Gins Nacionais Para Drinks Reviews: Como Escolher?

Escolher um gin nacional pode parecer uma tarefa complexa diante de tantas opções. Este guia definitivo foi criado para simplificar sua decisão. Aqui, você não encontrará apenas uma lista de produtos, mas o conhecimento necessário para analisar qualquer gin brasileiro como um especialista.

Vamos detalhar os critérios de qualidade, o universo dos botânicos locais e os diferentes estilos de destilação. Ao final, você saberá exatamente como identificar o gin perfeito para seus drinks e seu paladar.

Um gin de alta qualidade começa com sua base: o álcool. Os melhores gins nacionais utilizam um álcool etílico potável de origem agrícola com alta pureza, como o álcool de cereais.

Essa base neutra é fundamental porque ela serve como uma tela em branco para os botânicos. Um álcool de baixa qualidade pode deixar um sabor residual desagradável, comprometendo toda a experiência do drink.

O processo de destilação é o segundo pilar. A destilação em alambiques de cobre é um diferencial de muitos gins artesanais brasileiros. O cobre reage com compostos de enxofre durante o processo, purificando o destilado e resultando em uma bebida mais suave e limpa.

A forma como os botânicos são adicionados, seja por infusão direta no álcool ou por vapor na cesta de botânicos, também define a complexidade e a delicadeza dos aromas e sabores finais.

Ao avaliar uma garrafa de gin, você precisa olhar além do rótulo bonito. A chave é entender os elementos que compõem a bebida. Analise os seguintes pontos para fazer uma escolha informada:

• Perfil de Sabor: As destilarias de gin no Brasil costumam descrever o perfil sensorial de seus produtos. Busque por notas que agradem seu paladar. Você prefere algo cítrico, floral, herbal ou mais especiado? O rótulo ou o site da marca geralmente fornece essa informação.
• Botânicos Declarados: Verifique a lista de botânicos. Além do zimbro obrigatório, a presença de ingredientes exóticos ou locais pode indicar um gin com personalidade única. Marcas de gin nacional que valorizam a transparência listam seus principais ingredientes.
• Tipo de Álcool Base: Procure pela informação do álcool utilizado. A menção a "álcool de cereais" é um bom indicativo de qualidade superior. Evite gins que não especificam a origem do seu álcool.
• Método de Destilação: A informação sobre a destilação em alambique de cobre é um selo de qualidade, comum em um bom gin artesanal brasileiro. Este detalhe aponta um cuidado extra na produção.
• Reputação da Destilaria: Pesquise sobre a destilaria. Prêmios nacionais e internacionais, assim como avaliações de outros consumidores, podem oferecer uma boa medida da consistência e qualidade da marca.

O grande diferencial dos gins nacionais está na riqueza de seus botânicos. A biodiversidade brasileira permite a criação de perfis de sabor únicos, que não são encontrados em nenhum outro lugar do mundo.

O zimbro continua sendo a alma do gin, mas são os ingredientes locais que dão a identidade brasileira à bebida. Eles transformam um simples gin tônica em uma experiência sensorial.

Conhecer alguns desses botânicos ajuda a prever o sabor do gin. O puxuri e a semente de cumaru, da Amazônia, trazem notas quentes e especiadas, lembrando baunilha e canela. O açaí pode adicionar um toque terroso e frutado.

A erva-mate oferece um amargor herbal interessante, enquanto o capim-limão e a pacová contribuem com frescor e notas cítricas e verdes. A escolha de um gin com esses ingredientes é um convite para descobrir os sabores do Brasil.

Existem vários tipos de gin, mas dois estilos dominam o mercado: London Dry e New Western. Compreender a diferença entre eles é fundamental para acertar na sua escolha. O estilo London Dry é o mais tradicional e conhecido.

Nele, o zimbro é o protagonista absoluto. Todos os outros botânicos servem para complementar e realçar seu sabor resinoso e de pinho. É um estilo seco, limpo e direto. Para quem busca a experiência clássica de um gin tônica e aprecia o sabor marcante do zimbro, o London Dry é a escolha certa.

É versátil e funciona bem na maioria dos coquetéis clássicos.

O estilo New Western, também chamado de Contemporâneo ou Americano, subverte essa lógica. Aqui, o zimbro assume um papel de coadjuvante. O destaque vai para outros botânicos, que podem ser florais, cítricos, frutados ou especiados.

Os gins nacionais se destacam nesta categoria, usando a flora brasileira para criar perfis inovadores. Se você gosta de explorar novos sabores e prefere bebidas onde outras notas sensoriais brilham, o estilo New Western é para você.

Ele é ideal para coquetéis autorais e para quem tem um paladar aventureiro.

A harmonização correta pode transformar seu drink. A regra de ouro é complementar ou contrastar os sabores do gin, sem sobrepujá-los. Para um gin tônica, a escolha da água tônica e da guarnição é decisiva.

Uma tônica neutra, como a Indian, é um coringa e funciona bem com a maioria dos gins, pois permite que os botânicos da bebida se expressem.

• Gins Cítricos: Combine com tônicas neutras ou levemente cítricas. Use uma fatia de limão siciliano, laranja bahia ou toranja como guarnição para intensificar o frescor.
• Gins Florais e Herbais: Opte por tônicas mais leves e florais. Guarnições como um ramo de alecrim, folhas de manjericão, fatias de pepino ou frutas vermelhas criam uma combinação aromática e visualmente atraente.
• Gins Especiados: Tônicas com um toque de especiarias ou até mesmo um ginger ale podem funcionar bem. Para a guarnição, experimente canela em pau, anis estrelado ou pimenta rosa para realçar as notas quentes do gin.
• Gins Secos (London Dry): A combinação clássica pede uma tônica Indian e uma fatia de limão tahiti. É a pureza em forma de drink, onde a qualidade do gin é o foco principal.