Pneus de Mountain Bike Para Terra Reviews: 9 Análises

Thiago Nunes da Silva
Thiago Nunes da Silva
13 min. de leitura

Escolher o pneu certo para sua mountain bike define a qualidade do seu pedal em trilhas de terra. A aderência em curvas, a capacidade de tração em subidas íngremes e a segurança em descidas velozes dependem diretamente da borracha em contato com o solo.

Este guia analisa em detalhes 9 dos pneus mais populares do mercado, ajudando você a encontrar a opção ideal para seu estilo de pilotagem, tipo de terreno e orçamento. Avaliamos desde modelos de entrada para uso recreativo até pneus de alta performance para competidores.

Como Escolher o Pneu MTB Certo Para Terra?

A escolha do pneu ideal vai além do aro da sua bicicleta. Você precisa considerar quatro fatores principais para garantir a melhor performance em terrenos de terra. O primeiro é a largura do pneu, medida em polegadas.

Pneus mais largos (2.2 a 2.4) oferecem maior área de contato, resultando em mais tração e conforto, ideais para terrenos soltos e técnicos. Pneus mais estreitos (1.9 a 2.1) são mais leves e rápidos, perfeitos para terra batida e estradões.

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O desenho dos cravos é outro ponto fundamental. Cravos altos e espaçados são excelentes para "cavar" terrenos macios ou com lama, garantindo tração. Cravos baixos e juntos rolam mais rápido e são indicados para solos duros e secos.

O composto da borracha determina o equilíbrio entre aderência e durabilidade. Compostos macios grudam mais nas pedras e raízes, mas se desgastam rapidamente. Compostos duros duram mais e oferecem menor resistência à rolagem.

Por fim, a contagem de TPI (fios por polegada) na carcaça do pneu indica sua flexibilidade: um TPI mais alto significa um pneu mais leve e que se molda melhor ao terreno.

Análise Completa: Os 9 Melhores Pneus Para Terra

A seguir, analisamos cada modelo, apontando seus pontos fortes, limitações e para qual tipo de ciclista cada um é mais indicado.

1. Pneu Flame Balão 26 x 2.125 Freeride e Dirt

O Pneu Flame Balão tem um design que remete às origens do MTB, com um perfil mais liso e cravos baixos. Sua proposta é voltada para o uso urbano, em bicicletas de estilo praiano ou para quem pratica Dirt Jump em rampas de terra batida.

A largura de 2.125 polegadas oferece um bom volume de ar, o que ajuda a absorver pequenas irregularidades do asfalto e de estradões bem conservados. A estrutura de arame torna a instalação simples e o custo bastante acessível.

Este pneu é a escolha ideal para ciclistas que usam a bicicleta como meio de transporte ou para passeios leves em parques e ciclovias, com incursões ocasionais em terra plana e seca.

Ele não foi projetado para trilhas técnicas. Se você busca performance em subidas íngremes ou segurança em curvas com terra solta, os cravos mínimos e o composto simples do Flame não entregarão a tração necessária.

É um pneu para quem prioriza o estilo retrô e o uso casual, não a performance no mountain bike.

Prós
  • Visual estiloso para projetos de bicicletas urbanas e retrô.
  • Boa rolagem em asfalto e terra batida.
  • Preço extremamente acessível.
Contras
  • Tração quase nula em lama, raízes ou terra solta.
  • Composto da borracha de baixa durabilidade.
  • Inadequado para qualquer prática séria de MTB.

2. Pneu Levorin Excess MTB 26x1.95

O Levorin Excess é um clássico pneu de entrada para bicicletas aro 26. Com sua largura de 1.95 polegadas e cravos centrais juntos, ele oferece uma rolagem rápida em terrenos compactos e asfalto, sendo uma opção funcional para quem usa a bike em trajetos mistos.

Os cravos laterais um pouco mais altos auxiliam de forma modesta em curvas de baixa velocidade em terra batida, mas não inspiram confiança em situações mais exigentes. Sua construção com arame e composto básico o posicionam como uma peça de reposição econômica.

Para o ciclista que possui uma bicicleta aro 26 mais antiga e a utiliza para deslocamentos diários ou passeios de fim de semana em estradões, o Excess cumpre seu papel. É a escolha pragmática para quem precisa de um pneu novo sem gastar muito.

Contudo, ele mostra suas limitações rapidamente em trilhas de verdade. A falta de aderência em terrenos úmidos e a baixa resistência a furos são seus principais pontos fracos. Não espere a performance de um pneu dedicado ao esporte.

Prós
  • Excelente custo-benefício para reposição.
  • Rola bem em asfalto e terra compacta.
  • Fácil de encontrar no mercado.
Contras
  • Baixa aderência em terrenos molhados ou com lama.
  • Durabilidade do composto é limitada.
  • Largura estreita oferece pouco conforto e tração.

3. Pneu Levorin Excess EX MTB Aro 29 X 2.00

Esta é a versão do Levorin Excess para as modernas bicicletas aro 29. Mantendo a mesma filosofia de custo-benefício, o Excess EX 2.00 serve como uma porta de entrada para o mundo do MTB.

Seus cravos de perfil baixo e próximos no centro garantem que a bicicleta não fique "amarrada" no asfalto ou em estradões, tornando-o uma opção versátil para quem pedala na cidade durante a semana e se aventura em trilhas fáceis aos domingos.

A largura de 2.0 polegadas é um pouco limitada para os padrões atuais do aro 29, mas ajuda a manter o pneu leve e ágil.

Se você acabou de comprar sua primeira mountain bike aro 29 e busca um pneu de reposição que não pese no bolso, o Excess EX é uma escolha coerente. Ele é perfeito para o ciclista iniciante que está descobrindo as trilhas leves da sua região.

No entanto, à medida que sua habilidade e a dificuldade dos terrenos aumentam, você sentirá a necessidade de mais tração em subidas e, principalmente, mais segurança nas curvas. O composto simples e a carcaça básica são os fatores que limitam sua performance.

Prós
  • Preço muito competitivo para um pneu aro 29.
  • Versátil para uso misto entre asfalto e terra batida.
  • Baixa resistência à rolagem.
Contras
  • Aderência lateral insuficiente para curvas agressivas.
  • Desempenho pobre em condições de umidade ou lama.
  • Pouco resistente a rasgos e furos.

4. Pneu Levorin Eruption MTB 29x2.10 Banda Leve

O Levorin Eruption representa um passo à frente em relação à linha Excess. Com cravos mais espaçados e um perfil ligeiramente mais agressivo, ele foi projetado para oferecer mais tração em terrenos de terra mais solta.

A largura de 2.10 polegadas, combinada com o padrão dos cravos, proporciona um bom equilíbrio entre velocidade de rolagem e capacidade de aderência em subidas e frenagens. A construção "Banda Leve" busca reduzir o peso, um fator importante para quem se preocupa com performance no Cross-Country (XC).

Este pneu é indicado para o ciclista amador de XC que já participa de treinos mais sérios e provas, mas ainda precisa controlar o orçamento. O Eruption oferece um desempenho honesto para a maioria das condições de terra seca a levemente úmida.

Ele permite que você ataque as subidas com mais confiança e tenha uma frenagem mais eficaz. Sua principal limitação está no composto da borracha, que não se compara à aderência dos pneus premium em rochas e raízes molhadas.

Para um pneu de baixo custo, ele entrega um desempenho surpreendente.

Prós
  • Bom nível de tração para a faixa de preço.
  • Desenho de cravos versátil para diferentes tipos de terra.
  • Razoavelmente leve para um pneu de arame.
Contras
  • O composto da borracha não oferece grip em superfícies molhadas.
  • Durabilidade pode ser um problema sob uso intenso.
  • Não possui tecnologia tubeless.

5. Par de Pneus MTB Cravo Balão Aro 29 X 2.10

Este produto, vendido em par, representa a opção mais econômica para quem precisa trocar os dois pneus de uma vez. O termo "Cravo Balão" geralmente se refere a um pneu com volume generoso e cravos proeminentes, voltado para tração.

A largura de 2.10 é um padrão para o XC recreativo, oferecendo um meio-termo entre agilidade e aderência. Sendo uma opção genérica, a qualidade do composto da borracha e a construção da carcaça são incertas, focando exclusivamente no baixo custo.

O público para este par de pneus é o ciclista que busca a solução mais barata possível para colocar a bicicleta para rodar. É a escolha para quem usa a bike para deslocamentos curtos ou passeios muito casuais e não quer investir em componentes de performance.

A principal desvantagem é a inconsistência. A qualidade do composto pode variar, resultando em uma aderência imprevisível e um desgaste muito rápido. É uma opção para quebrar um galho, mas não para quem leva o pedal em trilhas a sério.

Prós
  • Preço extremamente baixo pelo par.
  • Solução rápida para substituição de pneus gastos.
  • Volume de ar razoável para conforto.
Contras
  • Qualidade e durabilidade do composto são uma incógnita.
  • Performance de tração e frenagem imprevisível.
  • Alto risco de furos e rasgos em trilhas.

6. Par de Pneus Pirelli Scorpion MTB Aro 26x2.0

A linha Scorpion da Pirelli é sinônimo de performance no mundo do MTB. Esta versão para aro 26 traz a tecnologia e a reputação da marca para ciclistas com bicicletas mais antigas, mas que não abrem mão da qualidade.

Com 2.0 polegadas de largura, este pneu é voltado para o Cross-Country, com um desenho de cravos otimizado para velocidade e tração em terrenos mistos. A Pirelli é conhecida por seus compostos de borracha de alta qualidade, que buscam entregar aderência sem sacrificar excessivamente a durabilidade.

Este par de pneus é a escolha perfeita para o entusiasta do MTB que tem uma boa bicicleta aro 26 e quer extrair o máximo de performance dela. Se você ainda participa de competições ou faz pedais longos e técnicos, a confiança que um pneu de marca renomada como o Pirelli Scorpion oferece faz toda a diferença.

Ele garante curvas mais seguras e tração consistente em subidas difíceis. O principal contraponto é o preço, significativamente mais alto que as opções de entrada, mas justificado pela tecnologia embarcada.

Prós
  • Excelente tração e controle em curvas.
  • Composto de borracha de alta qualidade e durabilidade.
  • Confiança de uma marca líder em performance.
  • Ótima opção para revitalizar uma boa bike aro 26.
Contras
  • Custo elevado em comparação com outras opções aro 26.
  • A largura de 2.0 pode ser limitante para terrenos muito acidentados.

7. Pneu Kenda Aptor K1153 MTB 29x2.10

O Kenda Aptor se posiciona como um pneu de XC rápido e eficiente. Seu grande diferencial é o desenho dos cravos centrais, que formam uma linha quase contínua. Isso resulta em uma baixíssima resistência à rolagem em linha reta, tornando-o ideal para estradões e trechos de asfalto.

Os cravos laterais, mais pronunciados, entram em ação para garantir a aderência em curvas. É um pneu que equilibra velocidade e controle de forma inteligente.

Este pneu é ideal para o ciclista de Cross-Country focado em performance e velocidade, especialmente em maratonas com longos trechos de terra batida. Se você valoriza manter a velocidade média alta e precisa de um pneu que não te segure nos retões, o Aptor é uma excelente escolha.

Ele é o pneu perfeito para terrenos secos e compactos. Sua limitação aparece em terrenos muito soltos ou com lama, onde os cravos centrais baixos podem não conseguir gerar tração suficiente.

É um pneu especialista em velocidade.

Prós
  • Extremamente rápido em terrenos compactos e asfalto.
  • Bom grip em curvas, graças aos cravos laterais.
  • Ótimo custo-benefício para quem busca velocidade.
  • Leve e com boa construção.
Contras
  • Tração de frenagem e aceleração limitada em terra solta.
  • Não é recomendado para condições de lama.
  • Modelo de arame, sem opção tubeless.

8. Pneu Chaoyang Phantom Tubeless MTB 29 X 2.2

O Chaoyang Phantom entra no segmento de pneus de alta performance com um grande atrativo: a tecnologia tubeless a um preço competitivo. Com 2.2 polegadas de largura, ele oferece um volume de ar maior, o que, combinado com a possibilidade de usar pressões mais baixas do sistema tubeless, se traduz em um aumento notável de tração e conforto.

Os cravos são bem distribuídos e têm altura média, fazendo dele um pneu polivalente, capaz de encarar desde terra batida até trilhas mais técnicas com pedras e raízes.

Este é o pneu para o ciclista intermediário a avançado que deseja fazer o upgrade para o sistema tubeless sem gastar uma fortuna. Se você está cansado de furos por "mordida de cobra" e quer mais aderência para atacar as trilhas com mais velocidade e segurança, o Phantom é um ponto de partida excelente.

Ele oferece um desempenho que se aproxima de pneus bem mais caros, especialmente em controle e leitura do terreno. A durabilidade do composto pode não ser a mesma dos líderes de mercado, mas pelo preço, a performance entregue é excepcional.

Prós
  • Tecnologia tubeless ready com ótimo custo-benefício.
  • Largura de 2.2 oferece excelente tração e conforto.
  • Desenho de cravos versátil para diversas condições.
  • Composto duplo que equilibra aderência e durabilidade.
Contras
  • Pode ser um pouco pesado em comparação com pneus de XC de competição.
  • A vedação do selante na primeira montagem pode exigir mais paciência.

9. Pneu Continental Mountain King Tubeless MTB 29 x 2.3

O Continental Mountain King é uma lenda no mundo do MTB. Este pneu é a referência em versatilidade e aderência para Trail e All-Mountain. A versão de 2.3 polegadas com tecnologia Tubeless Ready é feita para o ciclista que não faz concessões.

Seus cravos agressivos e bem espaçados garantem uma tração fenomenal em praticamente qualquer condição: terra solta, lama, raízes, pedras. O famoso composto de borracha da Continental (como o BlackChili, presente nas versões mais caras) oferece um grip químico que parece colar o pneu no chão, especialmente em superfícies desafiadoras.

Este pneu é a escolha definitiva para o ciclista agressivo, que encara descidas técnicas, saltos e curvas em alta velocidade. Se a sua prioridade máxima é controle e segurança para andar no limite, o Mountain King entrega com sobras.

A confiança que ele transmite permite que você freie mais tarde e contorne com mais velocidade. O investimento é alto, e sua resistência à rolagem é maior que a de um pneu de XC. Ele não é o mais rápido em estradões, mas em uma trilha técnica, ele te coloca na frente.

Prós
  • Aderência e tração de nível superior em todas as condições.
  • Construção robusta e proteção contra furos e cortes.
  • Inspira máxima confiança em descidas e terrenos técnicos.
  • Excelente capacidade de autolimpeza em terrenos com lama.
Contras
  • Preço significativamente elevado.
  • Maior resistência à rolagem, o que o torna mais lento em retas.
  • Desgaste mais rápido devido ao composto macio focado em grip.

Tubeless ou com Câmara: Qual Sistema é Melhor?

A escolha entre usar um pneu com câmara de ar tradicional ou um sistema tubeless (sem câmara) é uma das decisões mais importantes para um ciclista de montanha. O sistema com câmara é simples, barato e familiar para todos.

A troca em caso de furo é rápida, necessitando apenas de uma câmara reserva e espátulas. Contudo, ele é suscetível ao famoso "furo por mordida de cobra", que ocorre quando o pneu é comprimido contra o aro, cortando a câmara.

O sistema tubeless, por sua vez, elimina a câmara. O pneu veda diretamente no aro com a ajuda de um líquido selante. A principal vantagem é poder usar pressões mais baixas, o que aumenta drasticamente a tração e o conforto.

O selante também veda pequenos furos automaticamente durante o pedal. As desvantagens são o custo inicial mais alto (pneus e aros compatíveis, selante, válvulas) e uma manutenção que exige a reposição do líquido a cada poucos meses.

Para quem busca performance e menos interrupções por furos, o tubeless é o caminho superior.

Aro 29 vs. Aro 26: Impacto na Performance em Terra

O diâmetro do aro influencia diretamente o comportamento da bicicleta. As rodas aro 29, padrão atual do mercado, possuem uma vantagem clara em passar por cima de obstáculos como pedras e raízes.

O maior diâmetro cria um ângulo de ataque menor, permitindo que a roda role sobre os obstáculos com mais facilidade em vez de "prender" neles. Elas também mantêm a velocidade com mais eficiência e têm uma área de contato maior com o solo, o que melhora a tração.

As rodas aro 26, que dominaram o mercado por décadas, são mais ágeis e resistentes. Por serem menores, aceleram mais rapidamente e tornam a bicicleta mais "brincalhona" e fácil de manobrar em curvas muito apertadas.

São comuns em bicicletas mais antigas ou em modalidades como Dirt Jump e Freeride, onde a agilidade e a robustez da roda são prioridades. Para a maioria das trilhas de XC e Trail, o aro 29 oferece um desempenho geral superior.

Entendendo o Tipo de Cravo e o Composto da Borracha

Os cravos e o composto são a alma de um pneu de MTB. O desenho deles define a especialidade do pneu. Veja os padrões gerais:

  • Cravos baixos e juntos: Ideal para terra batida e seca. Oferecem baixa resistência à rolagem e alta velocidade.
  • Cravos altos e espaçados: Perfeitos para lama e terreno solto. Eles "cavam" o solo em busca de aderência e o espaçamento ajuda a expelir a lama, evitando que o pneu fique liso.
  • Cravos laterais pronunciados: Essenciais para segurança em curvas. Eles fornecem a aderência necessária quando você inclina a bicicleta.
  • Cravos em rampa: Frequentemente usados na banda de rodagem central, possuem uma rampa na frente para diminuir a resistência à rolagem e uma borda reta atrás para morder o chão na frenagem.

O composto da borracha, medido em durômetro (índice de dureza), define o equilíbrio entre aderência e desgaste. Compostos mais duros (acima de 60a) rolam mais rápido e duram muito, mas têm menos aderência em superfícies lisas como rochas molhadas.

Compostos macios (abaixo de 50a) oferecem um grip incrível, mas se desgastam visivelmente mais rápido e têm maior resistência à rolagem. Pneus de alta performance frequentemente usam compostos duplos ou triplos, com borracha mais dura no centro para velocidade e mais macia nas laterais para aderência em curvas.

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