Pedais de Oitavador Para Guitarra Reviews: O Melhor?

Thiago Nunes da Silva
Thiago Nunes da Silva
6 min. de leitura

Escolher um pedal oitavador pode transformar seu som, adicionando peso com oitavas graves ou brilho com oitavas agudas. A decisão, contudo, gera uma dúvida comum: vale a pena investir em um modelo premium ou uma opção acessível entrega o que você precisa?

Este guia compara diretamente um padrão da indústria, o Electro-Harmonix Pico POG, com um popular pedal custo-benefício, o Mooer M730. Analisamos o tracking, a qualidade do timbre e os recursos de cada um para que você possa fazer a escolha certa para sua música e seu orçamento.

Como Escolher um Pedal Oitavador? Pontos Essenciais

Antes de decidir, entenda os fatores que definem um bom pedal oitavador. Sua escolha depende diretamente do seu estilo de tocar e dos sons que você pretende criar.

Nossas análises e classificações são completamente independentes de patrocínios de marcas e colocações pagas. Se você realizar uma compra por meio dos nossos links, poderemos receber uma comissão. Diretrizes de Conteúdo

  • Tracking: É a capacidade do pedal de 'ler' as notas que você toca. O tracking monofônico processa uma nota por vez, ideal para riffs e solos. Já o tracking polifônico consegue processar acordes inteiros sem falhas, essencial para simular órgãos ou guitarras de 12 cordas.
  • Tipos de Oitava: Verifique se o pedal oferece oitava abaixo (Sub), oitava acima (Upper), ou ambas. A oitava abaixo adiciona um som grave, similar a um baixo. A oitava acima cria um efeito brilhante e etéreo.
  • Controles de Mix: Um controle 'Dry' permite dosar o volume do seu sinal limpo, enquanto os controles de oitava ajustam o volume do efeito. O balanço entre eles é a chave para um timbre equilibrado.
  • Bypass: Pedais 'true bypass' removem o circuito completamente do seu sinal quando desligados, preservando seu timbre original. Pedais com 'buffer' mantêm o sinal forte em cadeias longas de pedais, mas podem colorir levemente o som.

Análise: Os 2 Melhores Pedais de Oitavador do Mercado

Analisamos dois modelos que representam os extremos do mercado: o acessível e compacto Mooer M730 e o aclamado e preciso Electro-Harmonix Pico POG. A diferença de preço é grande, mas a performance justifica a escolha de cada um para perfis de guitarristas distintos.

1. Mooer Pedal Oitavador M730 Digital

O Mooer M730, também conhecido como Tender Octaver MKII em outras versões, é a definição de um pedal custo-benefício. Com seu formato mini, ele economiza espaço precioso no pedalboard.

Seus três controles, Sub, Upper e Dry, são extremamente intuitivos e permitem que você molde seu som rapidamente. Ele oferece um tracking digital que surpreende pelo preço, lidando bem com linhas de nota única para adicionar peso a riffs ou um brilho sutil a solos.

É uma porta de entrada fantástica para o mundo dos oitavadores.

Este pedal é a escolha perfeita para o guitarrista que deseja explorar efeitos de oitava sem comprometer o orçamento. Se você toca principalmente riffs e solos e precisa de uma ferramenta para encorpar seu som, o Mooer M730 entrega um resultado satisfatório.

Ele também é ideal para músicos que montam pedalboards compactos ou que precisam de um oitavador para usar em poucas músicas. Para quem busca uma ferramenta simples e funcional, sem a necessidade de um tracking polifônico impecável, este modelo é imbatível.

Prós
  • Preço extremamente competitivo.
  • Formato de pedal compacto, ideal para pedalboards cheios.
  • Controles simples e diretos.
  • Modos 'Fat', 'Tight' e 'Swell' adicionam versatilidade.
Contras
  • O tracking em acordes pode apresentar falhas e artefatos sonoros.
  • O timbre das oitavas é notavelmente digital, faltando a organicidade de modelos mais caros.
  • O modo 'Swell' tem uma resposta que pode não agradar a todos.

2. Electro-Harmonix Pico POG Oitavador Polifônico

O Electro-Harmonix Pico POG condensa o lendário algoritmo do POG em um chassi compacto. Sua fama se deve a um único fator: o tracking polifônico impecável. Ele processa acordes complexos com uma clareza e precisão que poucos concorrentes conseguem igualar.

Isso abre um leque de possibilidades sonoras, desde a simulação convincente de uma guitarra de 12 cordas até a criação de texturas que lembram um órgão. Além dos controles de Sub Octave, Octave Up e Dry, ele inclui um botão de filtro (Tone) com três modos, permitindo ajustar a equalização das vozes de oitava, adicionando uma camada extra de controle tonal.

Para o músico que não aceita concessões na qualidade do som, o Pico POG é a escolha definitiva. Se você precisa de um oitavador para gravações em estúdio ou para performances ao vivo onde a falha não é uma opção, o investimento se justifica.

É o pedal ideal para guitarristas que usam acordes e harmonias complexas e querem adicionar camadas de oitava sem perder a definição. Se seu objetivo é criar um efeito de órgão com guitarra ou dobrar melodias com perfeição, a performance superior do tracking polifônico do Pico POG faz toda a diferença.

Prós
  • Tracking polifônico líder da indústria, sem falhas ou latência.
  • Timbre natural e musical das oitavas.
  • Controle de filtro (Tone) com 3 modos para maior versatilidade.
  • Construção robusta e circuito true bypass.
Contras
  • Preço significativamente mais elevado que as opções de entrada.
  • A simplicidade pode ser uma limitação para quem busca mais parâmetros de modulação.

Tracking Polifônico vs. Digital: Qual a Diferença?

Entender a diferença entre os tipos de tracking é fundamental. Um pedal com tracking monofônico, geralmente encontrado em modelos mais antigos ou de baixo custo, é projetado para detectar e processar uma nota por vez.

Ao tocar um acorde, o circuito pode ficar 'confuso', resultando em notas que falham ou sons instáveis. Funciona bem para linhas melódicas simples, mas limita a aplicação harmônica.

O tracking polifônico, por outro lado, usa algoritmos avançados para identificar e processar múltiplas notas simultaneamente. Isso significa que você pode tocar um acorde completo e o pedal irá gerar as oitavas correspondentes para cada nota de forma limpa e estável.

Esta é a tecnologia que permite criar o famoso efeito de órgão com guitarra ou simular outros instrumentos, pois mantém a integridade harmônica do que você está tocando. O Pico POG é um mestre nisso, enquanto o Mooer M730, sendo primariamente monofônico, luta com essa tarefa.

Pico POG vs. Mooer M730: Comparativo Direto

  • Tracking de Acordes: Vitória clara para o Pico POG. Seu tracking polifônico é preciso e musical, enquanto o Mooer apresenta falhas.
  • Qualidade do Timbre: O Pico POG oferece um som mais orgânico e natural. As oitavas do Mooer têm um caráter mais digital e sintético, o que pode ser um efeito desejado por alguns, mas é geralmente visto como menos refinado.
  • Versatilidade: O Pico POG leva vantagem com seu controle de Tone, que permite esculpir o som das oitavas. O Mooer aposta na simplicidade, o que é bom para ajustes rápidos, mas oferece menos opções.
  • Custo-Benefício: O Mooer M730 é o campeão indiscutível aqui. Ele oferece 80% da funcionalidade para solos e riffs por uma fração do preço, tornando-o uma escolha inteligente para orçamentos limitados.

Controles Essenciais: Dry, Wet e Oitavas

A maioria dos oitavadores compartilha uma estrutura de controle similar, que é a chave para mixar o efeito ao seu gosto. O knob 'Dry' controla o volume do seu sinal original de guitarra.

Deixá-lo alto mantém o ataque e a clareza da sua palhetada. Os controles 'Sub' (oitava abaixo) e 'Upper' ou 'Octave Up' (oitava acima) funcionam como controles de volume para as oitavas geradas.

Para um som de baixo acompanhando sua guitarra, você aumentaria o 'Sub' e manteria o 'Upper' baixo. Para um efeito de brilho, o contrário. A mágica acontece ao encontrar o equilíbrio perfeito entre os três sinais.

Perguntas Frequentes

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