Cavaquinhos Para Tocar Samba e Pagode Reviews Guia

Thiago Nunes da Silva
Thiago Nunes da Silva
9 min. de leitura

Escolher o cavaquinho certo é decisivo para tirar o som característico do samba e do pagode. Um bom instrumento não só facilita o aprendizado, mas também garante a projeção e o timbre brilhante que definem a batida.

Este guia analisa os 7 melhores modelos do mercado, detalhando madeiras, construção e sistema de captação. Aqui, você encontrará a informação necessária para comprar o cavaquinho com a sonoridade e a tocabilidade perfeitas para a sua roda de samba.

O Timbre Certo para Samba e Pagode: Como Escolher?

O som do cavaquinho no samba e no pagode precisa ser vivo, percussivo e com boa projeção. O ideal é um timbre agudo e estalado, que se destaca em meio aos outros instrumentos da roda.

A escolha da madeira do tampo é o fator principal para alcançar essa sonoridade. Madeiras como Spruce (Abeto) tendem a produzir um som mais aberto e brilhante, enquanto o Cedro oferece um timbre mais encorpado e quente.

A construção do instrumento também influencia. Um braço confortável e cordas com altura adequada facilitam a execução das levadas rápidas e dos acordes complexos, garantindo a famosa "pegada" do samba.

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Análise: Os 7 Melhores Cavaquinhos do Mercado

Analisamos sete modelos populares, de opções para iniciantes a instrumentos para quem já toca profissionalmente. Cada review foca em construção, sonoridade e o perfil de músico para o qual cada cavaquinho é mais indicado.

1. Cavaco Acústico MYTH Natural Brilhante

O Cavaco Acústico da Myth é uma porta de entrada honesta para o mundo do samba. Com um acabamento brilhante e construção simples, ele é projetado para quem está começando e busca um instrumento funcional sem um grande investimento inicial.

A sonoridade é adequada para estudos e pequenas rodas de samba entre amigos. O tampo em Linden, uma madeira laminada comum em instrumentos de entrada, produz um som equilibrado, mas sem a complexidade de timbres de modelos com tampo maciço.

A projeção sonora é suficiente para ambientes pequenos, onde o instrumento não precisa competir com muitos outros sons.

Este cavaquinho é a escolha certa para o músico iniciante que precisa de um instrumento para aprender os primeiros acordes e levadas. A tocabilidade do braço é razoável para a faixa de preço, mas pode exigir um ajuste inicial em um luthier para deixar as cordas mais baixas e confortáveis.

A Myth Cavaquinhos foca no custo-benefício, e este modelo cumpre bem essa proposta. Se você quer testar sua paixão pelo pagode antes de investir mais, esta é uma opção segura e econômica.

Prós
  • Preço acessível, ideal para iniciantes.
  • Acabamento brilhante que agrada visualmente.
  • Leve e fácil de transportar.
Contras
  • Projeção sonora limitada, inadequada para grandes rodas de samba.
  • Timbre sem muita profundidade devido ao tampo laminado.
  • Pode precisar de regulagem de altura das cordas para melhor tocabilidade.

2. Kit Cavaco Hofma Hcv30 Acústico Acetinado

A Hofma é conhecida por oferecer pacotes completos para iniciantes, e o kit com o cavaco Hcv30 não é exceção. Este conjunto é perfeito para quem quer começar a tocar imediatamente, pois inclui capa, afinador e outros acessórios essenciais.

O instrumento possui um acabamento acetinado (fosco), que confere uma estética sóbria e é menos propenso a marcas de dedo. O som é consistente com sua proposta de entrada, apresentando um timbre correto e volume adequado para estudo individual ou em dupla.

Se você procura a máxima conveniência e não quer se preocupar em comprar acessórios separadamente, este kit cavaquinho iniciante é a solução. O Hofma Hcv30 é um instrumento que entrega o necessário para o aprendizado, com uma construção confiável para sua categoria.

A tocabilidade é geralmente confortável para iniciantes, facilitando a formação dos primeiros acordes. O valor agregado do kit faz dele uma das opções mais inteligentes para quem está dando os primeiros passos no pagode.

Prós
  • Kit completo com capa e afinador, ótimo custo-benefício.
  • Acabamento acetinado que disfarça marcas de uso.
  • Construção sólida para um instrumento de entrada.
Contras
  • A qualidade dos acessórios do kit é básica.
  • Sonoridade cumpre o básico, mas falta brilho para o samba.
  • Tarraxas podem não segurar a afinação por longos períodos.

3. Maori Extreme Bonga Cavaquinho Preto com Case

O Maori Extreme Bonga se destaca imediatamente pelo visual. Com acabamento preto e um design moderno, ele foge do tradicional e atrai músicos que buscam um instrumento com personalidade.

Acompanhado de um case, o que é um diferencial importante para proteção e transporte, este cavaquinho é construído com madeiras que visam um som mais focado. A sonoridade tende a ser um pouco mais contida, mas com boa definição, o que pode ser interessante para gravações caseiras ou para quem toca em estilos que misturam o pagode com outras influências.

Para o músico que valoriza a estética e quer um instrumento que chame a atenção no palco ou na roda de amigos, o Maori Extreme Bonga é uma escolha certeira. A inclusão do case rígido representa uma economia e um cuidado extra com o instrumento.

A tocabilidade é um ponto forte, com um braço que geralmente vem bem ajustado de fábrica. O timbre pode não ser o mais tradicional para o samba raiz, mas sua clareza funciona bem em contextos musicais mais modernos.

Prós
  • Design moderno e acabamento preto diferenciado.
  • Acompanha case rígido para transporte seguro.
  • Boa definição sonora para a faixa de preço.
Contras
  • O timbre pode não ter o brilho estalado clássico do samba.
  • A marca é menos tradicional no mercado de cavaquinhos.
  • Visual pode não agradar aos pagodeiros mais puristas.

4. Rozini Cavaquinho Branco Pino Grosso

Entramos no território dos instrumentos de alta qualidade com o Rozini Cavaquinho Branco. A Rozini é uma das marcas mais respeitadas do Brasil, e este modelo reflete essa reputação.

Com tampo maciço de Spruce, ele entrega o timbre brilhante, aberto e com volume excepcional que os sambistas procuram. O design "Pino Grosso" se refere ao mosaico ao redor da boca do instrumento, um detalhe estético que demonstra o cuidado no acabamento.

A cor branca é um charme à parte, destacando o instrumento com elegância.

Este cavaquinho é ideal para o músico intermediário ou profissional que busca um upgrade definitivo. A tocabilidade do braço é um dos grandes diferenciais da Rozini, sendo extremamente confortável e rápido.

O som tem a projeção e o corte necessários para se sobressair em qualquer roda de samba, mesmo sem amplificação. O investimento é maior, mas a recompensa vem em forma de um timbre profissional e um instrumento que durará por muitos anos.

Prós
  • Timbre profissional com brilho e alta projeção sonora, graças ao tampo maciço.
  • Tocabilidade do braço superior, marca registrada da Rozini.
  • Acabamento impecável e design elegante.
Contras
  • Preço elevado, representa um investimento significativo.
  • A cor branca pode exigir mais cuidado com limpeza.
  • Sendo acústico, necessitará de microfonação externa para shows.

5. Cavaquinho Strinberg Cs25 Mgs

O Strinberg CS25 é um fenômeno de vendas, e o motivo é claro: ele oferece um excelente equilíbrio entre qualidade e preço. Este cavaquinho eletroacústico é a escolha de muitos músicos que tocam em bares e eventos, pois já vem pronto para ser plugado.

O tampo em Spruce laminado garante um som com bom brilho, e o sistema de captação ativo com afinador embutido é extremamente prático. O acabamento natural fosco (MGS) é bonito e funcional.

Se você toca regularmente e precisa de um instrumento versátil que funcione bem tanto acústico quanto plugado, o CS25 é uma das melhores opções do mercado. Ele atende bem ao músico que está saindo do nível iniciante e precisa de um cavaco para os primeiros trabalhos profissionais.

A relação custo-benefício é o seu maior trunfo, entregando recursos de modelos mais caros por um preço acessível. A comparação entre Rozini vs Strinberg muitas vezes passa por este modelo, que representa a força da Strinberg em oferecer mais por menos.

Prós
  • Excelente custo-benefício na categoria eletroacústica.
  • Pré-amplificador com afinador embutido, muito prático para o palco.
  • Timbre brilhante que funciona bem para pagode.
Contras
  • O som acústico, embora bom, não se compara ao de um modelo com tampo maciço.
  • Qualidade do pré-amplificador é funcional, mas não profissional de ponta.
  • O acabamento, embora correto, não tem o refinamento de um Rozini.

6. Cavaco Myth Eletroacústico Mtc Natural com Capa

Versão eletrificada do modelo de entrada da Myth, o MTC Natural é um cavaquinho eletroacústico pensado para o orçamento mais curto. Ele oferece a possibilidade de tocar plugado sem exigir um grande investimento, o que é um atrativo para iniciantes que já pensam em tocar com amigos em locais com sistema de som.

O sistema de captação é passivo, o que significa que não há controles de volume ou equalização no próprio instrumento, dependendo do amplificador para moldar o som.

Este modelo é ideal para o estudante que quer experimentar tocar amplificado ou para quem precisa de um segundo instrumento de baixo custo para situações de maior risco, como viagens ou rodas de samba na praia.

O som acústico é idêntico ao de seu irmão puramente acústico, modesto, mas funcional. Ao ser plugado, o som é cru e direto, refletindo a simplicidade do captador. A inclusão da capa é um ponto positivo que adiciona conveniência.

Prós
  • Cavaquinho eletroacústico com preço muito competitivo.
  • Acompanha capa, agregando valor ao pacote.
  • Permite ao iniciante explorar o mundo do som amplificado.
Contras
  • Captador passivo sem controles, limitando o ajuste do timbre no instrumento.
  • Qualidade sonora, tanto acústica quanto plugada, é apenas básica.
  • Construção simples, sem refinamentos.

7. Cavaquinho Strinberg Sv21 Bk Acústico com Kit

O Strinberg SV21 é outra aposta da marca no público iniciante, oferecendo um kit completo com um instrumento de acabamento diferenciado. A cor preta (BK) confere um visual arrojado, similar ao do Maori, mas dentro do ecossistema Strinberg.

Como um modelo acústico, seu foco está na qualidade sonora desplugada para estudo e pequenas apresentações. A construção segue o padrão de qualidade da Strinberg para a linha de entrada, garantindo um instrumento bem montado e confiável.

Para o iniciante que busca um kit, mas prefere a estética e a reputação da Strinberg em vez da Hofma, o SV21 é a alternativa perfeita. Ele oferece uma experiência de aprendizado sólida, com um instrumento que possui boa tocabilidade e um som equilibrado.

A inclusão de acessórios como capa e afinador elimina a necessidade de compras adicionais, tornando o processo de começar a tocar mais simples e direto.

Prós
  • Kit completo com a qualidade e reputação da Strinberg.
  • Visual moderno com acabamento na cor preta.
  • Boa tocabilidade para iniciantes.
Contras
  • Som acústico padrão para a categoria, sem grande destaque.
  • Acessórios do kit são de qualidade básica.
  • Sendo acústico, não serve para palcos sem microfonação.

Acústico vs. Eletroacústico: Qual Escolher?

A decisão entre um cavaquinho acústico e um eletroacústico depende de onde você pretende tocar. Um modelo acústico é ideal para estudo, rodas de samba pequenas e encontros informais.

Ele oferece o som mais puro e natural do instrumento. Já o cavaquinho eletroacústico possui um captador interno que permite conectá-lo a um amplificador ou mesa de som. Ele é indispensável para quem toca em palcos, bares, ou em rodas de samba maiores onde precisa de mais volume para ser ouvido.

Se você planeja tocar profissionalmente ou em grupo, o eletroacústico é a escolha mais versátil.

Madeira do Tampo: Como Influencia o Som do Cavaco?

O tampo é a parte mais importante para a geração do som no cavaquinho. Ele funciona como o "alto-falante" do instrumento. A madeira usada define o timbre.

  • Tampo Maciço (Solid Top): Feito de uma única peça de madeira, vibra mais livremente e produz um som mais rico, complexo e com maior volume. Melhora com o tempo. É o padrão em instrumentos profissionais.
  • Tampo Laminado (Laminated Top): Feito de finas camadas de madeira prensadas. É mais resistente e barato de produzir, mas gera um som com menos projeção e complexidade de harmônicos. É comum em instrumentos para iniciantes.
  • Madeiras Comuns: Spruce (Abeto) produz um som mais brilhante e aberto, ideal para o samba. Cedro resulta em um timbre mais quente e aveludado.

Rozini vs. Strinberg: Qual Marca é Melhor?

Não existe uma resposta única, pois as duas marcas atendem a perfis diferentes de músicos. A Rozini é uma marca nacional com grande tradição, focada em instrumentos de alta qualidade, com acabamento superior e uma sonoridade que é referência no samba e choro.

Seus instrumentos, especialmente os com tampo maciço, são um investimento na carreira musical e oferecem tocabilidade e timbre profissionais. São ideais para músicos exigentes.

A Strinberg, por outro lado, se destaca pelo seu incrível custo-benefício. A marca oferece instrumentos com recursos modernos, como afinadores embutidos e boa captação elétrica, a preços muito competitivos.

É a escolha preferida de muitos músicos que precisam de um instrumento de trabalho confiável e versátil sem gastar muito. Para quem está começando ou precisa de um cavaco eletroacústico funcional, a Strinberg frequentemente oferece a melhor proposta de valor.

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