construção laminada é robusta, ideal para quem transporta o instrumento frequentemente e precisa de resistência a mudanças climáticas.

Ele vem equipado com o pré-amplificador SE-60 (ou similar da marca), que é muito competente em sua proposta. Embora não leve a marca Fishman no chassi, a qualidade de equalização e a clareza do afinador digital são comparáveis aos sistemas de entrada de grandes marcas internacionais.

Para o músico intermediário que precisa de um instrumento de trabalho confiável, com saída balanceada XLR para conectar direto na medusa sem ruídos, este Strinberg é a aposta mais segura.

Prós
  • Excelente projeção de volume acústico
  • Saída XLR balanceada e P10
  • Afinador digital preciso e rápido
  • Ótima relação custo-benefício
Contras
  • Cordas de fábrica geralmente precisam de troca imediata
  • Ação das cordas pode vir alta, exigindo regulagem

3. Violão Folk Strinberg SD200C MGS Mogno Fosco

Variação direta do modelo anterior, o SD200C MGS se destaca pelo uso do Mogno (Mahogany) em todo o corpo, o que altera significativamente a assinatura sonora. Enquanto modelos em Spruce focam no brilho, este violão entrega um som mais quente, com médios-graves acentuados e um 'sustain' amadeirado muito agradável.

É um instrumento visualmente impactante, com acabamento fosco que não deixa marcas de dedos e oferece uma sensação tátil mais natural e veloz no braço.

Este modelo é perfeito para quem faz base e acompanhamento vocal, pois suas frequências não brigam com a voz humana, criando uma cama sonora aveludada. O sistema de captação mantém o padrão de qualidade da linha SD, com controles de graves, médios, agudos, presença e notch filter.

Se você busca uma sonoridade menos estalada e mais doce para estilos como Folk, Blues ou MPB, a construção em mogno deste Strinberg é a escolha acertada.

Prós
  • Timbre quente e focado nos médios
  • Estética em mogno fosco muito atraente
  • Braço confortável com acabamento acetinado
  • Pré-amplificador com filtro Notch anti-feedback
Contras
  • Menor brilho nos agudos comparado ao Spruce
  • Tarraxas cumprem a função mas são simples

4. Violão Strinberg SF200C MGS Flat Elétrico

Entrando na categoria dos modelos de caixa estreita, o Strinberg SF200C é a solução ideal para o músico de palco que toca em volumes elevados. Por ter o corpo 'Flat' (mais fino), ele movimenta menos ar internamente, o que o torna naturalmente resistente à realimentação (feedback) quando posicionado próximo a retornos de palco ou amplificadores.

O conforto ergonômico é outro ponto alto; ele fica muito mais próximo ao corpo do músico, facilitando a execução para quem toca em pé por longas horas.

A sonoridade desplugada é mais contida, com menos graves profundos do que um Folk tradicional, mas ao ser ligado no sistema de som, ele brilha. A captação responde rápido aos ataques da palheta, oferecendo um som percussivo e definido.

É a recomendação principal para guitarristas que migram para o violão e estranham a caixa grande dos modelos clássicos, ou para músicos de bandas de pop/rock onde o violão precisa 'furar' a mixagem sem embolar.

Prós
  • Corpo fino extremamente confortável
  • Alta resistência a microfonia em palco
  • Braço rápido e ergonômico
  • Ideal para tocar em pé
Contras
  • Volume acústico baixo quando desplugado
  • Graves menos profundos devido à caixa menor

5. Violão Medium Jumbo Elegance Cutaway EQ Aço

Este modelo da linha Michael Elegance se posiciona como uma opção sofisticada para quem busca o formato Medium Jumbo. Este shape é um meio-termo interessante: possui as curvas generosas de um Jumbo, garantindo graves poderosos, mas com dimensões ligeiramente reduzidas para não comprometer o conforto.

O design com Cutaway (o corte na parte inferior do corpo) é profundo, permitindo acesso facilitado às últimas casas da escala para solos e arranjos mais complexos.

O sistema de equalização deste instrumento costuma vir equipado com controles precisos e saída dupla (XLR e P10). Ele se destaca pela projeção sonora agressiva. É um violão que fala alto.

Recomendado para líderes de louvor ou cantores sertanejos que precisam de um instrumento com presença visual marcante e som cheio para preencher a música quando há poucos instrumentos na banda.

Prós
  • Formato Medium Jumbo oferece graves potentes
  • Cutaway profundo facilita solos agudos
  • Visual moderno e acabamento detalhado
  • Boa projeção sonora
Contras
  • Pode ser grande demais para pessoas de baixa estatura
  • Peso um pouco superior à média

6. Violão Strinberg Folk SD200C HBS com Capa

O SD200C HBS é essencialmente a versão com acabamento Honey Burst (um degradê cor de mel) do clássico SD200. A inclusão da capa neste pacote agrega um valor significativo, pois protege o investimento desde o primeiro dia.

A pintura 'Burst' é aplicada com qualidade, dando um ar de instrumento boutique que custa muito mais do que a etiqueta de preço sugere. A sonoridade mantém a consistência da linha SD: equilibrada, versátil e pronta para qualquer estilo musical.

Este kit é ideal para estudantes e iniciantes sérios que não querem se preocupar em comprar acessórios básicos separadamente. A eletrônica ativa garante que você possa estudar com fones (se ligado a uma interface) ou tocar em pequenos amplificadores com qualidade.

Se a estética é um fator decisivo para você e o visual 'sunburst' te agrada, esta é a versão mais estilosa do violão mais vendido da categoria.

Prós
  • Acabamento Honey Burst muito bonito
  • Já acompanha capa de proteção
  • Versatilidade para todos os estilos musicais
  • Afinador embutido de fácil leitura
Contras
  • Capa inclusa geralmente é simples (sem acolchoamento pesado)
  • Verniz brilhante pode marcar digitais facilmente

7. Violão Flat Strinberg SF14 CEQ Preto

O SF14 é a porta de entrada para o mundo dos violões flat da Strinberg. Diferente da série 200, este modelo tem uma construção mais simplificada e leve, focando totalmente na praticidade e no baixo custo.

O acabamento preto brilhante é clássico e discreto, funcionando bem em qualquer contexto visual. Seu braço é notavelmente fino, o que facilita muito a formação de acordes com pestana para quem ainda não tem a força total nas mãos.

Embora seja um modelo de entrada, a eletrônica não deixa a desejar para o propósito. O pré-amplificador entrega um som limpo quando plugado. É a recomendação número um para estudantes que estão saindo do violão de nylon para o aço e buscam um instrumento que não machuque tanto os dedos e o corpo durante a adaptação, ou para quem precisa de um 'violão de batalha' barato para levar em viagens sem medo.

Prós
  • Extremamente leve e portátil
  • Preço muito acessível
  • Braço confortável para mãos pequenas
  • Estética preta neutra e elegante
Contras
  • Som desplugado é magro e sem graves
  • Tarraxas mais simples podem exigir reafinação frequente

8. Violão Flat Strinberg SF14 CEQ Natural

Tecnicamente idêntico ao modelo preto acima, o SF14 na cor Natural expõe a madeira do tampo, oferecendo um visual mais tradicional e orgânico. A vantagem prática dos acabamentos naturais e claros é que eles tendem a esconder melhor pequenos riscos e poeira do dia a dia em comparação com os acabamentos pretos 'black piano'.

A sonoridade plugada mantém a característica 'estalada' e brilhante dos flats de entrada.

Este modelo é frequentemente escolhido por escolas de música como instrumento de sugestão para alunos. O pré-amplificador com afinador cromático facilita a vida do iniciante, permitindo manter o instrumento afinado sem depender de clipes externos ou aplicativos de celular.

Se você busca a ergonomia do corpo flat mas prefere a estética da madeira visível, esta é a sua opção.

Prós
  • Acabamento natural disfarça riscos e poeira
  • Ergonomia excelente para iniciantes
  • Eletrônica funcional com afinador
  • Baixo custo de aquisição
Contras
  • Timbre acústico limitado pela caixa fina
  • Acabamento do traste pode precisar de polimento

9. Violão Waldman DCE-41 DNB Elétrico Aço

A Waldman entra na disputa com o DCE-41, um modelo Dreadnought (Folk) que busca entregar o máximo de recursos pelo menor preço possível. O visual 'DNB' geralmente remete a um acabamento sunburst escuro ou natural com bordas esfumaçadas, muito bonito.

A construção segue o padrão da categoria, com madeiras laminadas que priorizam a durabilidade. O som é honesto, com bom volume e ataque, típico de violões com caixa grande.

O sistema de captação é simples, mas eficiente para amplificação básica. É um violão direcionado para quem está com o orçamento apertado mas não quer abrir mão de ter um instrumento de aço com corte cutaway e capacidade de ser ligado em caixas de som.

Funciona muito bem como um primeiro violão para tocar em rodas de amigos ou para iniciar os estudos em casa.

Prós
  • Preço extremamente competitivo
  • Visual atraente
  • Corpo Folk com bom volume
  • Cutaway para acesso às notas agudas
Contras
  • Componentes eletrônicos de entrada
  • Controle de qualidade pode variar entre unidades

10. Violão Elétrico Aço GD-1 EQ TS Tabaco

Este modelo é um Takamine da série G, uma referência mundial em violões elétricos de performance. O GD10 (frequentemente listado como GD-1) é famoso por seu pré-amplificador TP-4T.

Embora a busca seja por Fishman, é impossível não mencionar que o sistema da Takamine é o grande rival histórico, oferecendo uma estabilidade de sinal e uma qualidade de timbre plugado que muitos consideram superior em clareza e 'punch'.

O acabamento Tabaco Sunburst é impecável, demonstrando um controle de qualidade superior.

Para o músico profissional ou semiprofissional, este é o investimento mais seguro da lista ao lado do Yamaha. A construção é sólida, a escala é precisa e a captação é projetada para não dar dor de cabeça ao vivo.

O som é equilibrado, com graves controlados e agudos cristalinos que não ferem o ouvido. Se você quer um som profissional de linha direto no PA, o pré da Takamine é uma garantia de qualidade.

Prós
  • Pré-amp TP-4T de qualidade profissional
  • Construção e acabamento superiores
  • Timbre plugado referência de mercado
  • Valor de revenda excelente
Contras
  • Preço mais elevado que os modelos de entrada
  • Acompanha apenas o básico, sem capa ou acessórios

Folk, Flat ou Jumbo: Qual Corpo Favorece o Som?

O formato do corpo dita a física do som. O modelo **Folk (Dreadnought)**, como o Strinberg SD200C e o Takamine GD1, é o padrão da indústria. Ele oferece o melhor equilíbrio entre graves, volume e agudos, sendo versátil para dedilhados e batidas com palheta.

É a escolha segura para quem quer um som 'cheio' tanto acústico quanto plugado.

Já os modelos **Flat** (como a linha SF da Strinberg) sacrificam o volume acústico em nome do conforto e controle. Por terem a caixa de ressonância fina, eles não projetam muito som desplugados, mas são armas poderosas no palco, pois evitam a microfonia.

Por fim, o **Jumbo e Medium Jumbo** são os 'canhões' sonoros, com caixas grandes e arredondadas que privilegiam graves profundos e volume máximo, ideais para quem toca base com muita energia.

Madeiras e Acabamento: Impacto na Projeção Sonora

A escolha da madeira não é apenas estética. O **Spruce (Abeto)**, encontrado no tampo do Yamaha e de vários Strinbergs, é uma madeira clara que vibra com facilidade, proporcionando um som brilhante, articulado e com muita projeção de agudos.

É ideal para quem busca clareza nota por nota.

Em contrapartida, o **Mogno (Mahogany)**, visto nos modelos 'MGS', é uma madeira mais densa. Ela 'comprime' levemente o som, resultando em um timbre mais quente, com foco nos médios e um sustain mais longo.

O acabamento também influi: vernizes brilhantes (Gloss) protegem mais e dão um som mais focado, enquanto acabamentos foscos (Satin) permitem que a madeira vibre mais livremente, oferecendo uma sonoridade mais 'aerada' e natural.

Equalização Ativa vs Passiva: Qual Escolher?

No universo dos violões de aço, a captação **Ativa** é a rainha absoluta. Isso significa que o violão possui um pré-amplificador alimentado por bateria (geralmente 9V) embutido no corpo.

Esse sistema pré-amplifica o sinal fraco do captador piezo antes de enviá-lo pelo cabo, garantindo um som forte, com menos ruído de interferência e permitindo equalização direta no instrumento.

Sistemas passivos não usam bateria, mas dependem de um amplificador externo de alta qualidade ou de um 'Direct Box' para soarem bem, caso contrário, o som fica magro e sem vida. Para 99% dos usuários, desde iniciantes até profissionais de barzinho, o sistema ativo (como os encontrados em todos os modelos listados neste guia) é a escolha correta pela praticidade de plugar e tocar com som pronto.

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